Arqueta com pé

  • Museu: Museu Nacional de Arte Antiga
  • Nº de Inventário: 948 Our
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Ourivesaria
  • Autor: Autor desconhecido (-)
  • Datação: 1565
  • Técnica: Prata fundida, cinzelada, repuxada, recortada, vasada e incisa
  • Dimensões (cm): Alt. 35 x Larg. 17,4 x Diâm. base 18,3
  • Descrição: Pequena arqueta que poderia servir como relicário ou como cofre eucarístico. Tem a forma de uma caixa hexagonal alongada, com os angulos reforçados por botaréus cogulhados na parte superior. As faces menores estão decoradas com fenestrações góticas de ogivas e arcos conupiais sobrepostos. Uma das faces maiores mostra uma moldura de encordoamento, que albergaria um vidro permitindo a visualização da relíquia, no caso mais provável de se tratar de um relicário, ou uma placa do tipo das outras no caso de se tratar de uma píxide. Na face oposta, a decoração é vasada com quadrifólios e enrolamentos vegetalistas. A abertura é feita deste lado atravéz de uma fechadura de charneira. A tampa piramidal, ligeiramente convexa, é ornada por motivos vegetalistas relevados e reforçada nos ângulos que continuam os limites da caixa. Um pináculo cogulhado, de secção quadrangular assente numa base sextavada remata a tampa. A toda a volta desta corre uma platibanda de flores de lis. Sobre uma das faces maiores da tampa nota-se uma incisão que provavelmente serviu para suportar uma cartela ou um elemento heráldico ou iconográfico. A haste hexagonal mostra um nó achatado decorado nas faces por uma banda de quadrifólios inscritos em círculos, delimitados por dois filetes encordoados. A terminar a haste, na parte inferior, um outro anel achatado, decorado com cordão, marca a passagem para a base, polilobada, recortada em semi-circulos e triangulos, decorada com motivos incisos de flores, grifos e cartelas, ostentando a data de 1565.
  • Origem/Historial: Algo singular na ourivesaria portuguesa, este tipo de arquetas elevadas, servindo talvez originariamente como píxides ou relicários, é bastante usual na arte espanhola. Desconhecendo a sua origem e contexto histórico cremos, através de paralelísmos estilísticos (e dados os contactos de Barros e Sá com o mercado internacional de obras de arte) que a peça assuma esta origem. Foi incorporada no acervo do MNAA em 1981, proviniente desta mesma colecção privada.
  • Incorporação: Legado Barros e Sá
  • Centro de Fabrico: Espanha (?)

Bibliografia

  • HERNMARK, Carl - "The Art of the European Silversmith 1430-1830". Londres: 1977
  • OMAN, Charles - "The Golden Age of Hispanic Silver 1400-1665". Londres: 1968
  • CRUZ VALDOVINOS, José Manuel - "Plateria en la Época de los Reyes Católicos". Madrid: Fundación Central Hispano, 1992
  • Inventário do Museu Nacional de Arte Antiga. Colecção de Ourivesaria, 1º volume, do Românico ao Manuelino. Lisboa: IPM, 1995
  • QUILHÓ, Irene - "Ourivesaria", in Oito Séculos de Arte Portuguesa, de Reynaldo dos Santos. Lisboa: 1970

Exposições

  • Coleccionar. O legado Barros e Sá.

    • Lisboa / MNAA
    • Exposição Física

Multimédia

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