Salva

• Museu: Museu Nacional de Arte Antiga
• Nº de Inventário: 1017 Our
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Ourivesaria
• Autor: Autor desconhecido (Ourives)
• Datação: 1576/1600
• Técnica: Prada fundida, relevada, cinzelada, incisa e dourada
• Dimensões (cm): Alt. 6,5 x Diâm. 54
• Descrição: Grande salva de aparato em prata dourada, estruturada em três faixas concêntricas, onde a mitologia aparece associada a temas biblícos, náuticos e cenas de caçadas com animais exóticos. Na aba estão representados os trabalhos de Hércules, destacando-se a lutas do heroí com o leão de Nemeia, o Minotauro, a hidra de Lerna, a descida às portas do inferno e o cão cerebéro. Na faixa central, sobre o dorso de temíveis dragões, os deuses Olímpo, Júpiter, Neptuno, Vénus e Vulcano, desencadeam tempestades no mar, povoado de sereias, tritões, golfinhos e tartarugas, onde vogam frágeis embarcações. Numa delas, inicia-se uma outra narrativa em quatro episódios, alusiva à história do Profeta Jonas, subtilmente transcrita para o metal - Jonas lançado da nave ao mar com a baleia a esperá-lo, regurgitado pelo monstro numa praia das costas da Síria, exortando os ninivitas à penitência e por fim invocando o Criador à sombra de um arbusto. Na terceira faixa que envolve o brasão dos Vanzeller (aplicado em época posterior) podem ainda observar-se cenas de caça com animais da fauna africana ou indiana, leões, búfalos, antílopes e um elefante. A orla é recortada com motivos renascença - cabeças de anjo, cartelas e frutos.
• Origem/Historial: A peça pertencia a Christiano Vanzeller rico proprietário do Porto, quando figurou na exposição de Arte Ornamental de 1882, em Lisboa. Por despacho de 23 de Setembro de 1958, do Sub-Secretário de Estado da Educação Nacional, foi mandada inventariar juntamente com duas outras peças pertencentes aos herdeiros de Helena Vanzeller Guedes, tendo a respectiva nota de inventariação sido publicada no Diário da Republica, 2ª série, nº 251, de 25 de Outubro de 1958. Posteriormente, foi adquirida por Francisco de Barros e Sá e legada pelo coleccionador, em 1981, ao Museu Nacional de Arte Antiga, juntamente com um espólio notável.
• Incorporação: Legado Barros e Sá