Capitel

• Museu: Museu Nacional Soares dos Reis
• Nº de Inventário: 30 Lap CMP/ MNSR
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Escultura
• Autor: Autor desconhecido (Canteiro)
• Datação: Século 12
• Técnica: Médio relevo.
• Dimensões (cm): Alt. 46,5 x Larg. 63 x Prof. 39,5
• Descrição: Capitel figurativo com cesto ornamentado nas três faces. Na frente, em simetria, estão dois homens que tocam olifante, um segura o instrumento musical com a mão direita e o outro com a esquerda; vestem uma túnica pelo joelho, cingida na cinta. Na face esquerda está um homem montado a cavalo que segura com a mão esquerda uma espada, ao alto, e com a outra os cabelos de figura masculina colocada no ângulo do capitel. Na face oposta, outra figura masculina agarra o braço direito da figura colocada no ângulo do capitel e o tocador de olifante segura-lhe o esquerdo.
• Origem/Historial: O Capitel de Amorim, assim designado porque provém da igreja matriz de Amorim (Póvoa de Varzim), foi recolhido por Rocha Peixoto e levado para o Museu Municipal do Porto na época em que foi director (1900-1909) daquela instituição. O Capitel teria sido utilizado como pia de água benta (CARNEIRO, 2004). Alguns autores encontram no capitel de Amorim uma alusão à Chanson de Roland, poema épico que relata as lutas travadas entre Carlos Magno e os Sarracenos, nomeadamente o episódio do massacre das tropas de Rolando (sobrinho de Carlos Magno) na localidade de Roncesvales onde ele morre devido ao esforço de tocar o olifante para atrair a atenção do rei. No entanto, a duplicação dos tocadores, na face principal, poderá sugerir uma outra narrativa, ainda não identificada. A peça aparece no Inventário Geral do Museu Municipal do Porto de 1938-1940 (Relação dos Objectos Arqueológicos do Museu Municipal do Porto), cujo acervo foi depositado no Museu Nacional de Soares dos Reis em 1940-1941, conforme o disposto no Decreto-Lei 27.879 de 21 de Julho de 1937.
• Incorporação: Depósito da Câmara Municipal do Porto no Museu Nacional de Soares dos Reis