Colcha / Godrim

• Museu: Museu Nacional Soares dos Reis
• Nº de Inventário: 140 Tex MNSR
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Têxteis
• Autor: Autor desconhecido (Bordador)
• Datação: Século 17
• Suporte: Do bordado: tecido de algodão (?)
• Técnica: Tecidos: tafetá. Bordado: directo, em ponto atrás, e ponto lançado
• Dimensões (cm): Alt. 300 x Larg. 210
• Descrição: Colcha de abafo composta por duas telas de tecido branco, tendo entre elas um enchimento de filaça. A tela do lado da frente é de tecido muito mais fino, de qualidade superior e sobre ela se executou o bordado a fio de seda torcido, amarelo e vermelho carmim, com ponto lançado e ponto atrás, que é visível no lado do avesso. A decoração é constituída por um medalhão central de forma circular onde se apresenta uma águia bicéfala assente sobre dois ramos que partindo da base se orientam para os lados, de modo a preencher a superfície envolvente com flores e folhas; a delimitar este medalhão, três barras circulares, preenchidas com motivos decorativos repetitivos: na do meio, mais larga, dois ramos entrelaçados em forma de "xis", rematados por folhas, tendo, no espaço deixado entre estes, uma flor de quatro pétalas, numa composição alternada; na primeira e na terceira, mais estreitas que a intermédia, um peixe e uma flor de quatro pétalas colocados em alternância. O campo é preenchido com motivos repetitivos, colocados simetricamente em relação aos eixos vertical e horizontal da peça: uma sucessão de pequenos medalhões de forma aproximadamente rectangular com os cantos arredondados, tendo ao centro uma flor envolta por enrolamentos vegetais; e, no espaço deixado entre estes medalhões, um entrelaçado sinuoso que, no ponto de cruzamento das faixas verticais com as horizontais, forma uma reserva polilobada e envolve uma outra flor igual à que se encontra dentro dos medalhões. A barra é composta por uma sucessão de sete faixas, sendo a central mais larga do que as outras, mas que igualmente apresenta uma decoração simétrica e repetitiva, de tipo essencialmente vegetalista. Desenvolve-se a partir de um núcleo constituído pela mesma flor que ornamenta o campo da peça, aqui inserida dentro de um motivo de forma quadrangular, disposto em forma de losango. Sobre cada um dos lados deste quadrado, assenta uma ave e os vértices são rematados cada um por uma outra flor. Das flores que se encontram no sentido vertical, nascem ramificações com folhagem, enrolando-se e terminando também com uma flor. De cada lado desta faixa, outras três, nas quais se repetem os motivos e a sequência das barras do medalhão central, com excepção da exterior, que é composta por um motivo encadeado. Nos quatro cantos, numa reserva de forma quadrangular, repete-se o motivo da águia bicéfala, assente em dois ramos de flores que se desenvolvem a partir do vértice. A rematar a peça, uma franja listrada, de seda vermelha e amarela. Não tem forro.
• Origem/Historial: Compra através de António Santos da Cunha, Rua Barão de Forrester, nº 954, Porto
• Incorporação: Comprada com verbas do Instituto Português de Museus. Despacho de autorização de aquisição em 6 /6 / 2001, assinado pela diretora do Instituto, Raquel Henriques da Silva, estando na direção do MNSR, Lúcia Almeida Matos.