Face lateral esquerda de nicho de monumento funerário

  • Museu: Museu da Guarda
  • Nº de Inventário: 3332
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Epigrafia
  • Autor: Autor desconhecido (-)
  • Datação: Século 2/3
  • Técnica: Talhe direto, incisão.
  • Dimensões (cm): Alt. 58 x Larg. 28 x Esp. 29
  • Descrição: Fragmento de um possível nicho (loculus) de um monumento funerário onde se depositariam urnas funerárias ou alfaias de culto. Apresenta forma paralelepipédica, irregular, e está executado em granito de grão médio e tom amarelado. Na parte superior apresenta uma cartela com uma rosácea, com 13 cm de diâmatro, incompleta, contendo no interior o que parece ser uma cruz grega. Por baixo desta cartela teve outras quatro pequenas cartelas, com espaçamento entre si de 1cm, aproximadamente,com dimensões aproximadas de 5x24cm, cada uma e cujo texto desapareceu quase por completo em três delas. Na parte final da quarta cartela identificam-se, com cerca de 4 cm, as letras F e C, a sugerir a seguinte leitura ".....F(aciendum)....C(uravit vel - uraverunt)", correspondendo à seguinte tradução: "......mandou (ou mandaram) fazer..."
  • Origem/Historial: A peça foi encontrada nos anos 60, na Quinta da Granja, Gonçalo, confinante com a quinta do Prazo, propriedade do sr. Dr. António Cardoso Moniz (residente no Porto) Barão de Alva e Palma, quando era seu arrendatário o sr. Manuel Mateus Fonseca Pina. Este quando procedia a trabalhos agrícolas terá não só encontrado a peça como diz que existiam fundações a 30 ou 40 cm de profundidade em alvenaria, de uma possivel construção de planta rectangular. Na quinta do Prazo são vulgares em dispersão de superfície materiais de época romana .Na mesma altura uma outra pessoa terá encontrado um forno e ainda moedas, brincos e outros artefactos em ouro. A peça foi deslocada para o cabanal e pátio da Quinta dos Cantos da Ribeira, Ginjal, Belmonte, propriedade do sr. Manuel Mateus Fonseca Pina e de seu filho Manuel Nunes Fonseca Pina, morador na rua D. Carlos I n.º 32, 2780 Porto Salvo. Informação recolhida pela Directora do Museu, Drª. Dulce Helena Borges em 29 de Maio de 1995. A peça foi recolhida no Museu da Guarda a 23 de Janeiro de 2003, com a colaboração dos Serviços de Protecção Civil da Camâra Municipal da Guarda, tendo sido registada com o N.º Inv.: 1467 - D. Em 22 de Outubro de 2004 após despacho favorável do Director do Instituto Português de Museus Dr. Bairrão Oleiro, passou a fazer parte do acervo do Museu da Guarda, com o N.º de Inv: 3332.
  • Incorporação: Doação dos senhores Manuel Mateus Fonseca Pina, Manuel Nunes Fonseca Pina e Maria de Lurdes.
  • Centro de Fabrico: Lusitânia

Bibliografia

  • CURADO, Fernando Patrício; "Alguns materiais romanas da quinta da Granja e Prazo, Gonçalo (Guarda)". Edição da Câmara Municipal da Guarda, Praça Velha nº 35, 1ª Série, novembro 2015. pág. 223-228

Exposições

  • Aspetos da Romanização das Terras Beirãs de entre Tejo e Douro

    • Museu da Guarda
    • 24/2/2015 a 18/5/2015
    • Exposição Física

Multimédia

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