Leque/Feminino
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Museu: Museu Nacional do Traje
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Nº de Inventário: 7485
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Super Categoria:
Arte
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Categoria: Traje
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Autor:
Autor desconhecido (-)
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Datação: 1850/1860
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Técnica: Marfim vazado; papel pintado.
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Dimensões (cm): Alt. 28 x Larg. 52
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Descrição: Leque oriental (leque Mandarim, de Mil Faces ou de Cabecinhas) com guardas e varetas de marfim com decoração geométrica e vegetalista vazada. Folha de papel pintado em tons policromos representando paisagens e figuras orientais com caras de marfim pintado e trajes de seda em tons policromos, guarnecido nas extremidades com barra do mesmo papel pintado em tons policromos representando motivos florais e vegetalistas e tira de papel dourado. Na extremidade, anilha de metal dourado.
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Origem/Historial: Os designados Leques Mandarim são também conhecidos por Leques de Cantão, leques de Mil Faces ou Leques de Cabecinhas, devido à sua origem e decoração. Eram quase exclusivamente feitos para exportação para o mercado europeu através do porto de Cantão (actual Guangzhou).
São conhecidos exemplos de leques chineses de exportação na Europa a partir de finais do século XVII mas é apenas a partir de meados do século XIX que os leques Mandarim são adoptados e tornam-se populares entre as senhoras que apreciam o exotismo representado nos trajes, penteados, arquitecturas e paisagens. Na China, os leques eram usados quer por homens quer por mulheres.
O termo “Mandarim” refere-se ao oficial militar ou civil da China imperial. Foi inicialmente usado pelo colecionador Albert Jacquemart (1808-1875) para descrever peças chinesas, nomeadamente a popular porcelana e cerâmica de exportação no século XIX decorada com figuras de mandarins em painéis guarnecidos com flores e outros ornamentos.
O termo “Mandarim” é hoje um termo comercial para designar quaisquer peças chinesas de exportação com decoração similar e influenciada pela porcelana chinesa, em particular a porcelana da “Família Rosa” com representação de figuras chinesas em diversas cenas, paisagens e interiores.
Os leques Mandarim são montados com guardas e varetas lacadas de preto, dourado ou vermelho, marfim ou sândalo trabalhado, madrepérola, tartaruga ou filigrana de prata esmaltada.
Nos leques mandarim, é aplicada na estrutura uma folha dupla de papel pintada em ambas as faces com decoração policroma, representando figuras chinesas numa paisagem ou arquitectura, pavilhões, interiores palacianos e de corte, símbolos ou flores.
As cenas são frequentemente inspiradas em cenas da vida na corte, histórias populares, literatura e acontecimentos históricos.
As figuras são representadas com caras aplicadas de marfim, daí o designativo “leques de mil faces”, vestidas com roupas pintadas em grande detalhes ou com aplicação de sedas coloridas.
A cena é usualmente emoldurada com motivos florais e simbólicos.
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Incorporação: Museu Nacional dos Coches
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