Livro de Cantochão

  • Museu: Museu de Alberto Sampaio
  • Nº de Inventário: MAS LC 18
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Espólio documental
  • Autor: Coimbra, António Pais de; (Copista) Jorge de Santarém, Frade (Iluminador)
  • Datação: 1533a.C/1550
  • Dimensões (cm): Comp. 37 x Alt. 10 x Larg. 53
  • Descrição: Identidade [Hinário]: O livro tem encadernação de pasta de madeira revestida a couro, com frisos gravados a seco e em estado de conservação razoável. Conserva ainda a lombada. O couro fixa-se às pastas através de ferros cravados, quatro por pasta, de que conserva ainda três na pasta superior. O centro de ambas as pastas foi decorado com cinco pequenos ferros (em losango), em forma de roseta de que conserva o ferro central na pasta superior e os vestígios das restantes. Conserva vestígios de dois fechos. Os fólios desaparecidos localizam-se entre o 112 e o 113, entre o 139 e o 140 e entre o 150 e 151. Para além disso, foram interpolados dois fólios com o Salmo Invitatório aos quais se atribuíram as letras a e b a segir ao número 68, por interromperem o conteúdo deste número que é retomado posteriormente no fólio 69. Estes dois fólios são idênticos ao fólio com o número 95: no tipo de pergaminho e na decoração das iniciais. Os fólios não são todos da mesma espessura. Escritos em ambas as páginas, a tinta não trespassa para o outro lado, com excepção de ligeiras transparências nos fólios mais finos, mas que não pertubam a sua perfeita legibilidade. A contínua utilização deste Hinário motivou constantes restauros que se traduzem nos rasgões dos fólios cosidos ou colados quer com pergaminho quer com tiras de papel (111, 113, 129). Os fólios aos quais lhes cortaram a margem inferior, foram posteriormente recuperados com tiras de pergaminho igual (92, 93). Outros conservam-se sem essa margem ou outros cortes (17, 95, 96, 118). No caso dos fólios 118 e 121, houve perda de uma pequena parte de texto e música. Existem fólios em bastante mau estado de conservação, embora ainda legíveis como é o caso dos fólios 96 e seguintes. Muito deles já apresentam inícios de corrosão no canto superior direito. As reformas litúrgicas ao longo do tempo obrigaram, inevitavelmente, a correcções no texto litúrgico numa grande parte dos hinos. Essas correcções fizeram-se de duas maneiras: ou por raspagem do texto original (5v e ss) ou por sobreposição de tiras de papel com o texto novo (50v e ss ). Em alguns casos, algumas dessas tiras já se perderam, permitindo assim a leitura do conteúdo original. (49, 62). Outra particularidade deste Hinário, e à semelhança de outros livros, são os aditamentos: assim, o verso do fólio 50 contém uma frase sem música, o verso do fólio 71 uma indicação de um Hino a remeter para o final do Hinário e o verso do fólio 99 (a continuar no fólio 100) uma pauta suplementar com mais um verso do Hino. Os dois últimos fólios são de dimensões mais reduzidas (460 x 325 mm).

Bibliografia

  • MAGALHÃES, Eduardo - Os livros de cantochão dos séculos XVI e XVII do Museu Alberto Sampaio. Coimbra: Faculdade de Letras, 2001.
  • FERREIRA, Manuel Pedro-Harmonias do Céu e da Terra: Música nos manuscritos de Guimarães (século XII -XVII). Lisboa, Universidade Nova de Lisboa, 2012.

Exposições

  • Harmonias do Céu e da Terra

    • Museu de Alberto Sampaio
    • 16/11/2012 a 31/3/2013
    • Exposição Física

Multimédia

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