Diadema

• Museu: Museu Nacional de Etnologia
• Nº de Inventário: AX.639
• Super Categoria: Etnologia
• Categoria: Corpo
• Autor: Autor desconhecido
• Datação: Século 20
• Dimensões (cm): Alt. 41 x Larg. 42,5
• Descrição: Diadema constituído por uma fileira semicircular de penas de tons azuis, verdes, laranjas e amarelos, intercaladas a meio por duas de cor vermelha. As penas são unidas entre si, na extremidade inferior e a meio do comprimento, com fios de algodão branco. À extremidade inferior da fileira é fixado um cordão de algodão, cujas pontas se encontram unidas, mas que em uso servem para prender a peça na nuca do indivíduo. Os pontos de união, a meio comprimento das penas, são visíveis para o exterior assemelhando a pontos de costura. O diadema exibe um suporte de formato semicircular em acrílico fixado através de fios de algodão branco. Este suporte não foi colocado no seu contexto de origem e utilização, mas sim no museu com o intuito de reforçar e estabilizar a peça.
• Origem/Historial: A peça na ficha manual tem a designação de Adorno de cabeça, no entanto após pesquisa bibliográfica optou-se pela denominação Diadema. A peça foi oferecida ao MNE por Egon Schaden, quando aqui se deslocou em 1970 por ocasião da conferência realizada no âmbito da exposição "Povos e Culturas". O "àkkàkry-re" ou "pequeno diadema" é um adorno de cabeça, usado sem suporte directamente sobre a cabeça, quer pelos rapazes, quer pelos homens, em determinados contextos rituais, sendo cada tipo de pena objecto de um privilégio específico. Trata-se de um toucado de proveniência Jurúna, com quem os Kaiapó entraram em contacto em meados do séc. XIX, e que, tendo sido submetido a diversas adaptações técnicas e simbólicas conforme as normas Kaiapó - a montagem e a interligação das penas sobre o cordão de base, bem como a combinação das penas utilizadas -, consiste actualmente no adorno mais frequentemente usado por este grupo (apud Gustaaf Verswijer, 1992)." (Os Índios, Nós, 2000, pp. 205)