Calção

  • Museu: Museu Nacional de Etnologia
  • Nº de Inventário: BF.797
  • Super Categoria: Etnologia
  • Categoria: Traje
  • Autor: Autor desconhecido (-)
  • Datação: Século 20
  • Dimensões (cm): Alt. 58,5
  • Descrição: Calção de ganga de cor azul clara. O cós aperta com dois botões circulares de metal, dispostos longitudinalmente, e a braguilha com um fecho. O cós exibe, ainda, cinco presilhas rectangulares. A peça apresenta, na parte da frente, três bolsos, um dos quais de menores dimensões e que se encontra dentro de outro. Na parte detrás são visíveis dois bolsos. Os bolsos são debruados com linha de cor amarela torrada. Os bolsos traseiros são decorados, cada um deles, com um peixe bordado com linha amarela torrada. Os botões de metal exibem um símbolo que representa a marca dos calções e a seguinte inscrição VILLASH. O bolso de menores dimensões apresenta, igualmente, a referida marca e símbolo representados através de um rectângulo em tecido costurado no bolso. A peça exibe várias manchas de tons castanhos e pretos. Cintura largura (cm): 35
  • Origem/Historial: Nota informativa sobre a constituição da Colecção Wauja 2000: O projecto de constituição de uma colecção etnográfica entre os índios Wauja, um povo de língua Arawak, estabelecido unicamente nas proximidades da margem direita do rio Batovi, na região ocidental da bacia dos formadores do rio Xingu, no Estado de Mato Grosso, na Amazónia Meridional, foi desencadeado pelo MNE, conduzido no terreno pelo antropólogo Aristóteles Barcelos Neto e apoiado financeiramente pela Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses, durante o ano de 2000. A formação desta colecção resultou da conjuntura particular da preparação da exposição Os Índios, Nós. Refira-se que nesta conjuntura aquela Comissão foi parceira financeira no projecto da exposição. A investigação no terreno ficou a cargo do antropólogo Aristóteles Barcelos Neto, uma vez que já tinha realizado trabalho de campo na aldeia Wauja do Alto Xingu, em 1998, a partir do qual elaborou a tese de mestrado Arte, estética e cosmologia entre os Índios Waurá da Amazônia Meridional (1999), defendida na Universidade Federal de Santa Catarina. Constituiu ainda, no mesmo território e entre o mesmo grupo, uma colecção etnográfica para o Museu de Arqueologia e Etnologia da Bahia. Baseando-se na sua própria experiência e conhecimento da tribo elaborou um projecto para o MNE, intitulado Cultura material amazónica: sociologias e cosmologias nativas. O objectivo fulcral da investigação assentou na formação e documentação de uma colecção sistemática de artefactos, representativa da cultura material dos índios Wauja do Alto Xingu. A colecção, constituída por 578 peças, abrange todas as classes de artefactos excepto a plumária, devido às actuais leis brasileiras que proíbem a sua exportação.
  • Incorporação: Anterior proprietário: Desconhecido

Bibliografia

  • NETO, Aristóteles Barcelos, Arte, Estética e Cosmologia entre os Índios Waurá da Amazônia Meridional. Florianópolis: UFSC, 1999 (Policopiado)
  • RIBEIRO, Berta G., Dicionário do Artesanato Indígena. São Paulo: Itatiaia Limitada, USP, 1988

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