Escultura

  • Museu: Museu Nacional de Etnologia
  • Nº de Inventário: AN.630
  • Super Categoria: Etnologia
  • Categoria: Artes plásticas
  • Autor: Autor desconhecido
  • Datação: Século 20
  • Dimensões (cm): Alt. 21
  • Descrição: Figura antropomórfica esculpida em madeira de cajueiro, representando um homem de pé. A peça é constituída por dois membros inferiores paralelepipédicos, tronco rectangular e peito saliente. Os membros superiores encontram-se junto ao tronco dispostos em ângulo recto, com as mãos unidas sobre a barriga. A cabeça é composta por dois olhos ovóides em relevo, um nariz triangular de ponta arredondada também em relevo, e uma boca oval entalhada. A tonalidade da peça é cor de tijolo.
  • Origem/Historial: Nota informativa sobre a constituição da Colecção Victor Bandeira: Em 1964/65 Victor Bandeira e Françoise Carel Bandeira, incentivados por Jorge Dias e Ernesto Veiga de Oliveira, e com o apoio do Centro de Estudos de Antropologia Cultural de Junta de Investigações do Ultramar e das autoridades brasileiras, empreenderam uma expedição à selva amazónica, com o objectivo de conhecer, por experiência e participação efectiva, as formas de comportamento, a cultura material e imaterial, os rituais, os ritos e as artes, dos grupos indígenas que habitavam nessa região. Durante a sua estada no terreno, o casal Bandeira, percorreu várias regiões do Brasil, Equador, Peru e Colômbia, e contactou com diferentes grupos de índios. Dessa investigação resultou uma extensa colecção de artefactos que documenta e exprime de um modo perfeito e completo todos os aspectos da vida e das concepções, dos ritos e da criação plástica dos vários grupos com quem estabeleceram relações, inúmeros registo visuais e sonoros, e um vasto conhecimento teórico sobre a vida, a cultura e arte dos ameríndios do Brasil. Esta colecção foi apresentada ao público em Outubro de 1966 nos Salões da Sociedade de Belas Artes de Lisboa, sob o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Embaixada do Brasil. Em 1969 a colecção é adquirida pelo então Ministério do Ultramar, com a participação financeira da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação da Casa de Bragança e de alguns particulares devotados, a fim de ser entregue e incorporada no património do Museu Nacional de Etnologia. A colecção, constituída por cerca de 745 peças, abrange todas as classes de artefactos.

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