Assobio de água
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Museu: Museu Nacional de Etnologia
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Nº de Inventário: AN.849
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Super Categoria:
Etnologia
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Categoria: Cerâmica
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Autor:
Autor desconhecido
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Dimensões (cm): Comp. 13,5 x Alt. 12
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Descrição: Assobio de água constituído por um copo tronco-cónico invertido que se prolonga, na metade inferior, em dois animais sobrepostos, em barro vermelho.
O animal, que se encontra em baixo, apresenta uma base plana em forma de arco e um corpo ovóide, de onde se destacam os membros de forma angular. A cabeça, direccionada para cima, é composta por dois olhos circulares em revelo, encimados por linhas semicirculares, o nariz semicircular com dois ori...
Ver maisfícios que representam as narinas, e linhas transversais paralelas que figuram a boca.
O animal sobreposto apresenta, igualmente, um corpo ovóide de onde se destacam os membros de forma angular. No pescoço cilindriforme é visível um orifício rectangular. A cabeça exibe um focinho triangular com um orifício oval, decorado com linhas em ziguezague incisas. Junto das orelhas de contorno ondulado são visíveis dois orifícios circulares. A cabeça é encimada por uma coroa que exibe dois orifícios circulares e dois destaques de topos circulares, dispostos frontalmente.
Na base do primeiro animal são visíveis duas etiquetas rectangulares de papel branco coladas. Uma exibe o número 18. a vermelho, e a outra o número 72 a preto.
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Origem/Historial: Nota informativa sobre a constituição da Colecção Victor Bandeira:
Em 1964/65 Victor Bandeira e Françoise Carel Bandeira, incentivados por Jorge Dias e Ernesto Veiga de Oliveira, e com o apoio do Centro de Estudos de Antropologia Cultural de Junta de Investigações do Ultramar e das autoridades brasileiras, empreenderam uma expedição à selva amazónica, com o objectivo de conhecer, por experiência e participação efectiva, as formas ...
Ver maisde comportamento, a cultura material e imaterial, os rituais, os ritos e as artes, dos grupos indígenas que habitavam nessa região.
Durante a sua estada no terreno, o casal Bandeira, percorreu várias regiões do Brasil, Equador, Peru e Colômbia, e contactou com diferentes grupos de índios.
Dessa investigação resultou uma extensa colecção de artefactos que documenta e exprime de um modo perfeito e completo todos os aspectos da vida e das concepções, dos ritos e da criação plástica dos vários grupos com quem estabeleceram relações, inúmeros registo visuais e sonoros, e um vasto conhecimento teórico sobre a vida, a cultura e arte dos ameríndios do Brasil.
Esta colecção foi apresentada ao público em Outubro de 1966 nos Salões da Sociedade de Belas Artes de Lisboa, sob o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Embaixada do Brasil.
Em 1969 a colecção é adquirida pelo então Ministério do Ultramar, com a participação financeira da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação da Casa de Bragança e de alguns particulares devotados, a fim de ser entregue e incorporada no património do Museu Nacional de Etnologia.
A colecção, constituída por cerca de 745 peças, abrange todas as classes de artefactos.
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Bibliografia
- KROEBER, A. L. - "Arte indígena da América do Sul" in Suma Etnológica Brasileira, 3º vol. Petrópolis: Vozes/FINEP, 1986
- WILLEY, Gordon R. - "Cerâmica" in Suma Etnológica Brasileira, 2º vol. Petrópolis: Vozes/FINEP, 1986