Máscara

  • Museu: Museu Nacional de Etnologia
  • Nº de Inventário: AN.850
  • Super Categoria: Etnologia
  • Categoria: Cerâmica
  • Autor: Autor desconhecido
  • Dimensões (cm): Alt. 10 x Larg. 12
  • Descrição: Máscara representando um rosto humano de forma circular, de superfície interior côncava, em barro de tom castanho amarelado. A peça é constituída por dois olhos circulares providos de duas órbitas, igualmente circulares, vazadas. O nariz é formado por duas saliências semicirculares, das quais sobressai dois destaques, um circular e o outro semicircular. A boca oblonga apresenta-se aberta, exibindo dentes realçados por traços entalhados. O queixo é composto por duas saliências semicirculares. As orelhas prolongam-se em dois destaques rectangulares, nos quais são entalhados os traços que definem os elementos que as compõem. No topo da máscara são visíveis três orifícios. No interior da peça são visíveis duas etiquetas rectangulares de papel branco coladas. Uma exibe o número 76 a preto, e a outra o número 10. a vermelho.
  • Origem/Historial: Nota informativa sobre a constituição da Colecção Victor Bandeira: Em 1964/65 Victor Bandeira e Françoise Carel Bandeira, incentivados por Jorge Dias e Ernesto Veiga de Oliveira, e com o apoio do Centro de Estudos de Antropologia Cultural de Junta de Investigações do Ultramar e das autoridades brasileiras, empreenderam uma expedição à selva amazónica, com o objectivo de conhecer, por experiência e participação efectiva, as formas de comportamento, a cultura material e imaterial, os rituais, os ritos e as artes, dos grupos indígenas que habitavam nessa região. Durante a sua estada no terreno, o casal Bandeira, percorreu várias regiões do Brasil, Equador, Peru e Colômbia, e contactou com diferentes grupos de índios. Dessa investigação resultou uma extensa colecção de artefactos que documenta e exprime de um modo perfeito e completo todos os aspectos da vida e das concepções, dos ritos e da criação plástica dos vários grupos com quem estabeleceram relações, inúmeros registo visuais e sonoros, e um vasto conhecimento teórico sobre a vida, a cultura e arte dos ameríndios do Brasil. Esta colecção foi apresentada ao público em Outubro de 1966 nos Salões da Sociedade de Belas Artes de Lisboa, sob o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Embaixada do Brasil. Em 1969 a colecção é adquirida pelo então Ministério do Ultramar, com a participação financeira da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação da Casa de Bragança e de alguns particulares devotados, a fim de ser entregue e incorporada no património do Museu Nacional de Etnologia. A colecção, constituída por cerca de 745 peças, abrange todas as classes de artefactos.

Bibliografia

  • KROEBER, A. L. - "Arte indígena da América do Sul" in Suma Etnológica Brasileira, 3º vol. Petrópolis: Vozes/FINEP, 1986
  • WILLEY, Gordon R. - "Cerâmica" in Suma Etnológica Brasileira, 2º vol. Petrópolis: Vozes/FINEP, 1986

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