Figura antropomórfica

  • Museu: Museu Nacional de Etnologia
  • Nº de Inventário: AN.857
  • Super Categoria: Etnologia
  • Categoria: Cerâmica
  • Autor: Autor desconhecido
  • Dimensões (cm): Alt. 10 x Larg. 9
  • Descrição: Figura antropomórfica erecta em barro, representando uma mulher. A figura é constituída por quatro apoios cónicos que sustentam o corpo rectangular. Os peitos são de forma cónica e os membros superiores igualmente cónicos apresentam-se abertos. Nos pulsos destacam-se três traços paralelos entalhados. As mãos são representadas por traços igualmente entalhados. O pescoço exibe um colar circular decorado com três linhas paralelas incisas, que pende até ao peito. A cabeça ovóide é composta por dois olhos circulares em relevo, um nariz cónico com dois orifícios que figuram as narinas, e uma boca definida por um rasgo transversal. A cabeça apresenta uma coifa que a cobre completamente, inclusive a zona das orelhas. A coifa exibe vários destaques e desníveis. A peça apresenta na parte detrás uma etiqueta rectangular de papel branco colada, que exibe o número 11. a vermelho.
  • Origem/Historial: Nota informativa sobre a constituição da Colecção Victor Bandeira: Em 1964/65 Victor Bandeira e Françoise Carel Bandeira, incentivados por Jorge Dias e Ernesto Veiga de Oliveira, e com o apoio do Centro de Estudos de Antropologia Cultural de Junta de Investigações do Ultramar e das autoridades brasileiras, empreenderam uma expedição à selva amazónica, com o objectivo de conhecer, por experiência e participação efectiva, as formas de comportamento, a cultura material e imaterial, os rituais, os ritos e as artes, dos grupos indígenas que habitavam nessa região. Durante a sua estada no terreno, o casal Bandeira, percorreu várias regiões do Brasil, Equador, Peru e Colômbia, e contactou com diferentes grupos de índios. Dessa investigação resultou uma extensa colecção de artefactos que documenta e exprime de um modo perfeito e completo todos os aspectos da vida e das concepções, dos ritos e da criação plástica dos vários grupos com quem estabeleceram relações, inúmeros registo visuais e sonoros, e um vasto conhecimento teórico sobre a vida, a cultura e arte dos ameríndios do Brasil. Esta colecção foi apresentada ao público em Outubro de 1966 nos Salões da Sociedade de Belas Artes de Lisboa, sob o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Embaixada do Brasil. Em 1969 a colecção é adquirida pelo então Ministério do Ultramar, com a participação financeira da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação da Casa de Bragança e de alguns particulares devotados, a fim de ser entregue e incorporada no património do Museu Nacional de Etnologia. A colecção, constituída por cerca de 745 peças, abrange todas as classes de artefactos.

Bibliografia

  • KROEBER, A. L. - "Arte indígena da América do Sul" in Suma Etnológica Brasileira, 3º vol. Petrópolis: Vozes/FINEP, 1986
  • WILLEY, Gordon R. - "Cerâmica" in Suma Etnológica Brasileira, 2º vol. Petrópolis: Vozes/FINEP, 1986

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