Banco de espaldar (par)

• Museu: Museu de Lamego
• Nº de Inventário: 443a
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Mobiliário
• Autor: Autor desconhecido (-)
• Datação: Século 17/18
• Dimensões (cm): Alt. 98 x Larg. 180 x Prof. 55
• Descrição: Banco de espaldar e assento de forma rectangular, estofados de palha de centeio e revestimento de couro dito de "moscóvia". Este é fixado por galão e pregaria fina de latão, que marca igualmente os quatro lugares. Seis pernas recortadas em consola invertida, ornadas frontalmente por folhagem de acanto, sendo percorridas lateralmente por uma moldura que termina em voluta, a partir da qual se desenvolve uma sucessão de motivos campaniformes imbricados, provavelmente acantos em flor. As pernas unem-se entre si através de uma travessa recortada em forma de canga boleada, tendo ao centro uma vieira entalhada, na qual encaixa a bilharda torneada. Celina Bastos, 1999
• Origem/Historial: Os bancos de espaldar foram extremamente populares nos séculos XVII e XVIII, tendo sido usados quer pelo clero secular, quer por irmandades, misericórdias e confrarias, quer ainda pelos procuradores do povo. Os inventários do antigo Paço referem canapés e bancos de encosto, aplicando-se o primeiro vocábulo na identificação de dois tipos distintos de móvel de assento: canapés e bancos de espaldar. Em 1924, Alfredo Guimarães designa estes exemplars do Museu como bancos de igreja. No início deste século, este banco, conservava cinco pináculos de latão, dispostos no topo do espaldar. A ele corresponde um par com assento e espaldar forrado de damasco verde. O couro "de moscóvia" que reveste o espaldar e o assento, caracterizava-se pelo padrão tipo ponta de diamante que cobria toda a superfície. Característico das peles que vinham da Rússia, célebres na época, rapidamente foi copiado e vulgarizado nos couros nacionais. Celina Bastos, 1999
• Incorporação: Mitra de Lamego