S. José com Menino ao colo
-
Museu: Museu Nacional de Etnologia
-
Nº de Inventário: AT.472
-
Super Categoria:
Etnologia
-
Categoria: Artes plásticas
-
Autor:
Autor desconhecido (-)
-
Datação: Século 20
-
-
Técnica: A especificação da técnica encontra-se no campo do Historial.
-
Dimensões (cm): Alt. 11,8 x Larg. 5
-
Descrição: S. José em barro policromado, representando uma figura masculina em pé segurando o Menino.
As figuras assentam numa base cilíndrica de contornos côncavos, de tonalidade rosa com laivos de cor vermelha, e alguns estrangulamentos.
S. José exibe duas botas altas de tonalidade negra e apresenta-se envolto num manto que acompanha os contornos da figura, pendendo do ombro esquerdo e amarrando na cintura. Os membros superiores apresentam-se arqueados...
Ver mais para dentro, com a mão direita segurando uma flor de tonalidade verde e a esquerda apoiando o Menino ao colo. As mãos exibem linhas incisas representando os dedos. Na cabeça figuram dois olhos, encimados por duas sobrancelhas castanhas. O nariz é em relevo e a boca apresenta lábios delineados e enchidos com cor vermelha. De cada lado da face é visível uma rosácea pintada de rosa. A cabeça exibe, ainda, barba, bigode e cabelo comprido de cor castanha.
O Menino apresenta-se nu, apoiado no braço esquerdo de S. José. A criança apresenta dois membros inferiores, cruzados, estando o esquerdo sobreposto ao direito. O Menino apresenta ainda, dois membros superiores, encontrando-se o direito erguido e apoiado no ombro do Santo, e o esquerdo apoiado no braço esquerdo. Na cabeça figuram dois olhos negros, encimados por dois traços de tonalidade castanha que figuram as sobrancelhas. O nariz apresenta-se em relevo e a boca apresenta a tonalidade vermelha. A cabeça exibe, ainda, cabelo de cor amarela.
O manto do Santo apresenta pregas na parte frontal e traseira do mesmo e ostenta a cor amarela com o interior pintado de azul. O manto encontra-se repuxado junto ao braço esquerdo. A figura exibe ainda, uma túnica de tonalidade cinzenta, decorada com uma gola de tonalidade verde.
No topo da cabeça do Santo e do Menino é visível um ponto inciso, podendo servir para colocar a coroa.
Dimensões da Base:
Diâmetro: 4,7 Cm.
Fechar
-
-
Origem/Historial: Na ficha de inventário dactilografada e no Livro de Tombo a peça tem a designação "Imagem Religiosa". No entanto, optei por utilizar a denominação "S. José com Menino ao colo", na medida em que identifica à priori a temática da peça.
Na ficha de inventário dactilografada não refere o Local de Fabrico.
Na ficha dactilografada refere esta firgura como sendo feita por molde.
Técnica:
Na técnica em que é utilizado o molde, o art...
Ver maisista trabalha previamente no barro o seu modelo, passando-o de seguida para gesso. Deste modo, a realização do modelo torna-se mais facilitada mas, os modelos nunca são exactamente iguais, havendo somente semelhantes. Existem sempre retoques a fazer, no caso dos mantos, túnicas, que os distinguem. As cores acentuam ainda mais as suas diferenças.
Quanto aos negativos do gesso, estes são obtidos através do processo tradicional, ou seja, utilizando o gesso sobre o modelo criado, sendo constituído por duas partes, a dianteira e a traseira, que se encaixam.
Os moldes em gesso devem ser colocados num local seco. Quando utilizados para se fazerem cópias, devem ser revestidos por uma camada de barro de um centímetro de espessura. Após esta operação, são ajustados um contra o outro depois de terem sido previamente pincelados com lamugem ou barbotina, para uma melhor aderência.
Depois do modelo ser retirado dos moldes, é alisado e corrigido pelas mãos dos artífices.
Fechar
-
Incorporação: Anterior Proprietário: Rafael Rúdio
-
Bibliografia
- AZINHAL, Abelho - Memória sobre os barros de Estremoz. Lisboa: Panorama, 1964
- BORRALHO, Álvaro António Gancho - As Artes do Barro. Contribuição para o estudo dos Bonecos de Estremoz, Dissertação de Tese de Licenciatura em Sociologia vertente de Sociologia da Cultura. ISCTE, Lisboa: 1993
- CHAVES, Luís - Os Barristas Portugueses: nas escolas e no povo.. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1925
- CONDE, António Fialho - "A Olaria Alfacinha e o Contributo dos Mestres", "Mestres Oleiros no Alentejo" in Mestres Artesãos do Século: artefactos do mundo por mãos portuguesas. Lisboa: Instituto do Emprego e Formação: FIL, 2002
- CORREIA, Virgílio - "Brinquedos na Louça de Estremoz" in Revista Terra Portuguesa - Revista Ilustrada de Arqueologia e Etnografia, Volume 1. Lisboa: 1916
- FERRO, António - "Bonecos de Barro" in Vida e Arte do Povo Português. Lisboa: 1940
- PARVAUX, Solange - La Céramique du Hault-Alentejo. Paris, Lisboa: Puf, Gulbenkian, 1968
- PESSANHA, D. Sebastião - "Bonecos de Extremoz" in Revista Terra Portuguesa - Revista Ilustrada de Arqueologia Artística e Etnografia, Volume 1. Lisboa: 1916
- VERMELHO, Joaquim - "Mobilidade e Influências nos bonecos de Estremoz" in Conversas à volta da Olaria. Oficinas do Convento: Associação Cultural de Arte e Comunicação, Dezembro 1998
- VERMELHO, Joaquim - "O Culto do Figurado de Estremoz" in Cultus: o mistério e o maravilhoso nos artefactos portugueses. Lisboa, IEFP: FIL, 2001
- VERMELHO, Joaquim - "Olaria e Barrística de Estremoz" in Artesanato da Região do Alentejo. Évora: IEFP, 2000
- VERMELHO, Joaquim - Barros de Estremoz: Contributo Monográfico para o Estudo da Olaria e da Barrística: Limiar, 1990