Porta de Confessionário

  • Museu: Museu de Aveiro
  • Nº de Inventário: 147/M
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Escultura
  • Autor: Autor desconhecido (-)
  • Datação: Século 18
  • Suporte: A portada é composta por uma almofada e uma moldura em madeira que preenchiam o espaço de um vão aberto em alvenaria ou suporte vertical de divisão entre espaços.
  • Técnica: Madeira a imitar laca oriental de cor vermelha com figuras recortadas e pintadas a dourado e contornos a preto.
  • Dimensões (cm): Alt. 800 x Larg. 710
  • Descrição: Trata-se de uma porta ou janela de confessionário, com duas frentes e uma portada, em madeira pintada a imitar laca oriental. Composição: Tem três partes: moldura, portada e fragmento de ombreira, articuladas entre si através de dobradiças; a moldura é de forma retangular, quase quadrada, com cantos recuados em forma de ¼ de cana; possuí duas fechaduras colocadas de modo a que só possa ser aberta quando de cada lado existir a respetiva chave. Este facto está relacionado com a sua proveniência original, o Convento de Jesus das Dominicanas de Aveiro, e com a função de confessionário, fazendo a separação entre clausura e o exterior, estando integrada no vão de parede fronteira entre o Coro-baixo e o exterior, que atualmente corresponde à Capela de Santo Agostinho. Decoração: A superfície da madeira encontra-se pintada de vermelho e decoração de motivos florais dispostos de forma avulsa, pintados a dourado e delineados a preto, recortados sobre fundo de cor vermelha a imitar charão (espécie de laca chinesa). Destacamos no interior da portada dois anjos segurando uma coroa que reporta ao patronato da Coroa Portuguesa; esta composição emoldura a folha metálica, recortada e perfurada, que serve de locutório. Detalhada: Peça bidimensional desenhada para preencher um vão de parede ou um suporte vertical de fronteira entre espaço interior e exterior. Peça com dupla face de secção quadrangular e vértices em quarto de círculo, organizada em duas partes: uma parte estrutural, fixa e de maior dimensão que integra ao centro e em plano rebaixado uma placa metálica perfurada e recortada, e, outra parte móvel, quadrangular, unida à primeira por dobradiças colocadas no lado esquerdo e fechadura com espelho em losango no lado oposto. A parte móvel tem, à semelhança da fixa, dobradiças no lado esquerdo da moldura e fechadura com espelho em losango. As faces anterior e posterior de cada uma das partes tem decoração de motivos florais dispostos de forma avulsa, pintados a dourado e recortados sobre fundo de cor vermelha a imitar charão (espécie de laca chinesa).
  • Origem/Historial: Sobre o local de origem desta peça podemos avançar com a hipótese desta ter estado colocada na parede Sul da sala do Coro-Baixo; esta empena separa este espaço da Capela de Santo Agostinho e corresponde-lhe na actualidade um vão de passagem da referida Capela para o onterior do Coro-baixo.
  • Incorporação: Transferência / Disposição Legal
  • Centro de Fabrico: Desconhecido

Bibliografia

  • CARVALHO, Ayres de - D. João V e a Arte do seu Tempo. Lisboa: Ed. do autor, 1962
  • SANDÃO, Artur de - O Móvel pintado em Portugal. Barcelos: Editora do Minho, 15 de Dezembro 1966
  • SANTOS, Domingos Maurício Gomes dos - Mosteiro de Jesus de Aveiro. Lisboa: Companhia de diamantes de Ang., 1967
  • Ferreira, Silvia (2015) Reflexos em vermelho e Ouro: Chinoiserie e Talha ou a construcão de um modelo de renovação artística, Lisboa: Centro Cientifico e Cultural de Macau, 129-142, ISBN 978-972- 8586-44-7

Multimédia

  • confessionario.jpg

    Imagem
  • 1550.JPG

    Imagem
  • 1551.JPG

    Imagem
  • FB_IMG_1509397972178.jpg

    Imagem
  • confessionario completo.jpg

    Imagem