Moldura

• Museu: Museu de Aveiro
• Nº de Inventário: DEP218/M
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Escultura
• Autor: Pintor (Desconhecido)
• Datação: 1650/1700
• Suporte: Madeira
• Técnica: Entalhamento da madeira com ensamblagem de elementos e aplicação de folha de ouro sobre preparação de gesso com aglutinante
• Dimensões (cm): Alt. 112 x Larg. 146 x Prof. 12
• Descrição: Peça em madeira entalhada formando moldura; tem um friso interior de forma rectangular, decorado com motivo de tulipas; este friso define uma cercadura envolvente à pintura central. Fecha lateralmente a composição um par de ilhargas exteriores em forma de quartelão ou pilastra misulada com base decorada com motivos florais encadeados, tendo ao centro um enrolamento perspectivado e no fecho folhagem de acanto; rematam com capitel compósito seccionado na vertical e adossado ao plano da rectaguarda. Remate superior da peça com frisos longitudinais paralelos entre si sendo o primeiro em forma de cordão, seguido de motivo floral, óvolos, denticulado e folhagem miuda de acanto; este remate é perspectivado nos extremos. Talha: moldura integrante de um cadeiral do século XVII proveniente do Convento de Santa Joana de Lisboa; elemento arquitetónico do barroco pedrino: quartelões com enrolamento de acanto no 2º terço do fuste intercalado por enrolamento em cartela seguido de friso com grinalda floral; as molduras em frisos denticulados, com cadeias de óvalos a par com a estrutura arquitetónica que enquadra a pintura sobre tábua denunciam uma gramática decorativa caraterística deste período de seicentos, do proto barroco. Enquadra a pintura sobre tábua representando S. Catarina de Siena c/ nº. de Inv. 148/A, ditas as "Hipólitas" provenientes do Convento de Santa Joana de Lisboa.
• Origem/Historial: Esta peça integra um conjunto de 12 tábuas pintadas representando vários Santos e Santas Domínicos(as). Estas peças constam de uma lista de peças cedidas pelo Museu Nacional de Arte Antiga, cujo ofício nº 5 de 1963 diz terem pertencido ao antigo Convento de Santa Joana de Lisboa. Dada a composição arquitectónica das respectivas molduras, as quais definem uma série de 12 elementos individualizados mas com dimensões e categorias formais idênticas, estas peças constituem um conjunto homogéneo, passível de ser estruturado segundo um espaldar de cadeiral ou formando um revestimento parietal.
• Incorporação: Cedida pelo Museu Nacional de Arte Antiga, ofício nº 5 de 1963