Arcanjo São Rafael e o pequeno Tobias (iconográfico)

  • Museu: Museu de Aveiro
  • Nº de Inventário: 58/B
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Escultura
  • Autor: Pedro Serrano (Barristas de Aveiro)
  • Datação: Século 19
  • Suporte: barro
  • Técnica: esculpido; policromia
  • Dimensões (cm): Comp. 26 x Alt. 13 x Larg. 8
  • Descrição: Conjunto escultórico, em barro policromado, representando o Arcanjo São Rafael e o pequeno Tobias. São Rafael, de pé caminhando, veste de peregrino com túnica e capa, segurando com a sua mão esquerda o pequeno Tobias, que o acompanha, com um peixe na sua mão direita. A túnica do santo, azul debruada a vermelho, com forro vermelho, deixa a descoberto parte do peito e o braço esquerdo, com cuja mão segura, pelas costas, a criança Tobias, que tem junto de si do seu lado esquerdo vestindo também uma túnica, vermelha debruada a azul, ao inverso da do Arcanjo, criando a harmonia no conjunto, com mangas cavadas e decote em bico, com um peixe verde na sua mão esquerda, com a barbatana da cauda a tocar o chão. (Ver Representação > Iconografia). São Rafael tem o braço direito com a manga enrolada em pregas. À frente a túnica apresenta duas aberturas, deixando as pernas a descoberto, calçando sandálias "à romana", pintadas a azul, sobre as pernas entrelaçando-as. A capa do Santo é amarela dourada posta no seu braço esquerdo, no ante-braço, enrolando atrás nas costas, caindo as pontas. O santo tem cabelos castanhos compridos, penteados com risca ao lado, caídos pelos ombros. Nas costas tem duas asas grandes, com quatro fiadas de penas policromadas, de cima para baixo, brancas, azul, azul, vermelho. Tobias, tem também uma capa castanha enrolada ao ombro (ombro direito), tapando o braço deixando ver a mão que toca em São Rafael; a túnica pelos joelhos, deixa também a descoberto as pernas com os pés com sandálias. Tem também os cabelos castanhos curtos. O conjunto assenta numa base de secção rectangular policromada de verdes acastanhados a simular o chão.
  • Origem/Historial: Esta escultura de vulto é proveniente do Convento das Salésias de Lisboa (Ordem Salesiana - ramo feminino), extinto no séc. XIX, e terá entrado nas coleções do Museu, em 1913 ou 1914, no contexto da ação desenvolvida pelo Dr. José Maria Vilhena Barbosa de Magalhães (jurisconsulto, advogado, Aveiro) junto da Comissão Jurisdicional das Extintas Congregações Religiosas (Lisboa), com vista o enriquecimento das coleções do recém-instalado e criado Museu de Aveiro (1911-1912), com a integração de outras obras de arte, de feição religiosa (temática, materiais e funções) similar, às da origem do Museu, provenientes de outros conventos extintos de Lisboa.
  • Incorporação: Transferência dos bens da Igreja para o Estado segundo o Decreto de 1910 (que retoma os de 1834), neste caso do Convento das Salésias de Lisboa, para o M. Avº, qdº da sua constituição (ver Incorporação e Observações).
  • Centro de Fabrico: Região Centro

Bibliografia

  • COSTA, CARDOSO DA, Madalena - "A Colecção de Escultura do Museu de Aveiro - historial, proveniência e constirtuição", comunicação nos 30 anos do G.A.A.C., Coimbra, 2008, (em publicação in, Munda. Coimbra: GAAC, 2009-2010

Multimédia

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