Dimensões (cm): Alt. 15,1 x Diâm. Boca - 34,5 Base - 16,8 x Esp. 0,5 x Prof. 12,5
Descrição: Taça circular alta, com paredes arredondadas e bordo direito, de porcelana muito branca e fina revestida por um vidrado transparente e brilhante, assente em pequeno pé inclinado para o centro. Nas paredes exteriores apresenta dois medalhões com contorno dourado, pintado em tons de sépia, vermelho, cinza e negro, com uma figura feminina, junto da sua mesa toucador, num momento de toillete, de colo desnudado, pousando um pé sobre um banquinho enquanto ajusta uma jarreteira; ao nível do pavimento, uma filactera com a inscrição «Honni soit qui mal y pense». Entre os medalhões, dois ramos floridos, de botões e flores de lótus, peónias e outras flores, pintadas à europeia, em esmaltes da paleta da “família rosa”. No interior, junto ao bordo, traço dourado e uma cercadura de folhas e flores iguais aos ramos, pintada em tonalidades suaves com aguadas transparentes, e um medalhão no fundo com cena similar às das paredes exteriores.
A inscrição alude claramente à Ordem da Jarreteira, a mais alta e mais antiga ordem militar britânic,a instituída pelo rei inglês Eduardo III em 1348. Diz a lenda associada à criação da Ordem que durante um banquete festivo em Calais (onde os ingleses celebravam a conquista da cidade), o rei Eduardo III pediu à condessa de Salisbúria que o acompanhasse numa dança. Esta aceitou o pedido do rei e começaram a dançar à frente de toda a Corte e da própria rainha. A meio da dança, a condessa deixou cair a sua jarreteira (liga). O rei apanhou-a do chão e, ao devolvê-la, reparou que a sala se encheu de sorrisos e murmúrios. Indignado, exclamou: «Honni soit qui mal y pense» (maldito seja quem mal pensar ), frase que se tornaria mais tarde o mote da Ordem.
Incorporação: Adquirida a "Antiquália, Ldª"
Bibliografia
CASTRO, Nuno de - A Cerâmica e a Porcelana Chinesas, vol.II