Contador

• Museu: Paço dos Duques
• Nº de Inventário: PD0470
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Mobiliário
• Autor: Autor desconhecido (-)
• Datação: Século 18
• Dimensões (cm): Alt. 126,8 x Larg. 90 x Prof. 50,2
• Descrição: Contador indo-português de forma paralelepipédica ao alto, dividida em dois corpos. Embutidos de ébano e marfim. O corpo superior é composto por doze gavetas com mais duas abaixo dessas e uma abertura em arco para um compartimento no corpo inferior. Os puxadores das gavetas são em argola elíptica torcida e os espelhos são rendilhados, sendo o espelho das fechaduras das duas gavetas inferiores em forma de diamante igualmente rendilhado. Os cantos estão decorados com chapas de metal dourado com padrão de dente-de-cão. Decoração com motivos vegetalistas e onde os traços negros são realçados por pontos brancos e a toda a volta das gavetas está pregaria miúda. As ilhargas seguem a sequencia das molduras e estão decoradas com a mesma decoração que a frente. Pés são cariatides femininas da mitologia hindu, com caudas de sereia que enrolam na ponta e são rematadas por bases de pé direito. Este contador é muito idêntico ao contador com o n.º de inventário PD0469, algo praticamente único no mobiliário indo-português conhecido, e insólito por alguns dos elementos decorativos utilizados. Em primeiro lugar, o formato do corpo inferior. Existem alguns exemplares de contadores com aberturas em arcos geminados [é o caso de um exemplar no Museu Nacional de Arte Antiga (inv. 1291) e de um outro actualmente no Palácio de Belém, em Lisboa], mas a existência de um único arco na parte frontal é excepcional. Por outro lado, nestes contadores, o motivo fitomórfico nascido de um vaso estilizado ganha, nas ilhargas, uma monumentalidade absolutamente incomum. As linhas curvas expandem-se por toda a superfície do campo e o vaso perde dimensão, ficando subjugado à imensidão dos enrolamentos.
• Incorporação: Adquirido a "Antiquália, Ldª"
• Centro de Fabrico: Goa, Índia