Descrição: A aguarela representa, no primeiro plano, à direita de um poste de electricidade, uma junta de bois a lavrar, dirigida por um camponês. O segundo plano é preenchido por dunas manchadas por vegetação rasteira, elevando-se, à direita, um moinho com três velas abertas visíveis. No último plano vê-se o mar, onde navegam alguns veleiros e um vapor. Tudo sob um céu nublado, cortado, sobre a esquerda, pela passagem de um bando de gaivotas.
Origem/Historial: Segundo o Arrolamento Judicial (iniciado em 1911), a peça estava então na Sala Grande - nas palavras dos arroladores, uma arrecadação próxima à Sala da Ceia -, dentro de uma pasta em tela, que continha mais seis aguarelas e três desenhos. Nessa ocasião, foi inventariada com o n.º P'' 393.
Após 1968, foi colocada na Antecâmara do Atelier de Pintura.
Em 2004, foi transferida para as reservas, onde se mantém.
A data de 16 de Outubro de 1881, inscrita no suporte, em baixo, à direita, permite pensar que se trata de uma oferta do Príncipe Real D. Carlos a sua mãe, a Rainha D.ª Maria Pia, por altura do seu trigésimo quarto aniversário.
A paisagem representada retrata, com toda aprobabilidade, um trecho da Apúlia, no concelho de Esposende.
Em 2000 esta aguarela estava exposta no Atelier de Pintura.
Incorporação: Pertencia às colecções reais.
Bibliografia
"O pintor Casanova e os seus discipulos régios, nas colecções do Palácio Nacional da Ajuda". Sintra: Palácio Nacional da Pena, 1976
APNA, Direcção Geral da Fazenda Pública, Arrolamento do Palácio Nacional da Ajuda, vol. 7, 1911-1912