Garrafa (9)/ Serviço de mesa

• Museu: Palácio Nacional da Ajuda
• Nº de Inventário: 57171
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Vidros
• Autor: Autor desconhecido (Vidreiro)
• Datação: Século 1788/1816
• Técnica: Vidro soprado. Moldado. Gravado. Lapidado.
• Dimensões (cm): Alt. 17,3(sem rolha);20,6(com rolha) x Diâm. 4,5 (bordo);6,5 (base)
• Descrição: Garrafa de fundo raso; forma cilíndrica; bojo ligeiramente globular, estreitando nos ombros; colo cilíndrico; bocal aberto. Decoração facetada intercalada no bojo por 2 faixas lapidadas em losângulos ("pontas de diamante"). Colo com 2 aneis de vidro. Rolha de botão esférico lapidada em triângulos.
• Origem/Historial: Segundo o Arrolamento do palácio da Ajuda, 7 destas garrafas encontravam-se na denominada Sala de Jantar e suas dependências no piso térreo e tinham os seguintes números gravados no colo: 8, 9, 12, 13 e 30. Estão descritas como:"Sete garrafas de cristal lapidado, com duas faixas em relevo, ao centro, lapidadas, em forma de cabeça de diamante com os números no gargalo:2,8,9,12,13,26 e 30, não correspondendo em algumas os números das rolhas, com o 21 1/2 de A." Estas peças fizeram parte do designado "serviço do Ramalhão", utilizado pela Rainha D. Carlota Joaquina no seu paço sintrense. O conjunto engloba peças (refrescadores de copos) que ostentam as iniciais "CJPB", encimadas pela coroa real com cinco hastes perladas, representação relativa a D. Carlota Joaquina Princesa do Brasil (1775-1830). A soberana usou o título de Princesa do Brasil entre 1788 a 1816. Parte desse período, a corte portuguesa permaneceu em território brasileiro (1808-1821). Por essa razão e dada a tipologia (neoclássica) das peças é muito provável que o serviço tenha sido encomendado entre aquelas datas e posteriormente trazido pela corte em 1821, ano em que regressaram do Brasil. Após a chegada foi incorporado no recheio do paço do Ramalhão, local onde a rainha residiu entre 1822 e 1830 (o ano da sua morte).
• Incorporação: Casa Real
• Centro de Fabrico: Grã-Bretanha ou Irlanda