Nossa Senhora

• Museu: Palácio Nacional da Ajuda
• Nº de Inventário: 57713
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Vidros
• Autor: Autor desconhecido (Vidreiro / Gravador.)
• Datação: Século 1837/1846
• Técnica: Vidro lapidado. Técnica de “Crystallo Ceramie”.
• Dimensões (cm): Alt. 10,8 x Larg. 5,2 x Esp. 2
• Descrição: Placa de vidro, rectangular com cantos cortados, tendo, no interior, uma imagem de Nossa Senhora com o Menino ao colo, de pé, sobre uma nuvem, com querubins. A imagem, em baixo relevo, é feita em pasta de porcelana branca. Os bordos do anverso são facetados e decorados por um friso ovalado. O fundo da placa é lapidado em ponta de diamante invertido. A placa está inserida num suporte de metal, tendo uma argola na parte superior.
• Origem/Historial: A peça tem no verso duas etiquetas coladas de números de inventário que aguardam uma identificação pelo doador. A Real Fábrica de Porcelana, Vidro e Processos Chímicos (Vista Alegre) foi fundada pelo eminente industrial portuense José Ferreira Pinto Basto (1774-1839) em 1824. Após a publicação do primeiro catálogo ilustrado em 1829 que mostrava já cerca de 260 modelos de diversas tipologias, a produção da Vista Alegre deu início a período de grande aperfeiçoamento técnico e laboração intensiva. Começam a aparecer os vidros moldados de onde sobressaíram os copos e pratos com incrustações de camafeus cerâmicos. Decoração revivalista muito em voga na Europa desde o período do 1º Império em França, a técnica do camafeu incrustado ou “Cristallo Ceramie” foi aperfeiçoada pelo britânico Appley Pelat que a patenteou em 1819. A secção de vidros da Vista Alegre foi dirigida de início e até 1826 por um inglês, Francisco Miller, vindo da fábrica do Covo, seguido de João Cruz e Costa (1826-1854). Nesse mesmo ano de 1826, foi contratado um lapidário também inglês, Samuel Hugues que instruiu bons discípulos. Mas foi sobretudo no período compreendido entre 1837 e 1846, que a fábrica aumentou a produção de peças de vidro e cristal, de qualidade superior, rivalizando com as de produção britânica. Para além das que foram realizadas com figuras religiosas e escritores, a Vista Alegre fabricou peças com a efigie de D. Maria II e outras, alusivas a figuras do regime liberal, como seu pai, D. Pedro IV, e o Duque de Palmela.
• Incorporação: Doação de Américo Barreto
• Centro de Fabrico: Ílhavo