Relógio de sol horizontal portátil

  • Museu: Palácio Nacional da Ajuda
  • Nº de Inventário: 4854
  • Super Categoria: Ciência e Técnica
  • Categoria: Investigação e Desenvolvimento
  • Autor: Autor desconhecido (Ourives)
  • Datação: 1778
  • Técnica: Prata dourada e gravada, marfim inciso e policromado, vidro incolor, papel policromado (?)
  • Dimensões (cm): Alt. 1,5 x Larg. 5,2 x Prof. 5,2
  • Descrição: Relógio de sol horizontal portátil, também designado por díptico, de forma octogonal com caixa de prata dourada e interior em marfim. A tampa, de charneira, apresenta gravadas as armas reais portuguesas de D. João V flanqueadas por palmas e ostentando, na parte inferior, uma fita com a data "1778" incisa. O motivo é contornado por uma faixa de motivos fitomórficos. A orla da tampa e a aresta inferior da caixa apresentam-se molduradas. No interior, sobre o bordo da bússola, figura a escala das horas gravada em algarismos árabes (12-7/5-12). O centro, protegido por vidro, é provido de uma agulha magnética. O diagrama da bússola é constituído por uma rosa dos ventos cujo Norte é indicado por uma flor de lis. O fio, que servia de gnómon, para indicar a hora através da projecção da sua sombra e que se encontrava fixo entre o bordo da bússola e o interior da tampa, está hoje omisso.
  • Origem/Historial: Este tipo de instrumento portátil servia para determinar a hora do dia e da noite em relação a uma determinada latitude. A caixa deverá ser colocada numa superfície horizontal e a tampa aberta de forma a que o fio se mantenha esticado. "Orienta-se em seguida na direcção do Norte verdadeiro, através da agulha magnética. Para este efeito torna-se necessário introduzir o valor da declinação magnética. Com o relógio assim orientado, a sombra da linha, cujo ângulo com a horizontal corresponde à latitude do lugar (depois de a caixa se encontrar convenientemente aberta), indicará a hora solar verdadeira do lugar. A obtenção da hora legal implicará as correcções da equação do tempo, da longitude e do fuso horário, que no entanto não são fornecidas pelo instrumento, limitando-se este a dar a hora solar verdadeira. Este relógio é suficientemente rigoroso na latitude para que foi desenhado ou nas suas proximidades. Este relógio solar portátil inspira-se nos modelos executados nos finais do século XVII por Michael Butterfield, inglês instalado em Paris, em 1680. De forma octogonal alongada, com bússola e haste triangular achatada, estes aparelhos foram imitados durante todo o século XVIII por numerosos construtores franceses". (cf. Tempo Real. Colecção de relógios do Paço da Ajuda, PNA, Lisboa, 1996-1997, cat. 85, p. 116). Em 1910-1912, por ocasião do arrolamento dos bens da Casa Real, encontrava-se na Casa Forte do Palácio das Necessidades onde foi arrolado sob a verba "17218", sendo aí descrito como "Um relógio de sol, com caixa de prata dourada e tampa decorada com as armas do antigo regime". (APNA, Direcção Geral da Fazenda Pública, Arrolamento do Palácio Nacional das Necessidades, vol. 7, Casa Forte, 1910-1912, fl.2581v.).
  • Incorporação: Casa Real
  • Centro de Fabrico: França

Bibliografia

  • APNA, Direcção Geral da Fazenda Pública, Arrolamento do Palácio Nacional das Necessidades, vol. 7, Casa Forte, 1910-1912

Exposições

  • Tesouros Reais

    • Palácio Nacional da Ajuda - Museu
    • 15/7/1991 a 15/10/1992
    • Exposição Física
  • Catálogo das Jóias e Pratas da Coroa

    • Palácio Nacional da Ajuda
    • Exposição Física
  • Tempo Real. Colecção de Relógios do Paço da Ajuda

    • Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa
    • Exposição Física
  • Temps Royal. Collections royales du Palais da Ajuda à Lisbonne

    • Musée de l'Horlogerie et de l'Émaillerie de Genève
    • 15/4/1999 a 15/11/1999
    • Exposição Física
  • Museu Tesouro Real

    • Palácio Nacional da Ajuda
    • Exposição Física

Multimédia

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