Quarto de D. Luís no Andar Nobre no Paço da Ajuda

• Museu: Palácio Nacional da Ajuda
• Nº de Inventário: 55450/3
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Pintura
• Autor: Casanova, Enrique (Pintor)
• Datação: 1889/1895
• Suporte: Papel
• Dimensões (cm): Alt. 27,4 x Larg. 20
• Descrição: A aguarela representa o Quarto de D. Luís no Andar Nobre, no Paço da Ajuda. O tecto, em caixotão, tem pintadas as Armas de Portugal, inscritas em reservas definidas por motivos vegetalistas. As paredes são totalmente pintadas com um padrão repetitivo de palmas estilizadas. À da direita, encosta-se um lavatório e uma pianha alta em madeira escura, entalhada. Na do fundo, à direita, abre-se uma porta com um reposteiro decorado em tons de castanho, que deixa ver parte do compartimento anexo. Logo à esquerda, há uma cómoda de madeira escura, com ferragens douradas, sobre que assentam diversas peças de vidro e de porcelana, de pequena dimensão. De encontro à parede da esquerda, pode ver-se uma cama em madeira clara, com uma colcha vermelha bordada a ouro. A seu lado, sobre um tapete branco, está uma mesa de cabeceira encimada por um relógio, defronte da qual se encontra uma senhorinha forrada com um tecido bordado com motivos florais.
• Origem/Historial: Esta peça faz parte de um álbum de aguarelas que contém uma colecção de interiores dos Paços Reais da Ajuda, de Sintra e da Cidadela de Cascais, da autoria de Enrique Casanova. O álbum foi encomendado pela Rainha D. Maria Pia para ser oferecido ao Rei D. Luís no dia do seu aniversário, a 31 de Outubro de 1889. Tendo o monarca falecido a 19 de Outubro desse ano, é possível que a execução das aguarelas tenha perdido o seu presumível carácter de urgência. Na verdade, ainda em Setembro de 1891, Casanova não tinha prontas as que retratavam os interiores da Cidadela de Cascais e só em Setembro de 1895 a firma Leitão e Irmão, ourives da Casa Real, apresentava os desenhos para a capa do álbum. esta peça foi herdada por D. Carlos e, depois, por D. Manuel II, que a conservou no Palácio das Necessidades e, após a implantação da República, na sua residência de exílio, em Inglaterra. Por morte de D. Manuel II, o álbum ficou na posse da viúva, D. Augusta Vitória, cujos herdeiros o venderam em leilão, em Junho de 1989. Bem inventariado pela SEC, nos termos dos Dec.-Lei 46349, 38906, 1/78, 59/80 e do Dec.- Regul. 34/80. Publ. no DR, 2ª série, n.º 149, de 1-7-1989.
• Incorporação: Leilão nº 1/89 do Palácio do Correio Velho. Oferecido pelos Bancos BCP, BES, CGD, Soporcel, Finisa e Sotancro.