Frei Martinho da Arrábida

• Museu: Palácio Nacional de Mafra
• Nº de Inventário: PNM 111
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Pintura
• Autor: Autor desconhecido (-)
• Datação: Século 18
• Suporte: Tela, madeira
• Técnica: Pintura a óleo sobre tela.
• Dimensões (cm): Alt. 290 x Larg. 179 x Prof. 6
• Descrição: Pintura a óleo sobre tela representando Frei Martinho de Santa Maria, também conhecido como São Martinho da Arrábida, fundador da Província de Santa Maria da Arrábida, ordem reformada dos Franciscanos. A tela está fixa sobre pranchas, em madeira de carvalho, ensambladas longitudinalmente, com recorte em formato de cruz assente sobre um orbe. O frade encontra-se crucificado, com olhos vendados e fechadura sobre o coração. Segura uma vela na mão direita e cilícios na mão esquerda. Enverga hábito dos capuchos em burel castanho, com capuz, tendo a cintura cingida por um cordão com 3 nós. Os pés descalços assentam sob um orbe terrestre. Sobre o globo está a inscrição "ARCTA EST VIA, QUAE DUCIT AD VITAM" do evangelho de São Mateus, um provérbio latino que significa "é estreita a porta e apertado o caminho que conduz à vida". Os olhos vendados simbolizam a mortificação do sentido da visão, a fechadura é símbolo do coração que fechou para sempre para as coisas do mundo, a vela é a luz, os cilícios ou disciplinas são as armas com as quais vence a carne. De forma muito ténue é visível um cadeado que lhe fecha os lábios, simbolizando o silêncio em que sempre viveu.
• Origem/Historial: Pintura que reproduz a escultura em pedra que se encontra na fachada da igreja do convento dos capuchos da Arrábida, casa mãe dos frades capuchos que foram transferidos para o Convento de Mafra, em 1730. Ayres de Carvalho considera esta peça como "o símbolo dos frades arrábidos que primeiro habitaram o Convento de Mafra e certamente deixado por eles" [Livro de Tombo].
• Incorporação: Proc. 246 - Conventos extintos, Real Convento de Mafra.