Busto do Rei D. João V (modelo em gesso)

  • Museu: Palácio Nacional de Mafra
  • Nº de Inventário: PNM 7549
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Escultura
  • Autor: Alessandro Giusti (Escultor)
  • Datação: 1748/1749
  • Técnica: Escultura em gesso
  • Dimensões (cm): Alt. 114 x Larg. 75 x Prof. 60
  • Descrição: A escultura do rei, a meio corpo, apresenta-se numa pose majestática, acentuada pela posição do braço esquerdo, apoiando a mão à cintura, e com a mão direita segurando um bastão militar. Traja armadura envolta em manto, a cabeça é adornada por uma cabeleira de canudos, coroada de laurel. Na base da escultura encontram-se diversos objetos relativos às artes liberais sob proteção régia, entre as quais se conta a escultura, o desenho, a pintura, a arquitetura e a música. Numa face plana da cabeça de um martelo (um dos instrumentos do escultor) encontra-se a assinatura do autor: “ALEXA/DE/IVST/ROM”.
  • Origem/Historial: De acordo com Sandra Saldanha e Quadros, a presente estátua de D. João V, em gesso, poderá ter servido de modelo à escultura definitiva, realizada em mármore de Carrara (PNM 7509), presentemente exposta na Galeria da Bênção do Palácio Nacional de Mafra, a qual foi originalmente destinada a figurar na Biblioteca do Convento Oratoriano anexa ao Palácio das Necessidades, em Lisboa. Tal como a estátua definitiva, este modelo terá sido realizado em Roma, cerca de 1748-49, sendo assim a primeira peça executada pelo escultor italiano Alessandro Giusti (1715-1799), para a corte portuguesa e malogradamente a última representação do rei D. João V, já que o monarca veio a falecer a 31 de julho de 1750. Esta figuração revela toda a espessura psicológica de um grande monarca no auge do seu longo e profícuo reinado, com perto de 60 anos de idade, atestando a grandeza régia e o seu alto patrocínio às artes e letras. A escultura foi registada no Livro de Tombo apenas em 2.9.2005, embora se encontrasse guardada no Palácio de Mafra, numa das Galerias da Sala da Benção, desconhecendo-se a proveniência nem memória da data de incorporação. Existem duas outras representações idênticas, nomeadamente um mármore exibido na Galeria da Bênção (INV. PNM 7509) e outro, em bronze, fundido no reinado de D. Carlos I, pertencente ao Museu de São Roque em Lisboa. No caso do mármore, este não apresenta a assinatura do escultor e, completando a asserção iconográfica, dispõe de um plinto marmóreo com a seguinte inscrição: JOANNI. V. | REGI. FIDELISSIMO | DIVINI CVLTVS | BONARVMQVE ARTIVM | CVRATORI OPTIMO | QVOD | PVBLICAE VTILITATI | CONSVLENS | DOMVM HANC | ER[E] XERIT | JOSEPHVS I. | POSVIT | PARENTI | FILIVS (A João V, Rei Fidelíssimo, o melhor curador do culto Divino e das Belas Artes porque, vigilante da utilidade pública, construiu esta casa. O filho, José I, dedicou ao pai). Liga-se de perto à atividade de Giusti na Escola de escultura de Mafra.

Bibliografia

  • GORJÃO, Sérgio; PEREIRA, Paulo; Et alli. DO TRATADO À OBRA - GÉNESE DA ARTE E DA ARQUITETURA NO PALÁCIO DE MAFRA. Mafra: DGPC/PNM, 2017

Exposições

  • Do Palácio de Belém

    • Galeria de Pintura do Rei D. Luís - Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa
    • 5/10/2005 a 19/2/2006
    • Exposição Física
  • DO TRATADO À OBRA - GÉNESE DA ARTE E DA ARQUITETURA NO PALÁCIO DE MAFRA

    • Mafra (Palácio Nacional de Mafra)
    • 17/11/2017 a 31/5/2018
    • Exposição Física

Multimédia

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