Figura de Heroína

  • Museu: Palácio Nacional de Queluz
  • Nº de Inventário: PNQ 3150
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Escultura
  • Autor: Autor desconhecido (-)
  • Datação: 1757/1765
  • Técnica: Esculpida/Entalhada
  • Dimensões (cm): Alt. 213 x Larg. 83 x Prof. 41
  • Descrição: Escultura de figura feminina em mármore, em vulto perfeito, com tardoz pouco trabalhado da cintura para baixo; de corpo inteiro, em pé, está ligeiramente virada à esquerda. Tem cabelo comprido apanhado atrás e usa elmo. Tronco nu, com manto drapeado que lhe cai pelas costas e envolve a anca, preso por fita que passa sobre o peito. Mão direita apoiada numa rocha. Braço esquerdo mutilado. Segura com a mão esquerda o manto à frente. Perna direita ligeiramente flectida. Pés descalços. Figura não identificada, trata-se provavelmente de uma Heroína.
  • Origem/Historial: Relativamente à escultura em pedra existente nos Jardins de Queluz, para além da de produção portuguesa, essencialmente em lioz, mármore de Pêro Pinheiro e pedra de Ançã, é importante mencionar a importação de escultura em mármore, de Itália, nomeadamente de Génova. O agente da encomenda italiana vinda para Queluz, foi Nicolau Possolo, estabelecido em Lisboa, e as peças vieram entre 1757, 1760 e 1765. As esculturas não eram adquiridas para um espaço determinado e muitas vezes iam mudando de posição, à medida que o jardim se desenvolvia e a decoração de alterava. Muitas estátuas eram policromadas, para parecerem tão próximas da realidade quanto possível, enquanto outras eram parcialmente douradas. A presença de estátuas espalhadas nos jardins ajuda à marcação de perspectivas, de entradas e sublinha os diversos planos, regulariza a paisagem. As Esculturas ritmam o espaço, o que faz delas peças fundamentais da arquitectura paisagística. Na iconografia barroca é grande a importância da Alegoria, pela duplicação de significados e pelo seu carácter didáctico. Existia então uma nova visão da história e da mitologia, que as via como imagens alegóricas, que apresentavam um sentido retórico, celebrativo e moralizante. Em Queluz, são vários os exemplos desta realidade. O Canal foi ornamentado com estátuas e urnas em mármore e a alameda que ligava à Barraca Rica estava ornada com bustos também em mármore, de heróis e heroínas da Antiguidade, assentes sobre pedestais. Na Fachada das Cerimónias, ao longo da balaustrada, junto ao telhado, a colocação de esculturas, veio acrescentar movimento ao seu traçado. Na balaustrada de pedra que circunda o Jardim de Neptuno/Pênsil observam-se estátuas italianas, em mármore, cuja temática mitológica se relaciona com o jardim ou com a vida bucólica. O Jardim de Malta viu-se completado na sua harmonia com a presença, novamente, de bustos de heróis e heroínas da Antiguidade Clássica, colocadas sobre pilastras adoçadas à fachada. A Cascata Grande, desenhada por Robillion, tinha estátuas na balaustrada que a remata.
  • Incorporação: Encomenda da Casa Real

Bibliografia

  • LEITE, Ana Cristina; Paulo Pereira (direcção) - Alegoria do Mundo: a arte dos jardins, in: História da Arte Portuguesa, 3º Vol.. Barcelona: Círculo dos Leitores, 1995
  • RODRIGUES, Ana Duarte - Exemplos de Decorum: De Decorum natura nos jardins barrocos portugueses, in: revista de História de Arte nº3, 2007. Lisboa: Edições Colibri, 2007

Multimédia

  • 10127.jpg

    Imagem
  • 10130.jpg

    Imagem
  • 10133.jpg

    Imagem
  • 10129.jpg

    Imagem
  • 1040.jpg

    Imagem
  • 8523.jpg

    Imagem
  • 10132.jpg

    Imagem
  • 10134.jpg

    Imagem
  • 10131.jpg

    Imagem
  • 10128.jpg

    Imagem