Relógio
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Museu: Palácio Nacional de Queluz
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Nº de Inventário: VT 136
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Super Categoria:
Arte
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Categoria: Cerâmica
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Autor:
Autor desconhecido (-)
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Datação: Século 19
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Suporte: Porcelana
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Técnica: Porcelana moldada, pintada e vidrada
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Dimensões (cm): Alt. 77 x Larg. 46 x Prof. 34
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Descrição: Relógio de mesa em porcelana constituído por duas partes: base e caixa do relógio. Base pentaforme decorada com esmaltes policromados. Assenta sobre quatro pés em voluta, decorados com flores e folhagem moldadas e policromadas. Decoração das superfícies com pequenas flores pintadas. Frente da base saliente com cartela de concheados e flores pintadas. A caixa assenta sobre cinco pés em forma de concheado e voluta com flores moldadas. "Rochedo" com flores onde se apoiam quatro figuras: um par dançando, uma figura masculina e uma feminina que tocam. Todas as figuras trajam à maneira do séc. XVIII. A figura feminina que dança, traja corpete verde claro, sobre camisa branca decotada, veste saia de riscas cor de rosa com avental branco e sapatos de salto em rosa. O seu par, veste casaca roxa estampada, com camisa branca com laçada, calção por baixo do joelho em azul, meias brancas e sapatos pretos com fivela. Figura feminina toca viola e veste corpete rosa sobre camisa branca decotada e manga comprida, usa saia de riscas em rosa e laranja com avental esverdeado, usa sapatos rosa. Figura masculina toca flauta veste casaca azul estampada de flores, colete de riscas com faixa na cintura, calção riscas com laço no joelho, meias brancas e sapatos pretos com fivela. Mostrador de forma redonda, em esmalte com numeração romana para as horas, e árabe para os minutos. É enquadrado por flores e concheados rocaille, tendo no topo uma ave de rapina e um bouquet de flores.
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Origem/Historial: Integrou o legado efetuado ao Estado Português por Alberto Eduardo Navarro Trindade (1891-1972), 3º visconde da Trindade. Cf. ofício do conservador Ayres de Carvalho: “Espécies escolhidas para decoração do pavilhão de D. Maria, no Palácio Nacional de Queluz, onde ficam instalados os Chefes de Estado estrangeiros em visita ao país. (Da doação do Visconde da Trindade) [...]. Dado tratar-se de espécies de mobiliário com interesse mais utilitário e decorativo que propriamente artístico ou raro, entendeu-se terem o seu lugar apropriado no citado pavilhão, com 11 quartos para as comitivas e não em qualquer dos Museus, tanto o do Porto, como de Viseu e muito menos no de Coimbra. Palácio Nacional da Ajuda, em 14 de Janeiro de 1975. O Primeiro Conservador dos Palácios e Monumentos Nacionais, Armindo Ayres de Carvalho" (Arquivo do PNQ).
O Palácio Nacional da Pena conserva um relógio de modelo idêntico, mas sem base (inv. PNP 2062). Integrou a decoração da "Sala da Senhora Condessa" (Edla), posteriormente "Gabinete da Rainha" (D. Amélia), local onde ainda se conserva.
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Incorporação: Legado visconde da Trindade, 1975
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Centro de Fabrico: Meissen