Retrato de D. João VI

  • Museu: Museu de Lamego
  • Nº de Inventário: 906
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Gravura
  • Autor: Pradier (Gravador) (Gravador)
  • Datação: Século 19
  • Suporte: Papel
  • Técnica: Gravura
  • Dimensões (cm): Alt. 69 x Larg. 49
  • Descrição: Gravura. Impressão sobre papel de gravura realizada a partir de retrato de D. João VI, de Jean-Baptist Debret (1818). D. João VI surge retratado em corpo inteiro, em posição frontal, voltado a /4 para a esquerda, em frente do trono. Enverga o traje imperial, com as insígnias das ordens, as jóias reais e o sumptuoso manto que vestiu no dia da sua aclamação. O ceptro e a coroa permanecem ao seu lado simbolizando a sua aclamação e a não coroação dos reis portugueses de acordo com a tradição da Casa de Bragança. D. João tem sob o braço esquerdo o chapéu ornado de plumas, na mão segura a espada embainhada, na mão direita o ceptro, apoiado sobre mesa almofadada, na qual permanece a coroa. Ao fundo, destaque para o pesado cortinado que cai por detrás do trono, as colunas clássicas e a arcada, da qual irradia a luz que ilumina os seus atributos reais (trono, manto, ceptro e coroa) Estrutura da composição tradicional, apresentando uma uma iconografia de acentuado simbolismo. Legenda: D. João VI rei do Reino Unido de Portugal e do Brasil e Algarves. Pintado por Debret Pensionário de S: M: Fma. e sócio da R: A: de BELLAS ARTES do Rio de Janeiro. Impresso por Chardin. Aberto por por C: A: Pradier, Pensionário de S: M: Fma., e Sócio da R: A: de BELLAS ARTES do Rio de Janeiro.
  • Origem/Historial: D. João VI ( 1767 - 1826): Terceiro filho de D. Maria I e de D. Pedro III. Casou com Carlota Joaquina de Bourbon. Governou desde 1792, primeiramente em nome de sua mãe, e em 1799 assumiu a qualidade efectiva de príncipe regente. Em 1816 foi entronizado. No decorrer das Invasões francesas, prevenido a tempo das disposições de Napoleão para abater a coroa dos Braganças, decide embarcar com a corte imediatamente para o Brasil, em 1807, salvaguardando a soberania portuguesa. O Rio de Janeiro tornou-se assim uma grande capital; o novo rei ali aclamado em 1816, ficou mais próximo do ultramar português; novas instituições, além de uma máquina administrativa, deram ao Brasil feição de um novo reino. Regressa a Portugal em 1821, deixando no Brasil o seu filho D. Pedro de Alcântara. Em 1822 jurava pela terceira vez a Constituição, atitude que D. Carlota Joaquina não secundou. Apoiada pelo filho D. Miguel encabeçou um movimento absolutista, eclodindo no movimento da Vilafrancada (1823), o qual foi respondido por outro provocado por D. João VI, o da Abrilada, exilando seu filho para o estrangeiro e mandando prender a rainha em Queluz. Estava próximo o fim do longo e tormentoso governo do Rei Clemente. Morre em 1826. De carácter compassivo, fleumático e bondoso, foi também pessoa sensata, precavida e ponderada, mestre de estratégia política, pode dizer-se um rei à altura dos acontecimentos. Restabeleceu a Ordem Militar da Torre e Espada e criou a de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, extinta com a República. in Enciclopédia Luso - Brasileira de Cultura, editoria Verbo, Lisboa, 1983, volume 11º, Pag: 611/612 a 613/614 (adaptado)
  • Incorporação: Oferta do Dr. Abel Corrêa da Costa Flórido

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