Vaso campaniforme

  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Nº de Inventário: 993.5.1
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Cerâmica
  • Dimensões (cm): Alt. 8,11 x Diâm. 10,93 x Esp. 0,95
  • Descrição: Vaso campaniforme inciso, decorado em toda a sua superfície externa, incluindo o fundo. A decoração é geométrica, incisa. Do fundo para o bordo: a delinear o fundo uma banda com incisões paralelas; a partir daí, seguem oito faixas verticais de linhas paralelas, até à metade do bojo. Surge aqui uma banda de linhas horizontais levemente onduladas encimada por outra banda de linhas paralelas horizontais. Por cima desta uma banda de linhas oblíquas. Segue-se um espaço liso. Podem ver-se a seguir duas bandas de linhas horizontais ladeando uma banda de quadriculado. Junto ao bordo aparece a mesma decoração do fundo (bandas de linhas verticais). Apresenta pasta dura e compacta, com elementos não plásticos e superfícies cuidadosamente alisadas.
  • Origem/Historial: O castro da Rotura foi descoberto no final do século XIX. Localiza-se numa colina elevada, a WNW de Setúbal, na estrada que liga Setúbal a Azeitão. Encontram-se inúmeros fragmentos de cerâmica, ossos de animais, cinzas, carvão, pequenas pedra soltas, instrumentos de calcário, etc., estação pré-histórica a que se referem Carlos Ribeiro, Filipe Simões, Estácio da Veiga e Cartailhac. O castro da Rotura denota procupações defensivas, "ao abrigo das surpresas dos seus inimigos" (OAP, 1903). Pelo lado sul era quase impossível qualquer ataque ao povoado, tão bem era ele defendido por este lado da escarpa que lhe servia de forte muralha natural. Do lado norte, menos defensável, encontraram-se vestígios de pedras calcárias cimentadas com terra amassada. O calcário era bastante abundante nesta zona, sobretudo na colina do casalinho, daí a abundante extracção desta matéria-prima. Encontraram-se, ainda, muros rectilíneos paralelos à crista da escarpa que têm sido interpretados como muros de defesa ou como fazendo parte de habitações. Próximo do castro, do lado oriental, havia boa água potável, bem como cavidades naturais utilizadas como necrópoles.
  • Incorporação: Col. Marques da Costa

Bibliografia

  • COSTA, A. I. Marques da - "Estações Prehistoricas dos arredores de Setubal. Objectos prehistoricos encontrados no Castro da Rotura", in O Arqueólogo Português, vol. VIII. Lisboa: Imprensa Nacional, 1903
  • FERREIRA, Octávio da Veiga - "Acerca dos monumentos funerários da cultura do vaso campaniforme em Portugal, T.A.E.,15. Porto: Instituto Professor M. Correia, 1957
  • FERREIRA, Octávio da Veiga - La Culture du Vase Campaniforme au Portugal, nº 12. Lisboa: Serviços Geológicos de Portugal, 1966

Exposições

  • Portugal - das Origens à Época Romana

    • Museu Nacional de Arqueologia
    • 16/10/1989 a 21/12/1993
    • Exposição Física
  • Encontro entre dois Continentes

    • Edifício Cultural de Peniche
    • 27/9/2008 a 5/2/2009
    • Exposição Física
  • Vaso Campaniforme. A Europa do 3.º milénio antes de Cristo

    • Museu Nacional de Arqueologia
    • 15/5/2009 a 15/10/2009
    • Exposição Física

Multimédia

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