Descrição: Vaso de cerâmica de pasta fina e bem depurada e cor cinzenta acastanhada. Apresenta forma globular, de fundo côncavo, colo bem marcado por um estrangulamento e bordo extrovertido. As superfícies estão bem alisadas, quase brunidas.
Origem/Historial: O sítio arqueológico da Cabeça de Vaiamonte foi, inicialmente, reconhecido por José Leite de Vasconcelos na sequência de uma visita de trabalho efectuada ao concelho de Monforte, durante as férias da Páscoa de 1923, na companhia de Manuel Heleno. Desta incursão resultou um contacto directo com o sítio permitindo precisar o local da recolha dos artefactos que guardava no Museu e inteirar-se sobre novos achados. A descoberta na década de 40, da villa romana de Torre de Palma, cuja investigação sistemática teve início em 1947, acabaria por originar todo um conjunto de intervenções arqueológicas na região, que se estendeu, ao povoado fortificado. Assim, em 1951, Manuel Heleno procedeu às primeiras sondagens no castro da Cabeça de Vaiamonte, no âmbito de um extenso programa de escavações com o intuito de reforçar a vertente arqueológica do Museu, de modo a reunir materiais de diferentes épocas da ocupação humana no território português. Depois das primeiras sondagens seguiram-se novas campanhas de escavação até 1964, sempre em paralelo com as efectuadas em Torre de Palma.
Incorporação: Campanhas arqueológicas sob direcção de Manuel Heleno.
Bibliografia
ALARCAO, J. (Coord); Ana Isabel SANTOS - De Ulisses a Viriato. O primeiro milénio a.C.. Lisboa: MNA, 1996
GAMITO, T.J. - Social Complexity in Southwest Iberia 800-300 B.C.: The Case of Tartessos. Oxford: British Archaeological Report, 1988
SCHÜLE, W. - Die Meseten-Kulturen der Iberischen Halbinsel. Berlin: Walter de Gruyter, 1969