Lucerna de Terra Sigillata Clara

  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Nº de Inventário: 16826
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Cerâmica
  • Datação: Século 4/6
  • Dimensões (cm): Comp. 13,5 x Alt. 4,89 x Larg. 8,52
  • Descrição: Lucerna de Terra Sigillata Clara D de tipo Hayes II A, com forma e decoração típicas da época paleocristã. A asa de formato triangular, não é perfurada, o bico encontra-se fragmentado a meio do orifício de queima e apresenta o canal alongado. A orla com linhas de contorno bem delineadas, é decorada com rosetas alternando com festões que enrolam em voluta. O disco é decorado com a figuração de um cisne em gaiola aberta, encontrando-se a ave voltada na direcção do interior da grade. Na base apresenta como marca a letra B, sublinhada por dois círculos concêntricos. A pasta é laranja rosada e o engobe é muito leve e está gasto e é de tom ligeiramente mais escuro que a pasta. (JUSN)
  • Origem/Historial: O topónimo Torre d'Ares reporta-se à época medieval. Era o nome de uma das seis torres de construção árabe existentes no litoral algarvio. No entanto o local revelou vestígios de ocupações muito mais antigas. Em 1866 Estácio da Veiga baseado na descoberta de inscrições e de outros achados provou (Povos Balsenses) ser esta estação e a contígua Quinta das Antas, a sede de Balsa, cidade romana de origem pré-romana nomeada e situada pelos geografos Pompónio Mela, Plínio e Ptolomeu. Em 1877, no decorrer da elaboração da Carta Arqueológica do Algarve, Estácio da Veiga procedeu a escavações arqueológicas onde descobriu uma grande necrópole de incineração e de inumação dos sécs. I e II d.C.. Recolheu um conjunto significativo de materiais. Estes objectos fizeram parte do Museu Arqueológico do Algarve, e em 1894 foram integrados no actual Museu Nacional de Arqueologia, por decreto de 20 de Dezembro de 1893 do Ministro Bernardino Machado, conforme "O Arqueólogo Português, série 1, vol. VII, 1903. Outra parte da colecção de Estácio da Veiga foi comprada pelo Estado à família e incorporada igualmente no Museu Nacional de Arqueologia.
  • Incorporação: Mandato legal. Despacho governamental.
  • Centro de Fabrico: Norte de África

Bibliografia

  • ALMEIDA, José António Ferreira de - "Lucernas Romanas em Portugal", in O Arqueólogo Português, n. s., vol. II. Lisboa: MNA, 1953
  • Catálogo da exposição: Tavira, Território e Poder. Lisboa: MNA, Câmara Municipal de Tavira, 2003
  • MACIEL, Manuel Justino P. - Antiguidade Tardia e Paleocristinianismo em Portugal. Lisboa: Edição de Autor, 1996
  • MACIEL, Manuel Justino P. - Arte Romana Tardia e Paleocristã em Portugal, dissertação de doutoramento em História da Arte da Antiguidade apresentada à Universidade Nova de Lisboa. Lisboa: 1993
  • NOLEN, Jeannette U. Smit - Cerâmicas e Vidros de Torre de Ares - Balsa. SL: I.P.M. e SEC, 1994
  • PIRES, M.F.M - "Documentos arqueológicos para a História do Cristianismo em Portugal, Dissertação policopiada de Lic. da Uni. de Coimbra". Coimbra: 1967
  • PEREIRA, Carlos (2014). As Necrópoles Romanas do Algarve - Acerca dos Espaços da Morte no Extremo Sul da Lusitânia. Dissertação de doutoramento. Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Exposições

  • Tavira - Território e Poder

    • Museu Nacional de Arqueologia
    • 5/8/2003 a 11/4/2004
    • Exposição Física

Multimédia

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