Livro de Cantochão

  • Museu: Museu de Alberto Sampaio
  • Nº de Inventário: MAS LC 10
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Espólio documental
  • Autor: Coimbra, António Pais de; (Copista) Jorge de Santarém, Frade (Iluminador)
  • Datação: 1533a.C/1550
  • Dimensões (cm): Comp. 41,5 x Alt. 6,5 x Larg. 5,6
  • Descrição: Identificação [Misto: Antifonário Temporal]: O livro tem encadernação em pasta de madeira revestida a couro com frisos gravados a seco, em razoável estado de conservação. O couro fixa-se a ambas as pastas através de ferros redondos cravados, quatro nos cantos e um ao centro. A sua existência só se confirma pelos orifícios ainda visíveis e pela marca arredondada nos locais onde existiram. Possuiu um reforço nos cantos exteriores das pastas, de que se não pode determinar o material. Conserva parte de dois fechos na pasta superior. A partir do fólio 182, a corrosão da humidade começa por afectar o texto e a música da primeira linha e primeira pauta, primeiro só nas extremidades, mas à medida que a numeração avança, a corrosão vai sendo maior, ao ponto de nos últimos fólios afectar quase metade da primeira pauta, tanto a música como o texto. O uso contínuo provocou estragos restaurados pela aplicação de remendos em pedaços de pergaminho, ou colados ou cosidos a linha (212). Os fólios 138 e 201 apresentam um grande rasgão. As várias reformas litúrgicas obrigaram a alterações, muitas delas simples aditamentos de texto. Há vestígios da existência de tiras de papel com novo texto, algumas entretanto descoladas (200, 202) e desaparecidas, bem como palavras apagadas e sem substituição de texto novo. Aparecem também aditamentos musicais nas margens (211) e algumas palavras acrescentadas por cima do texto já existente (161, 185). Os fólios não são todos da mesma espessura. Alguns apresentam a terminatio do Magnificat e Benedictus com seclorum em vez de Mag e Bns como é hábito nestes livros. De uma maneira geral, a tinta não passa de uma página para a outra, com excepção de poucos fólios (165/6, 181). O livro apresenta numeração romana a partir do número 113, numeração continuada do livro 1053. Os fólios desaparecidos são os seguintes: fólios de 126 a 133 (8) e o fólio 142, num total de nove. Faltam outros fólios, mas é impossível determinar a sua quantidade. A sistematização do livro interrompe-se depois do Ofício de Sábado, após o Domingo de Paixão (fólio 186) e inicia-se uma segunda parte que mistura partes do Próprio do Temporal com do Santoral. O início do fólio 196 é o final do mesmo hino que apresenta imediatamente a seguir. As características musicais (cantochão figurado) são as mesmas. As iluminuras, embora do tipo do mesmo iluminador, deixam de ser alternadamente a vermelho e azul. São unicamente a vermelho em fundo ornamentado a castanho e em algumas o fundo já se encontra quase apagado (187). O fólio 213 é o único fólio com o número superior de pautas (7) em relação aos outros fólios. Contém o Hino para o ofício de Prima Iam lucis orto, mas sem o início. O fólio anterior foi raspado e foi-lhe aditada uma pauta escrevendo nas duas últimas pautas o texto em falta.
  • Origem/Historial: O Livro possui uma etiqueta com a inscrição "C.M.G.", provavelmente deu entrada no Museu como depósito da Câmara Muinicipal de Guimarães.

Bibliografia

  • MAGALHÃES, Eduardo - Os livros de cantochão dos séculos XVI e XVII do Museu Alberto Sampaio. Coimbra: Faculdade de Letras, 2001.

Multimédia

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