De Ulisses a Viriato - Primeiro Milénio a.C.

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Placa calada
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  • Nº de Inventário: 995.30.6
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Adereços (e objectos de adorno)
  • Técnica: Fundição
  • Dimensões: Comp: 5,7, Alt: , Larg: 4,6,
  • Incorporação: Intervenções arqueológicas
  • Descrição: Placa calada de bronze, de forma sub-rectangular, apresentando em recorte, os prótomos geminados de dois antílopes ou cabras selvagens, dispostos simetricamente. Este motivo iconográfico, conhecido no mundo oriental e etrusco, faz parte de um conjunto mais vasto, e complexo, de temas mitográficos presente em outras produções relacionadas com o sagrado.
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Matriz em bronze
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  • Nº de Inventário: 995.30.7
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Instrumentos e utensílios
  • Técnica: Fundição
  • Dimensões: Comp: 8,63, Alt: , Larg: 6,76,
  • Incorporação: Intervenção arqueológica
  • Descrição: Matriz de forma oval, de bronze, oca, destinado à impressão da figura de um bovídeo sobre cujo dorso assenta um aro aberto, com terminais esféricos (torques ou barca solar). Apresenta uma face de impressão suportada por um rebordo boleado e perfurado, provavelmente, para fixação de um suporte ou pega.
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Passa rédeas
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  • Nº de Inventário: 11244
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Adereços (e objectos de adorno)
  • Técnica: Fundição
  • Dimensões: Comp: , Alt: 12,6, Larg: 10,3,
  • Incorporação: Espólio do MNA
  • Descrição: Passa-rédeas de bronze, constituído por um cabo plano de secção rectangular, no topo do qual se apresenta um aro radiado com 17 elementos em forma de pinha, ligados na zona mediana. (Cat. Exp. "De Ulisses a Viriato....")
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Punhal de lingueta
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  • Nº de Inventário: 10790
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Armas
  • Autor: Autor não identificado
  • Técnica: Fundição
  • Dimensões: Comp: 19,3, Alt: , Larg: 4,2,
  • Incorporação: Oferta de Adriano Pereira Horta e Rev. José Prata prior do Carvalhal
  • Descrição: Punhal constituído por uma lâmina triangular simples, lingueta bipartida, sub-triangular e de guarda estreita; tem dois orifícios de rebitagem, um deles bastante irregular, mais parecendo uma fenda para fixação do cabo. (MELO, 2000)
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Espada de antenas
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  • Nº de Inventário: 17197
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Armas
  • Técnica: Têmpera, martelagem e moldagem.
  • Dimensões: Comp: 21, Alt: , Larg: 2,2,
  • Incorporação: Intervenção arqueológica - campanha de Vergílio Correia
  • Descrição: "Espada de antenas (ou de apêndices reduzidos a botões), ritualmente dobrada pelo fogo. Apresenta decoração geométrica de círculos e nervuras paralelas e horizontais no punho, que teria sido, presumivelmente, damasquinado a prata. A lâmina exibe ainda, na sua zona central, um conjunto de pequenas nervuras paralelas e longitudinais" ALARCÃO, J.de; SANTOS, Isabel Palma (Coord.):1996:252
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Fecho de cinturão
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  • Nº de Inventário: 11268
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Adereços (e objectos de adorno)
  • Dimensões: Comp: , Alt: 9,5, Larg: 6,6,
  • Incorporação: Intervenção arqueológica - campanha de Vergílio Correia
  • Descrição: Fecho de cinturão em bronze constituído por dois elementos: uma placa rectangular a que estão presos, por rebites, três hastes ou ganchos e um arame de secção cilíndrica enrolado em meandro de forma a constituir-se elemento de preensão.
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Estatueta de bovídeo
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  • Nº de Inventário: 982.22.1
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Escultura
  • Técnica: Modelagem
  • Dimensões: Comp: 21, Alt: 14, Larg: 9,
  • Incorporação: Mandato legal. Escavações
  • Descrição: Figura zoomórfica, toscamente modelada em argila representando um bovídeo. No focinho, apenas as narinas estão assinaladas e abaixo destas um simples traço fino parece indicar a boca. As hastes originais desapareceram, estando presentemente restauradas.
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Cabeça de bovídeo
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  • Nº de Inventário: 2002.2.3
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Cerâmica
  • Dimensões: Comp: , Alt: 19,5, Larg: 16,
  • Incorporação: Mandato legal. Escavações arqueológicas de Caetano de Mello Beirão
  • Descrição: Cabeça oca em argila, representando um bovídeo (touro) com as duas hastes quebradas e olhos bem salientes. Foi encontrado perto do túmulo 8 e do muro que delimitava a sepultura n.º 3. Apresenta paralelos no Mediterrâneo Oriental e na Necrópole de Alcácer do Sal. Pode ser igualmente considerada como parte de um vaso de cerâmica.

Apresentação

A exposição pretende dar a conhecer alguns dos mais relevantes aspectos da história do território hoje português durante o 1º milénio antes de Cristo, ou seja, entre a Idade do Bronze Final (cerca de 1250 a.C.) e a conquista do Norte de Portugal completada por Augusto em 25 a.C., cujo retrato em mármore fecha a exposição. Da Idade do Bronze Final apresentam-se alguns materiais provenientes de pequenos casais dispersos, provavelmente auto-suficientes, mas já integrados em redes económicas e sociais, bem como muitos objectos metálicos - espadas, machados, foices e adornos em ouro - provenientes de um comércio europeu a longa distância. O início do comércio fenício, com o estabelecimento de colónias e feitorias a partir do século VIII a.C., no Sul de Espanha, provoca um surto de desenvolvimento que dá origem à 1ª Idade do Ferro. A partir do século VII a.C. conhecem-se em Portugal alguns destes lugares de que Santa Olaia é o mais importante. Procuravam prata e estanho e talvez também ferro. Traziam em troca ânforas de vinho e azeite, cerâmicas de engobe vermelho, louças pintadas, jóias, artefactos de marfim, vasos de vidro, entre outros. Um importante traço distintivo desta fase e do seu avançado nível civilizacional é denunciado pela escrita, cujo sentido permanece indecifrado apesar de conhecido o valor fonético dos seus caracteres e que hoje conhecemos só de lápides funerárias e de alguns grafitos, mas que poderá ter sido utilizada também em correspondência, assentos de mercadores ou registos administrativos. A 2ª Idade do Ferro - desde 450 a.C. - aparece marcada por uma expansão dos Celtas, que distribuiu mais largamente pelo Sul a característica cerâmica estampilhada daquele povo, que pode ser apreciada entre os materiais do Castro da Cabeça de Vaiamonte e de Segóvia. Também Alcácer do Sal, com as suas armas documenta essa penetração dos Celtas para Ocidente. De Alcácer do Sal são ainda provenientes os belos vasos gregos apresentados, que confirmam a retoma do comércio com Gadir. No Norte, os castros fornecem uma abundante cerâmica de pasta micácea e tons escuros. Os seus artífices foram também hábeis ourives, que produziram jóias magníficas, de que é expoente o torques de Vilas Boas. No termo da 2ª Guerra Púnica que desalojou os Cartagineses da Península Ibérica, os Romanos começaram a sistemática conquista da Hispânia. Trouxeram uma louça nova, fabricada na Campânia, ânforas de vinho e azeite, a moeda e sobretudo a língua latina.

Ficha Técnica

Datas: 17 de Maio de 1996 a 1 de Junho de 1997 Local no MNA: Galeria Oriental Organização institucional: Museu Nacional de Arqueologia Comissariado científico: Jorge de Alarcão Tipo de exposição: Síntese nacional de conhecimentos sobre o primeiro milénio a.C.