Porcom, Oilam, Taurom | Cabeço das Fráguas, o santuário no seu contexto

+
Ara anepígrafa
close
  • Nº de Inventário: 1610
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Epigrafia
  • Dimensões: Comp: , Alt: 51,5, Larg: 23,
  • Incorporação: do sr. Andrade Pissarra.
  • Descrição: Ara anepígrafa, de grão médio, com toros no capitel e na base, fóculo rectangular obtido de forma expedita. Ambas as faces principais por falta de polimento, está deficientemente preparada para receber a inscrição. Dimensões: 16,5 X 22,5 X 15 cm. 21 X 19,5 X 15 cm. 15 X 23 X 17 cm. O fóculo tem interiormente 3 X 7 cm e exteriormente 9 X 15 cm.
+
Ara anepigrafa.
close
  • Nº de Inventário: 1611
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Epigrafia
  • Dimensões: Comp: , Alt: 40,5, Larg: 25,
  • Incorporação: do sr. Andrade Pissarra.
  • Descrição: Ara anepigrafa de grão grosso, com toro no capitel e fóculo ? danificado.
+
Ara epigrafada
close
  • Nº de Inventário: 1614
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Epigrafia
  • Autor: Autor desconhecido
  • Dimensões: Comp: , Alt: 53,5, Larg: 28,5,
  • Incorporação: Andrade Pissarra.
  • Descrição: Ara em granito de grão grosseiro, bastante erosiada. Tem moldura simples, com soco e cornija salientes. Tanto a base como o capitel foram desbastados aquando do seu reaproveitamento. Apresenta do lado esquerdo do capitel uma concavidade (tipo escória) que, se não admitirmos a possibilidade de estar inacabada, terá sido feita aquando do reaproveitamento , a não ser assim, teria capitel exageramente alto. Restos de massa do lado direito e, principalmente do lado esquerdo. Dimensões: 15 X 24(?) X 20 22,5 X 20 X 17,5 16 X 24(?) X 23 Campo epigráfico: 22,5 X 20. LAEPO / V(otum). S(olvit). / BASSV / S VIRIA / TI. F(ilius). Basso, filho de Viriato, cumpriu o voto a Lepo. Altura das letras muito irregular: I 1:3,6/4,5, aumentando de L a P (O=3); 1.2: V=3,2 e S=3,7; 1.3:4/4,7, aumentando de B a V; 1.4:3,7/3, diminuindo de S a I, (A=4); 1.5:3,2. Espaços (irregulares):1:O; 2:2 em V e 1 em S; 3:0,5 em A, e 1,5 em V; 4: o,7; 5:1,2/0 (a base do A fica ao mesmo nivel que o topo das letras da ultima linha); 6:0. A ordinatio, bastante deficiente, parece poder atribuir-se a dois momentos diferentes: 1º - inicialmente a gravação do teónimo, seguida de imediato da fórmula dedicatória. 2º - a gravação posterior da identificação do dedicante. De facto e mais vulgar o formulário da dedicatória aparecer no final do texto, pelo que, neste caso, talvez o monumento tivesse já gravadas as duas primeiras linhas enquanto se esperava um comprador - o que vem confirmar a existência de uma oficina local, pois só assim se compreende que, depois de se ter tido a preocupação de colocar a fórmula segundo um eixo de simetria, não se tenha procedido de igual modo com o resto do texto, nitidamente alinhado à esquerda. Não se obedeceu à divisão silábica (I.3/4). Ductus muito irregular; os SS são esguios e inclinados para a direita; o O redondo, é bastante mais pequeno que as letras anteriores; o B tem a pança inferior mais pequena. S é vulgar E=II, já e o mesmo se não pode dizer de F= I. Como Bassus é vulgar entre os cognomina latinos, e Viriatus é cognome próprio da região "Lusitana" estamos perante mais um caso de romanização da população indigena.

Apresentação

Pretendeu-se com esta exposição dar a conhecer o espaço de santuário que existiu no sítio do Cabeço das Fráguas entre os finais do século VIII e o século I da nossa era, à luz das novas descobertas produzidas no contexto da sua recente investigação. A exposição destacou-se, sobretudo, pela apresentação ao público, pela primeira vez, do molde da inscrição rupestre em língua lusitana identificada no local, salvaguardando assim este importante texto epigráfico e facilitando o seu acesso, até agora muito difícil, a investigadores e eruditos.

Ficha Técnica

Produção: Museu da Guarda, DAI – Madrid; Coordenação: Dulce Helena Pires Borges, Maria João Santos; Investigação: Thomas Schattner, Maria João Santos; Museografia: Maria João Santos; Tratamento e Conservação: Museu D. Diogo de Sousa;