LUSITÂNIA ROMANA. ORIGEM DE DOIS POVOS / LUSITANIA ROMANA. ORIGEN DE DOS PUEBLOS

+
Cabeça de Endovélico
close
  • Nº de Inventário: 988.3.168
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Escultura
  • Dimensões: Comp: , Alt: 30,5, Larg: 22,5,
  • Incorporação: Mandato legal. Escavações de J.L.Vasconcelos
  • Descrição: Cabeça de homem barbado onde sobressaem os olhos abertos de forma amendoada, a boca fechada de lábios finos, o cabelo em madeixas cobrindo parte da testa e tapando parcialmente as orelhas. O nariz e a porção inferior da barba estão mutilados. A concepção iconográfica de escultura, realizada segundo modelos clássicos, patente nomeadamente na majestade da cabeça e na sua expressão de bondade levaram a maioria dos autores a interpretá-la como representação de Endovélico, divindade indígena cultuada em S. Miguel da Mota. O seu culto está atestado por numerosas inscrições votivas encontradas naquele outeiro perto de Terena. Trata-se de uma divindade tópica, isto é, protetora da região onde a adoravam - "numen loci" - e cujo culto estava circunscrito a ela.
+
Pia de purificação
close
  • Nº de Inventário: 994.51.1
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Escultura
  • Dimensões: Comp: 63, Alt: 21,2, Larg: 24,7,
  • Incorporação: Escavações arqueológicas dirigidas pelo MNA.
  • Descrição: Fragmento pia de mármore com decoração esculturada, em baixo-relevo de motivos vegetalistas constituídos por folhas de videira e cachos de uva. Investigação recente classifica esta pia, como pia de purificação, de função laica ou religiosa, evitando denominá-la como pia de ablução ou baptismal, ainda que a sua proveniência da "basílica" ou capela" de Torre de Palma o pudesse sugerir. (Segundo Manuel Real)
+
Estátua de homem togado
close
  • Nº de Inventário: 994.9.4
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Escultura
  • Dimensões: Comp: , Alt: 168,5, Larg: 81,9,
  • Incorporação: Deu entrada no Museu Nacional de Arqueologia, no ano de 1902, oferta do Visconde da Amoreira da Torre.
  • Descrição: Estátua masculina vestida de túnica e ampla toga com dobras dos panejamentos, usadas segundo a moda imperial do século I d. C. Falta-lhe a cabeça, todo o braço direito, o pulso e a mão esquerda, além dos pés e pernas que foram jarretados por baixo dos joelhos, encontrando-se assente sobre um plinto. Também a toga foi danificada em alguns pontos. O peso da figura descansa na perna esquerda, uma vez que a direita se encontra ligeiramente flectida, actualmente partida desde um pouco abaixo do joelho. Como é habitual nas estátuas togadas, o braço esquerdo - o único conservado - dobra-se e dirige-se para a frente segurando os compridos panejamentos da toga, encontrando-se partida a borda inferior desta. É possível que o braço direito caisse junto ao torso. A toga foi colocada à maneira clássica, com um "balteus" estreito, que passa pela anca direita e sobe em direcção ao ombro esquerdo, sobre o qual recai uma pequena prega da túnica. O "sinus" aparece descaindo em arco sobre a perna direita, não chegando a cobrir a totalidade do joelho. O "umbo", por sua vez, ocupa a sua característica posição centrada e apresenta a forma de « U », no centro do torso. Na base do pescoço do personagem abre-se uma concavidade semi-circular destinada a receber uma cabeça amovível. A estátua serviu de suporte para as "cabeças retrato" de imperadores ou altos funcionários imperiais, exposta presumivelmente num contexto de culto ou homenagem pública à autoridade romana. (Segundo ficha do Catálogo de Escultura Romana do MNA, da autoria de José Luis de Matos). Esta peça faria parte integrante de um programa iconográfico estatuário juntamente com as restantes de que falam André de Resende e Amador Arrais no século XVI (ver Origem/Historial). Este tipo de escultura de vulto inteiro presta, muitas vezes, alguma dependência em relação à arquitectura, estando prevista a sua colocação para um nicho, ficando por isso com uma parede pelas costas, deste modo o acabamento da parte de trás da escultura surge desprezado ou pouco cuidado como é o caso desta peça.
+
Estátua de guerreiro calaico
close
  • Nº de Inventário: E 3397
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Escultura
  • Dimensões: Comp: , Alt: 207, Larg: 61,
  • Incorporação: Mandato legal. Despacho Ministerial
  • Descrição: Monólito esculpido, representando uma figura de guerreiro, em posição hierática. Apresenta-se vestido com "sagum", com decote em "V" e manga curta, cingido por um cinturão, com 4 nervuras paralelas. A cabeça é proporcionada, exibindo um cabelo curto que deixa livres as orelhas, barba e bigode. Ostenta todos os seus atributos, quer bélicos: como um pequeno escudo ("caetra") redondo e plano, com umbo, decorado com motivos de tipo "labirinto", presa na mão esquerda com correias cruzadas no antebraço, e na mão direita, empunha um punhal triangular curto, com pomo discoidal, introduzido numa bainha com conto de perfil circular e linhas transversais de possíveis travessas; quer honoríficos (insígnias de poder), ostentando no pescoço um "torque" com aro aberto e em cada braço uma bracelete ("viriae") de três toros (Segundo Armando Coelho, op.cit).
+
Taça canelada
close
  • Nº de Inventário: 16050
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Vidros
  • Técnica: Soflagem
  • Dimensões: Comp: , Alt: 6,4, Larg: ,
  • Incorporação: Fabrício Pessanha em data anterior a 1904
  • Descrição: Taça de vidro, do tipo Isings 17, com manchas ferruginosas. Apresenta bojo ornamentado com dezoito caneluras verticais irregulares e paralelas, decoradas com um fio de vidro branco enrolado à volta. Um outro fio foi aplicado no fundo. Bordo de arestas. Vidro ligeiramente verde-sombrio com raras bolhas de ar.
+
Braço de estátua
close
  • Nº de Inventário: E 2169
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Escultura
  • Técnica: Fundição oca e maciça. Tauxiado
  • Dimensões: Comp: 33, Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: Depositada pelo ourives Joaquim José de Paiva Moniz.
  • Descrição: Fragmento de braço de estátua, flectido pelo cotovelo, mão voltada para cima e meio aberta, com dedos finos e longos, semidobrados, com excepção do polegar. O indicador e o polegar apresentam-se mutilados. O braço apresenta-se revestido por manga comprida, até ao punho, ornamentada com faixas paralelas e horizontais de motivos geométricos e florais, intercalados por filetes separadores, tauxiadas a prata. É oco, e a parte superior sugere o ajustamento ao tronco da estátua, excluindo a hipótese de se tratar de um braço votivo.
+
Lucerna com máscara masculina
close
  • Nº de Inventário: 2001.5.5
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Instrumentos e utensílios
  • Técnica: Fundição oca
  • Dimensões: Comp: 8,4, Alt: 4,1, Larg: 3,7,
  • Incorporação: Mandato legal. Escavações metódicas dirigidas por Manuel Heleno.
  • Descrição: Lucerna de bronze, em forma de cabeça masculina, calva, de feições grotescas, iconográficamente afim das máscaras de actor negróide. Os olhos, alongados e incisos, apresentam incrustações de metal dourado; arcadas supraciliares proeminentes. Duas grandes e carrancudas sobrancelhas repuxadas na direcção do nariz originam as rugas na testa e salientam o nariz de canos abertos. Salienta-se a enorme boca aberta, rodeada por bigode e barba espessa. O orifício do "rostrum" situa-se no bico, formado pelo prolongamento do queixo. Está desprovida de asa de preensão, mas os vestígios de solda na nuca acusam uma hipotética asa. Assenta numa base circular, plana, cujo interior salienta círculos relevados, concêntricos.
+
Taça de simpulum
close
  • Nº de Inventário: 2000.119.2
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Instrumentos e utensílios
  • Autor: Autor não identificado
  • Dimensões: Comp: , Alt: 2,64, Larg: ,
  • Incorporação: Mandato legal. Escavações efectuadas pelo Museu e dirigidas pelo Dr. Manuel Heleno
  • Descrição: Concha de um simpulum de tipo Aislingen, baixo e largo, com base destacada, paredes molduradas e decoradas com faixas incisas. Apresenta pequena lacuna no bordo, lugar onde estava a pega lateral. Este tipo de recipiente eram normalmente utilizados para servir o vinho em ocasiões festivas.
+
Árula a Endovélico
close
  • Nº de Inventário: 988.3.39
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Epigrafia
  • Dimensões: Comp: , Alt: 30,5, Larg: 23,5,
  • Incorporação: Mandato legal. Escavações de J.L.Vasconcelos
  • Descrição: Ara votiva de mármore, moldurada nas quatro faces. Na parte de cima da cornija, um plinto bastante volumoso, tendo na face dianteira a sugestão de um frontão triangular com dois meios toros e em cima, uma depressão rectangular. Moldura do tipo gola encurtada. Restaurada. DEO EN . DOVEL / LICO SACRVM / T(itus) ANNIVS APER / ANIMO LIBENS / VOTVM POSVIT // Tradução: Consagrado ao deus Endovellicus. Titus Annius Aper colocou o seu ex-voto de livre vontade. (J.d'Encarnação, 1984)
+
Fivela
close
  • Nº de Inventário: 2000.154.18
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Adereços (e objectos de adorno)
  • Dimensões: Comp: 4,1, Alt: , Larg: 2,8,
  • Incorporação: Mandato legal. Escavações
  • Descrição: Fivela de bronze constituída por um aro espesso de forma oval, decorado com três séries de caneluras. O aro apresenta uma zona mediana mais estreita onde encaixa o fusilhão, igualmente decorado com caneluras.
+
Espada de antenas
close
  • Nº de Inventário: 989.15.1
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Armas
  • Técnica: Fundição, martelagem e damasquinado.
  • Dimensões: Comp: 48,5, Alt: , Larg: 6,31,
  • Incorporação: Mandato legal. Intervenção arqueológica - campanha de Vergílio Correia
  • Descrição: "Espada curta de antenas (ou de apêndices reduzidos a botões), decorada com elementos geométricos damasquinados a prata. Apresenta alguns elementos da bainha igualmente em ferro e damasquinados: ponteira em botão e cintas providas de argolas." ALARCÃO, J.de; SANTOS, Ana Isabel Palma (Coord.),1996, p.286.
+
Ânfora de tipo Dressel 14
close
  • Nº de Inventário: 983.3.3361
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Cerâmica
  • Dimensões: Comp: , Alt: 98,5, Larg: ,
  • Incorporação: Escavação do museu
  • Descrição: Ânfora do tipo Dressel 14 variante B. Este exemplar, recolhido em Tróia em posição e circunstâncias desconhecidas, encontra-se intacto e em excelente estado de conservação. O bordo é largo com perfil triangular estrangulando ligeiramente até à zona de arranque das asas. Uma delas tem um arranque pronunciado através de uma curvatura abrupta, a outra tem uma forma menos acentuada e desenvolve uma curva mais suave. Ambas são projectadas de forma vertical, com sulco longitudinal e assentam sensivelmente na zona do ombro da ânfora. A zona central do corpo é cilindrico e estreita progressivamente para um fundo cónico muito pronunciado. Este fundo termina por sua vez num botão também cónico, muito característico deste tipo de ânforas. A pasta é clara com tonalidades alaranjadas com alguns elementos não plásticos de média dimensão, denunciando uma produção da área do Tejo/Sado. Estas ânforas, frabricadas no estuário do Tejo e do Sado transportaram os preparados de peixe produzidos na Lusitânia.
+
Mosaico das Musas
close
  • Nº de Inventário: 999.149.1
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Arquitectura (materiais de construção e revestimento)
  • Suporte: Não se encontra no seu suporte original
  • Técnica: Opus Tesselatum, Opus Vermiculatum, Opus Musivum e em "espinha"
  • Dimensões: Comp: 1024, Alt: , Larg: 635,
  • Incorporação: Mandato legal. Proveniente de escavações
  • Descrição: Mosaico rectangular composto por 11 painéis figurativos. Bordadura exterior com meandros de suásticas de volta dupla, negras sobre fundo branco, com dois filetes negros exteriores. Faixa branca, de guilhoché largo com a alma quadrada, sobre fundo negro, de cor amarela e beije esverdeado, faixa branca seguida de filete negro. Nos lados maiores, um meandro de suásticas de quatro voltas (trança de dois cabos). Os 11 painéis são os seguintes: Painel XI (Teseu e Minotauro); Painel X (Triunfo de Baco); Painel IX (Mégara e Hércules); Painel VIII (Medeia Infanticida); Painel VII (Hércules e Mercúrio); Painel VI (Apolo e Dafne); Painel V (Dois Membros do Tiaso); Painel IV (Duas Ménades); Painel III (Sileno e Sátiro); Painel II (Cena Báquica); Painel I (Musas). PAINEL I (As nove Musas) - Trança policroma de três cabos (ocre vermelho, rosa e beije), sobre fundo escuro; As nove musas apresentam-se com solenidade, atitude clássica e levam carrapito no alto da cabeça, sinal de inspiração ou sabedoria, começado a usar no século II e que simbolizava a sua vitória sobre as trevas, sobre as Sirenas, a superioridade da vida de espírito sobre a grosseria sensual. Vestuário de duas peças: túnica comprida, cintada ou solta, rosa, verde, amarela ou cinzenta e o manto ou "palla", solto, traçado ou preso por fíbulas. Com a excepção de Melpomene, todas calçam sapatos (calceus) e a sua posição é de pé, de frente ou a três quartos. Nem todas possuem os seus respectivos atributos. Calíope - Aspecto grave, túnica castanha, manto dourado, caído sobre a cintura e com a ponta dobrada sobre o braço esquerdo. Na mão direita aperta talvez umas tabuínhas. Euterpe - Túnica verde com barra amarela. "Palla" sobre os ombros, caída. Mão esquerda com flauta simples, na outra, segunda flauta. Érato - Túnica cinzenta com barra castanha. Manto enrolado à cintura. O braço esquerdo por detrás da lira, apoiada sobre um pedestal. Na mão direita fechada, o pleto ou varinha de marfim para tocar o instrumento. Tália - Túnica verde e manto amarelo sobre ombro esquerdo, com uma das pontas rodeando a cintura e segura com a mão esquerda, a qual também agarra a máscara cómica. Falta-lhe os atributos rústicos, o cajado ou o "pedum" e as folhas de hera ou de videira na cabeça. Melpómene - Em atitude de declamação. Túnica amarela, apertada com cinto. "Palla" azul, solta e curta sobre o ombro esquerdo. Na mão do mesmo lado, a máscara da tragédia. Clio - Túnica com barra, manto cinzento traçado, mão esquerda oculta nas roupagens. O braço direito curvado, esboçando um movimento de atenção e exposição. Em baixo, do lado esquerdo, possível rolo. Em atitude de evocação. Urânia - Túnica castanha, o manto dobrado e traçado sobre o braço esquerdo, cuja mão segura um grande ponteiro. O antebraço direito aparece nu e curvado em direcção à orelha. Polímia - Túnica castanha, com barra verde e a "palla" (verde), traçada sobre ombro, deixando livre o antebraço direito nu, que se ergue em atitude de comunicação. Mão esquerda segura o manto. Terpsicora - Túnica larga, manto enrolado elegantemente sobre o busto, de maneira a facilitar os passos de dança que ensaia. Braço direito sobre a cintura. Não tem lira. PAINEL II (Cena Báquica) - Dentro de um círculo, inscrito numa trança de forma rectangular e policroma, a branco, amarelo, cinzento, verde e cor-de-rosa, duas figuras coroadas com folhagem verde, azul claro e castanho escuro. Um homem enverga manto sobre ombro esquerdo, matizado de várias cores, com braço direito nu. Parece acariciar no queixo uma mulher, da qual só é visível a cabeça. Nos quatro cantos, folhas com gavinhas, duas parecendo videira. PAINEL III (Sileno e Sátiro) - Dentro de círculo, um Sileno de tipo Pompeia, nu, obeso, barba e cabelos com folhagem verde (hera ou espinhos), pele de cabra ou pantera à cintura, com tirso florido na mão direita e o braço esquerdo enlaçando um Sátiro que, também coroado de verdura, empunha um "pedum". O Sileno encontra-se calçado enquanto que o Sátiro não. Existe ainda uma desproporção intencional em relação a estas duas personagens. Encontram-se dentro de cercadura quadrada, ornada de espigas, dispostas em forma de ramo. PAINEL IV (Duas Ménades ou Bacantes) - Dentro de cercadura rectangular, policroma (rosa, branco, verde, creme), no interior, duas Ménades dançando: a da esquerda mostra movimento dos pés descalços e um ritmo gracioso. A da direita, apresenta cabeça coroada de pâmpanos, na mão esquerda o tirso e na outra, erguida, um instrumento musical. Enfrenta o seu par, com seu tronco nu, bem moldado, flectido para a frente e a túnica descaída sobre as pernas, agitada pelos passos de dança. PAINEL V (Dois membros do tiaso- Io e Argos)- Cercadura quadrada, enxadrezada, a branco, amarelo e cor-de-rosa. Dentro de um círculo cinzento-azulado, duas figuras ambas com cabeça ornada de folhas, uma à direita, masculina, nua com um manto ou pele sobre o ombro e as pernas curvas, assente em algo e um dos braços estendidos com o indicador apontado, como quem faz uma recomendação; a outra, de pé, manto traçado, braços envoltos e de ar atento. PAINEL VI (Apolo e Dafne) - À esquerda Dafne, vista de três quartos à direita, olha para Apolo com terror, um véu pousado no ombro direito, enfunado sobre as costas; é de cor verde-amarelo pálido e esverdeado, branco com tesselas pretas desenhando as pregas. À direita, Apolo, visto de três quartos está sentado num rochedo colorido de castanho claro, vermelho escuro, rosa, amarelo e beije. Descansa a cabeça, inclinada para a direita, no braço esquerdo, flectido e apoiado na lira de seis cordas, pousada sobre o rochedo, em segundo plano. O instrumento está desenhado com tesselas ocre-vermelho, ocre-amarelo e negro (vidro muito destruído). O deus tem uma coroa de flores azul turquesa com corola amarela e folhas verde esmeralda. Enverga um manto que partindo do ombro, vem de ambos os lados reunir-se sobre as pernas, mas deixa nua a esquerda, a partir da coxa. O joelho direito toca o torso de Dafne e o pé direito toca o torso de Dafne e o pé direito está curiosamente torcido para a direita, por falta de espaço. O braço direito segue a linha do corpo, com a mão vista de perfil, pousada sobre a coxa. PAINEL VII (Mercúrio e Hércules) - Moldura geométrica policroma, de tipo "decoração múltipla", mas com motivos irregulares (à excepção do nó de salomão) que não formam uma verdadeira quadrícula. Ao centro de medalhão, à esquerda está Hércules, em desiquilíbrio e com a mão direita faz um gesto para evitar a queda e senta-se sobre um rochedo visto de frente, onde são utilizadas as cores rosa, amarelo esverdeado, castanho claro. Uma linha de contorno branca, separa a silhueta do herói, do rochedo. O rosto quadrado, com barba, as feições estão desenhadas por uma linha de ocre-vermelho, sublinhada a branco no nariz. A pupila dos olhos é negra. Na cabeça uma coroa semelhante à de Apolo. A sua perna direita está escondida pelo vestuário, enquanto que a esquerda está esticada. A pele do leão de Nemeia cinge-lhe os rins, esconde a perna e o pé e enrola-se à volta do braço esquerdo. Em segundo plano, parcialmente oculto por Hércules, está um jovem, de pé, a cabeça coberta por um pétaso. É Mercúrio de quem só se vê o torso. Segura um "pedum" na mão esquerda e olha para o herói que tenta impedir de cair. PAINEL VIII (Medeia concebendo o infanticídio) - Esta cena trágica que envolve três pessoas, ocupa a totalidade do quadrado. No lado direito vemos Medeia de braços cruzados, com a mão esquerda segurando o punho da mão direita e esta segura o que parece ser uma adaga e não um punhal, pois a lâmina parece afalcatada. O seu rosto encontra-se virado para a esquerda. A túnica, em tons amarelos, apresenta uma barra cinza no fundo. Perna direita ligeiramente dobrada para a direita. Visível ainda um manto em tons de vermelho e rosa que caem dos seus ombros, e que parece cruzar na zona do peito. A segunda personagem é um homem que aparece em plano recuado, em relação a Medeia. O braço direito encontra-se levantado, segurando o que parece ser uma tocha em tons ocre e amarelo. A mão direita segura um chicote em movimento. Enverga túnica curta, sem mangas, apertada na cintura, com um efeito de "balão", em tons rosa, ocre e amarelo. Traz uma clâmide flutuando nas costas, da qual se vê à direita uma ponta. Entre as duas personagens, em plano intermédio, é visível uma criança (talvez um de seus filhos), de cara virada para a direita. Está nu, mas uma clâmide ocre, cruzada no pescoço, desce-lhe pelo ombro esquerdo e costas até aos joelhos. PAINEL IX (Hércules furioso) - Moldura de meandro de suástica de volta dupla, policroma (rosa, ocre, amarelo beije esverdeado, beije e branco. Ao centro, três personagens: Mégara, Hércules e duas crianças ajoelhadas. A figura de Hércules é sem dúvida imponente. Rosto voltado para a esquerda, encarando Mégara. Braço direito estendido para a direita, segura o que parece ser uma tocha inflamada, cuja chama quase que toca na cabeça das crianças. A tocha utiliza tesselas de tom ocre, rosa, amarelo, sendo a chama em tesselas de vidro, laranja, vermelho e verde. Apresenta uma clâmide presa por uma fíbula no ombro direito, que cobre o ombro esquerdo, em tons de azul e vermelho. A musculatura aqui é muito bem representada, com um excelente jogo de cores, tornando claro o mais pequeno pormenor. Hércules está calçado com sandálias de meio-cano, com atacadores vermelhos. As duas crianças nuas, encontram-se com o joelho esquerdo assente no chão. O seu braço esquerdo encontra-se dobrado tomando a direcção do rosto. À esquerda de Hércules, encontra-se Mégara, de rosto levemente inclinado para a esquerda, olhar triste, braço esquerdo dobrado sobre o ventre e braço direito dobrado, com a mão encostada à cara. Cabelo longo, preso dos lados à parte de trás, braços robustos e nus, ostentando duas pulseiras duplas. Ostenta uma longa túnica, com uma barra amarela no fundo e outra mais curta, abaixo da anca, também com uma barra amarela. PAINEL X (Triunfo de Baco) - O triunfo compreende dezasseis personagens que avançam para a direita, sem indicação da linha de solo. Grupo 1: Um carro visto a três quartos puxado por dois tigres que se encontram de lado. Foram utilizadas tesselas em vários tons de castanho e beije para os contornos e desenhos da pele dos tigres. Visível arreio e coleira. As rédeas e os freios são seguras por um jovem sátiro situado à direita de Baco (dentro do carro) e também por Pã que conduz os tigres. O jovem sátiro, coroado de folhas de hera representadas em verde, com uma chibata na mão direita, enverga, deixando à vista o ombro direito, um manto em tons de castanho e apresenta-se inclinado para a frente. Em pé sobre o carro, o jovem Baco nu, enverga um manto em tons de azul, com a musculatura desenhada em tons de beije, rosa, castanho e branco, segura na mão esquerda, levantada, um tirso enfeitado na ponta com fitas. A mão direita, estendida, segura uma cratera castanha. Atrás dele, um bacante, do qual só é visível a sua cabeça coroada de folhas de hera. No chão, junto ao carro, são visíveis duas Ménades, uma delas apresenta a cabeça muito destruída e veste uma túnica em tons de castanho (encontra-se à retaguarda). A segunda, de rosto virado para a esquerda, enverga túnica em tons castanhos e cinzentos. Na mão esquerda, segura o tirso. A Ménade seguinte encontra-se a três quartos, numa túnica cinzenta, contornada a preto ou cinza escuro e apertada sob o peito. Esta Ménade segura com as duas mãos e sobre a cabeça, o que parece ser uma cesta, desenhada a cinzento e contorno castanho. Grupo 2: Em primeiro plano, Ménade com duas túnicas em tons de castanho escuro e contorno a preto. Noção de sombra dada pelo jogo de cores entre o castanho e o cor de rosa. Visível uma pele de animal a tiracolo. Rosto em perfil, voltado para a direita. Braço direito estendido. Coroa de parras na cabeça. A Ménade seguinte apresenta-se em perfil, com cabeça destruída, em atitude de dança, com crótalo na mão direita e duas pulseiras duplas no mesmo braço. Encontra-se descalça e nas suas costas flutua um manto castanho escuro com barras verdes. Presa à perna direita é visível uma espécie de manto azul, com barra verde, esvoaçando. A última figura deste primeiro plano é um Bacante visto de frente, ligeiramente inclinado para a esquerda. Encontra-se nu apenas com uma pardália em tons de amarelo e castanho, tapando o ombro e braço esquerdo. Na mão esquerda segura o que parece ser uma flauta branca. Atrás deste Bacante, parece estar outra personagem, não muito visível e que levanta algumas dúvidas de interpretação. Em segundo plano, entre Pã e a Ménade, visível figura de um jovem Bacante, parcialmente coberto por pardália castanha com barra verde. O seu rosto encontra-se em perfil virado para o lado direito. Devido a uma grande falha de tesselas, não é possivel identificar correctamente os objectos que se encontram no canto superior direito ao lado do último Bacante descrito. Num terceiro plano, uma Ménade vista de perfil, com túnica verde de mangas curtas. Visível no braço direito, que se encontra estendido, duas pulseiras no antebraço. Parece segurar algo, impossível de indentificar por lacuna do painel. À direita desta Ménade, vê-se um jovem a três quartos, coroado com folhas de hera, vestindo uma túnica de mangas cinzentas e "pallium" amarelo. Braço direito levemente levantado. Logo a seguir, para a direita, um jovem Bacante vestindo uma túnica de tesselas de vidro brancas, com ombro direito a descoberto, toca flauta dupla (?). PAINEL XI (Teseu e Minotauro) - Dentro de uma moldura quadrada, com fundo em escamas, visível duas personagens. À esquerda, de pé, a figura de Teseu. A silhueta do herói é descrita por um conjunto de tesselas rosas, brancas, castanhas claras e escuras, num jogo de projecção de sombras em "dégradé". Apresenta uma clâmide flutuante nas costas, em tons de azul claro e escuro, vermelhos e preto. Com o braço direito levantado segura uma clava nodosa, com extremidade curva. O braço esquerdo segura o corno direito do Minotauro. À direita de Teseu encontra-se o Minotauro, (corpo de Homem e cabeça de Touro), representado com corpo bastante atlético, onde é utilizado o jogo de tesselas de cores claras, neste caso em cor de rosa, dando a noção do volume muscular do corpo desta figura. Encontra-se com o joelho direito no chão e braço esquerdo no ar em atitude de piedade. O braço direito segura a perna esquerda de Teseu. Em segundo plano, por trás do Minotauro, visível o que parece ser uma torre de castelo em tons rosa e castanho claro. Dimensões: alt.: 1,76; larg.base: 1,58; larg. topo: 1,60; esp.: 4,5 cm
+
Tábua de Vipasca
close
  • Nº de Inventário: 989.35.1
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Epigrafia
  • Dimensões: Comp: 76,5, Alt: , Larg: 55,
  • Incorporação: Mandato legal. Depositada pela Direcção Geral de Obras Públicas e Minas
  • Descrição: Placa de bronze com inscrição jurídica em latim, denominada "Lex Metallis dicta". O texto é composto por 46 linhas gravadas em caracteres latinos, representando um trecho de um código de minas que abrangia pelo menos três placas. A placa apresenta cinco furos para fixação e encontra-se parcialmente dobrada. O texto está redigido formalmente sob a forma de carta endereçada a Úpio Eliano, o procurador do distrito mineiro de Vipasca. Vipasca II [...] VLPIO AELIANO SVO SALVTEM (1) [Qui puteum aerarium occupaverit, priusquam venam coxerit, pretium partis dimidiae ad fiscum pertinentis secundum legem imp(eratoris) Hadriani] / Aug(usti) praesens numerato. Qui ita non fecerit et convictus [sic] erit prius coxisse venam quam pretium sicut <su>/supra scriptum est solvisse, pars occupatoris commissa esto et puteum universum proc(urator) metallorum / vendito. Is, qui probaverit ante colonum venam coxisse quam partis dimidiae ad fiscum pertinen/tis numerasse, partem quartam accipito. (2) Putei argentarii ex forma exerceri debent, quae/hac lege continetur; quorum pretia secundum liberalitatem sacratissimi Imp(eratoris) Hadriani Aug(usti) obser/vabuntur, ita ut ad eum pertineat proprietas partis quae ad fiscum pertinebit, qui primus pretium puteo fecerit / et sestertia quattuor milia nummum fisco intulerit. (3) Qui ex numero puteorum quinque unum / ad venam perduxerit, in ceteris sicut supra scribtum est opus sine intermissione facito. Ni ita fecerit, alii / occupandi potestas esto. (4) Qui post dies XXV (quinque et viginti) praeparationi impensarum datis opus quidem / statim facere coeperit, diebus autem continuis decem postea in opere cessaverit, alii occupandi / [i]us esto. (5) Puteum a fisco venditum continuis sex mensibus intermissum alii occupandi ius / [es]to, ita ut, cum venae ex eo proferentur, ex more pars dimidia fisco salva sit. / (6) [Occupat]ori puteorum socios quos volet habere liceto, ita ut pro ea parte qua quis socius erit impensas / conferat. Qui ita non fecerit, rationem impensarum factarum a se / continuo triduo in foro frequentissimo loco propositam habeto et per praeconem denuntiato / sociis, ut pro sua quisque portione inpensas conferat. Qui ita non contulerit quive quid dolo malo fecerit quominus conferat quove quem quove ex sociis fallat, is eius putei partem ne / habeto eaque pars socii sociorumve qui inpensas fecerint esto. / (7) [Ve]l ii coloni qui inpensam fecerint in eo puteo, in quo plures socii fuerint, repetendi a sociis quod / bona fide erogatum esse apparuerit ius esto. (8) Colonis inter se eas quoque partes puteorum quas / a fisco emerint et pretium solverint vendere quanti quis potuerit liceto. Qui vendere suam partem / quive emere volet, apud proc(uratorem) qui metallis praeerit professionem dato. Aliter emere aut vendere ne /liceto. Ei qui debitor fisci erit donare partem silam ne liceto. (9) Venas quae ad puteos prolatae / iacebunt ab ortu solis in occasum ii quorum erunt in officinas vehere debebunt. Qui post occa/sum solis vel noctu venas a puteis sustulisse coniuctus erit. HS (sestertios) mille nummos fisco inferre debeto. / (10) [Ve]nae furem, si servos [sic] erit, procurator flagellis caedito et ea condicione vendito, ut in perpetuis / vinculis sit neve in ullis metallis territorisve metallorum moretur; pretium servi ad dominum / pertineto. Liberum procurator comfiscato [sic] et finibus rnetallorum in perpetuum prohibeto./ (11) [P]utei omnes diligenter fulti destinatique sunto, proque putri materia colonus cuiusque putei no / vam et idoneam subicito. (12) Pilas aut fulturas firmamenti causa relictas attingere aut / violare dolve malo quid facere, quominus eae pilae fulturaeve perviae sint, ne Iiceto. / (13) [Q]ui puteum vitiasse, labefactasse, decapitasse aliutque quid dolo malo fecisse, quominus puteus i/ firmus sit, convictus erit, si servos [sic] erit, flagellis arbitratu proc(uratoris) caesus, ea condicione a domi/no veneat, ne in ullis metallis moretur; liberi bona proc(urator) in fiscum cogito et finibus ei metal/lorum in perpetuum interdicito. (14) Qui puteus aerarios aget a cuniculo qui aquam metallis / subducet, recedito et non minus quam denos pedes utroque latere relinquito. / (15) [Cu]niculum violare ne liceto. Proc(urator), explorandi novi metalli causa, ternagum a cuniculo agere / permittito, ita ut ternagus non plures latitudinis et altitudinis quam quaternos pedes habeat. / (16) [V]enam intra quinos denos pedes ex utroque latere a cuniculo quaerere caedereve ne liceto. / (17) [Q]ui aliter quit in ternagis fecisse convictus erit, servos [sic], flagellis arbitratu proc(uratoris) caesus, ea condi/cione [a] domino veniet, ne in ullis metallis moretur; liberi bona proc(urator) in fiscum cogito et fini/bus ei metallorum in perpetuum interdicito. (18) Qui puteos argentarios [aget] a cuniculo qui / aquam metallis subducet, recedito et non minus quam sexagenos pedes utroque latere relin/quito et eos puteos, quos occupaverit adsignatosve accepit, in opere, uti determinati erunt, / habeto nec ultra procedito neve ecbolas colligito neve ternagos ita agito extra fines putei adsignati [occupative, ut cuniculus violetur]. Transcrição (1) ...saúda o seu caro (...) Úlpio Eliano. § 1 [Todo aquele que tiver ocupado uma mina de cobre] deve [antes da fundição do minério] pagar em dinheiro segundo a lei do imperador Adriano Augusto [o valor de 50%, que era propriedade do fisco]. Quern assim não proceder, uma vez provado que fundiu minério sem previamente ter liquidado tal quantia nos moldes acima estabelecidos, vera confiscada a parte que lhe cabia na qualidade de ocupador e o procurador das minas venderá todo o poço. Aquele que provar que um colono fundiu minério sem previamente ter pago o valor de 50% pertencente ao fisco receberá a quarta parte. § 2 A exploração das minas de prata deve obedecer as normas constantes desta lei. 0 preço de concessão de cada mina será fixado segundo a liberalidade do sacratíssimo imperador Adriano Augusto, de sorte que o usufruto da parte que caberia ao fisco fique sendo pertença do primeiro que tenha oferecido um preço pelo poço e haja pago ao fisco, em moeda, quatro mil sestércios. § 3 Aquele que, tendo ocupado cinco poços, haja, num deles, atingido o filão, é obrigado a iniciar os trabalhos em cada um dos outros, sem interrupção, nos moldes atrás mencionados. Caso assim não proceda, qualquer colono poderá ocupar (os poços inactivos). § 4 Aquele que, passados os vinte e cinco dias concedidos para a preparação de apetrechos, iniciar de facto imediatamente os trabalhos, mas os interromper depois durante dez dias consecutivos, perderá, a favor de outrem, o direito de ocupação. § 5 Um poço vendido pelo fisco qualquer colono terá o direito de o ocupar, desde que esteja em inactividade durante seis meses consecutivos. 0 ocupador, ao extrair o minério, é obrigado, como manda o uso, a reservar para o fisco 50%. § 6 Será permitido ao ocupador dum poço ter quantos sócios quiser, desde que cada sócio suporte os encargos que proporcionalmente lhe cabem dentro da sociedade. Se algum deles assim não proceder, então aquele que suportar os encargos fará afixar no local mais concorrido da praça pública, e durante três dias consecutivos, a relação das despesas que fez, e, por meio de pregão, intimará os outros sócios a que paguem a parcela que a cada um compete. Todo aquele que não pagar ou que dolosamente faça por não pagar ou queira enganar algum ou alguns dos sócios, não terá sociedade na mina, e a respectiva quota reverterá a favor do sócio ou dos sócios que tiverem suportado as despesas. § 7 Se porventura houver colonos que tenham suportado encargos numa mina na qual vierem a ser admitidos outros sócios, terão os primeiros o direito de exigir dos segundos a importância que, em consciência, calcularem ter despendido. § 8 Será permitido aos colonos vender entre si, por quanto cada um puder, os seus direitos na sociedade que tenham comprado ao fisco e cujo preço já hajam liquidado. Todo aquele que quiser vender a sua quota ou comprar deve declará-lo junto do procurador que superintender nas minas. Não é legal comprar ou vender senão nestes termos. Quem for devedor do fisco não terá o direito de doar a sua quota. § 9 No respeitante ao minério que estiver amontoado junto dos poços, os respectivos proprietários deverão transportá-lo para os fornos desde o nascer ao pôr do sol. Aquele que, depois do pôr do sol ou de noite, retirar minério de junto dos poços deverá, depois de provado o crime, pagar ao fisco mil sestércios. § 10 No que se refere ao ladrão de minério, se for escravo, o procurador mandá-lo-á chicotear e vendê-lo-á sob condição de ficar a ferros por toda a vida e de nunca mais residir junto de quaisquer minas ou em territórios sob jurisdição das mesmas. 0 dinheiro apurado na venda do escravo reverterá para o seu senhor. Se for de condição livre, o procurador confiscar-lhe-á os bens e desterra-lo-á, a titulo perpétuo, para fora de distritos mineiros. § 11 Todos os poços devem estar diligentemente escorados e com o madeiramento bem firme. 0 colono de cada poço é obrigado a substituir a madeira podre por outra nova e apta. § 12 No respeitante às colunas ou estacas de madeira deixadas para evitar desabamentos, não é permitido derrubá-las ou danificá-las nem dolosamente proceder de forma que tais colunas ou estacas fiquem obstruídas. § 13 Se se provar que alguém danificou um poço, o fez ruir ou lhe destruiu o madeiramento de boca, ou que dolosamente procedeu de forma que o poço perdesse firmeza, sendo escravo, será chicoteado ao arbítrio do procurador, e o seu senhor vendê-lo-á sob condição de nunca mais residir em quaisquer territórios mineiros. Se for de condição livre, o procurador apoderar-se-á dos seus bens, que reverterão para o fisco, e desterrá-lo-á para sempre de territórios mineiros. § 14 Aquele que abrir minas de cobre a partir do canal subterrâneo destinado a escoar a água das minas, prosseguirá a prospecção de forma a afastar-se e a deixar de cada lado um espaço inexplorado de, pelo menos, quinze pés. § 15 É proibido danificar o canal de escoamento de águas. 0 procurador permitirá que um concessionário, a fim de explorar a nova mina, abra uma galeria de ligação que comunique com o dito canal, mas de modo que tal galeria não tenha de largura e de altura mais de quatro pés. § 16 Não é permitido procurar um filão ou prosseguir as escavações a menos de quinze pés dum e doutro lado do canal de escoamento das águas. § 17 Aquele que proceder contrariamente ao disposto na lei no que respeita às galerias de ligação, uma vez provado o delito, se for escravo será chicoteado ao arbítrio do procurador e vendido pelo seu senhor sob condição de nunca mais residir em quaisquer territórios mineiros. Se for de condição livre, o procurador apoderar-se-á dos seus bens em favor do fisco e desterrá-lo-á para sempre dos territórios mineiros. § 18 Aquele que abrir poços de prata a partir do canal subterrâneo destinado ao escoamento de águas das minas, prosseguirá a prospecção de forma a afastar-se e a deixar de cada lado um espaço inexplorado de, pelo menos, sessenta pés; manterá as escavações nos limites legais de cada poço que tenha ocupado ou adquirido por compra; não excederá tais limites nem explorará as zonas mineralizadas que ultrapassem a sua concessão [ou, doutra forma, não recolherá resíduos além desses limites] nem abrirá galerias de reconhecimento que ultrapassem os referidos limites legais do poço atribuído ou ocupado, para que o canal de escoamento não seja violado.
+
Capacete
close
  • Nº de Inventário: 46235
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Armas
  • Técnica: Fundição
  • Dimensões: Comp: , Alt: 21, Larg: ,
  • Incorporação: Oferta do Conselheiro Severiano Augusto da Fonseca Monteiro
  • Descrição: Capacete em bronze de tipo "Buggenum", de forma hemisférica, guarda nuca em aba curta e plana, rematado no topo por um espigão de topo cónico. Conserva os apêndices laterais onde se encaixariam os elementos de proteção das faces (paragmátidas).
+
Falcata
close
  • Nº de Inventário: 17200
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Armas
  • Técnica: Têmpera, martelagem e moldagem.
  • Dimensões: Comp: 50, Alt: , Larg: 5,9,
  • Incorporação: Intervenção arqueológica - campanha de Vergílio Correia
  • Descrição: Falcata de ferro, apresentando uma lâmina de folha curva, estreitando junto do punho, de gume arredondado e dorso plano. Apresenta duas caneluras paralelas. O cabo é aberto, encurvado, desenhando um contorno ovalado, terminando em cabeça de cavalo. Conserva ainda um rebite.
+
Escada de madeira
close
  • Nº de Inventário: 989.35.2
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Instrumentos e utensílios
  • Dimensões: Comp: 84,5, Alt: , Larg: 13,
  • Incorporação: Mandato legal. Escavações
  • Descrição: Escada de madeira de azinho, estreita e ligeiramente encurvada. Apresenta três entalhes horizontais a servir de degraus. Proveniente das Minas de Algares (Aljustrel).
+
Balde de bronze
close
  • Nº de Inventário: 17864
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Instrumentos e utensílios
  • Dimensões: Comp: , Alt: 22,1, Larg: ,
  • Incorporação: Francisco da Silveira Viana
  • Descrição: Vaso de bronze de forma troncocónica, com fundo plano e bordo em aba horizontal. Recolhido e utilizado na extracção de minério na Mina de Algares (Aljustrel), antigo distrito mineiro de Vipasca.
+
Urna de orelhetas
close
  • Nº de Inventário: 2001.62.1
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Cerâmica
  • Técnica: Estampilhagem, pintura e coroplastia
  • Dimensões: Comp: , Alt: 66, Larg: ,
  • Incorporação: Mandato legal. Despacho Ministerial de 10/11/97 (oficio 7049)
  • Descrição: Urna com tampa de orelhas perfuradas, de corpo ovóide, com decoração estampilhada, pintada e coroplástica. Os motivos estampilhados são de contorno losangular, que alternam com bandas e retículas pintadas de cor vermelha escura. A tampa, de forma cónica, termina numa pega que representa uma cabeça antropomórfica, onde se reconhece um toucado em forma de leque, nariz proeminente e largo, olhos circulares e boca com lábios salientes. Apresenta duas orelhetas perfuradas, opostas, na direcção das asas, que são verticais e decoradas por pastilhas circulares.
+
Tábua de hospitalidade
close
  • Nº de Inventário: 2000.40.1
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Epigrafia
  • Dimensões: Comp: , Alt: 37,5, Larg: 29,
  • Incorporação: Doado por Affonso Avellino Gallego
  • Descrição: Tábua de hospitalidade de bronze, em forma de placa rectangular com moldura na parte superior. Apresenta o seguinte texto epigráfico: TI (berio) CAESARE V (quintum) L (ucio) AELIO SEIANO / CO (n) S (ulibus) / XII ( duodecim diebus ante) K (alendas) FEBR (uarias) / Q (uintus) STERTINIVS Q (uinti) F (ilius) BASSVS / Q (uintus) STERTINIVS Q (uinti) F (ilius) RVFVS / L (ucius) STERTINIVS Q (uinti) F (ilius) RVFINVS / HOSPITIVM FECERVNT CVM L (ucio) FVLCINIO / TRIONE LEG (ato) TI (berii) CAESARIS LIBERIS / POSTERISQVE EIVS / L (ucius) FVLCINIVS TRIO LEG (atus) TI (berii) CAESARIS Q (uintum) / STERTINIVM Q (uinti) F (ilium) BASSVM Q (uintum) STERTINIVM / Q (uinti) F (ilium) RVFVM L (ucium) STERTINIVM Q (uinti) F (ilium) RVFINVM LIBE/ROS POSTEROSQ (ue) EORVM IN FIDEM CLIEN- TELAMQ (ue) / SVAM LIBERORVM POSTERORVM SVORVM / RECEPIT Aos doze dias antes das calendas de Fevereiro ( 21 de Janeiro ) do ano em que foram cônsules Tibério César, pela quinta vez, e Lúcio Èlio Sejano ( 31 d.c. ), Quinto Estertínio Basso, filho de Quinto, Quinto Estertínio Rufo, filho de Quinto, Lúcio Estertínio Rufino, filho de Quinto, fizeram um pacto de hospitalidade com Lúcio Fulcínio Trião, legado de Tibério César, seus filhos e descendentes. Lúcio Fulcínio Trião, legado de Tibério César, aceitou tal preito de fidelidade e recebeu como seus clientes - e de seus filhos e descendentes - Quinto Estertínio Basso, filho de Quinto, Quinto Estertínio Rufo, filho de Quinto, Lúcio Estertínio Rufino, filho de Quinto, assim como seus filhos e descendentes. (Texto e tradução segundo José d' Encarnação, Inscrições Romanas do Conventus Pacensis - Subsídios para o estudo da Romanização, Coimbra, 1984, p. 555.). Com este documento estabeleceu-se um pacto de hospitalidade, com releção patrono/cliente, entre o governador da Lusitânia e três habitantes locais com evidentes relações familiares. Pode relacionar-se com a peça nº E 6304 graças à referência à gens Stertinia, ao local do achado e à cronologia, que é a mesma.
+
Roldana de madeira
close
  • Nº de Inventário: 997.10.7
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Instrumentos e utensílios
  • Dimensões: Comp: , Alt: 5, Larg: ,
  • Incorporação: Mandato legal. Achado fortuito
  • Descrição: Roldana de madeira de azinho, de forma circular com paredes externas côncavas. Perfuração central circular para encaixe de um eixo. Apresenta desgaste irregular, provocado pela deslocação manual dos cabos .
+
Fragmento de corda
close
  • Nº de Inventário: 997.10.4
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Instrumentos e utensílios
  • Dimensões: Comp: 16,5, Alt: , Larg: 3,5,
  • Incorporação: Mandato legal. Achado fortuito
  • Descrição: Fragmento de corda de esparto de dois tramos.
+
Taça (fragmento) com inscrição celtibérica
close
  • Nº de Inventário: Au 996
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Ourivesaria
  • Técnica: Levantada por martelagem.
  • Dimensões: Comp: , Alt: 5,0, Larg: ,
  • Incorporação: Colecção de Francisco Barros e Sá. Integrada no MNA em 1987
  • Descrição: Taça, possivelmente de forma troncocónica de tipo "mastós" helenístico, de que subsiste a totalidade do bordo e parte da zona média da parede lateral, estando ausente a totalidade do fundo. Subsistem ainda alguns fragmentos de forma irregular. No interior, o bordo é espessado e ligeiramente convexo, sendo decorado por nervura e por linha incisa. No exterior, a cerca de 18mm. do bordo, apresenta uma inscrição incisa composta por vinte caracteres que ocupam uma banda de cerca de 1-0,5mm x 60mm. Inscrição em banda, com vinte caracteres (escrita celtibérica) junto ao bordo.: ALISOS´ : AS(S)AS´ : BaLAIS´OKuM ,segundo Mário Varela Gomes, e Caetano Beirão,1988
+
Taça
close
  • Nº de Inventário: Au 997
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Ourivesaria
  • Técnica: Levantada por martelagem.
  • Dimensões: Comp: , Alt: 5,0, Larg: ,
  • Incorporação: Colecção de Francisco Barros e Sá. Integrada no MNA em 1987
  • Descrição: Taça de forma troncocónica com fundo hemisférico em ônfalo, de tipo "mastós" helenístico. No interior, o bordo é espessado e ligeiramente convexo, sendo decorado por nervura com espinhado inciso. No exterior, ao centro, o fundo apresenta um grafito inciso, constituído por três traços cruzados em forma de estrela, subpujados por um ponto. Apresenta-se amolgada, com fracturas antigas e pátina de cor cinzenta acastanhada.
+
Taça
close
  • Nº de Inventário: Au 998
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Ourivesaria
  • Técnica: Levantada por martelagem.
  • Dimensões: Comp: , Alt: 7,9, Larg: ,
  • Incorporação: Colecção de Francisco Barros e Sá. Integrada no MNA em 1987
  • Descrição: Taça de forma troncocónica com fundo hemisférico ligeiramente achatado, de tipo "mastós" helenístico. No interior, o bordo é espessado e ligeiramente convexo, sendo decorado por uma dupla linha incisa. A meio da parede interna e a cerca de 30mm do bordo, na parede externa, apresenta respectivamente um e dois grafitos incisos.
+
Vaso
close
  • Nº de Inventário: Au 999
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Ourivesaria
  • Técnica: Levantada por martelagem.
  • Dimensões: Comp: , Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: Colecção de Francisco Barros e Sá. Integrada no MNA em 1987
  • Descrição: Vaso de corpo globular e colo alto, assente numa base em anel. O colo é liso e o corpo é decorado por uma composição incisa e repuxada de quatro bandas horizontais: a inferior, mais larga do que as outras, é formada por pétalas alongadas e ligeiramente relevadas, definidas por linhas duplas incisas; a segunda é constituída por dois alinhamentos de espinhado que correm em sentido inverso; a terceira forma um padrão de losangos e triângulos, estes contrapostos e delimitando a banda, preenchidos por ponteado; a superior é formada por duas faixas caneladas obliquamente.
+
Vaso litúrgico
close
  • Nº de Inventário: 992.69.1
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Alfaias litúrgicas
  • Técnica: Fundição e incisão
  • Dimensões: Comp: , Alt: 17,1, Larg: ,
  • Incorporação: Pelo IPPAR (Património Arquitectónico e Arqueológico), para o Museu Nacional de Arqueologia.
  • Descrição: Vaso de bronze, de corpo fusiforme e perfil sinuoso, assente sobre o pé bem destacado, com colo alto, estrangulado e elegante, terminando num bordo ligeiramente extrovertido com lábio apontado. O pé, largo, tem forma troncocónica, de paredes ligeiramente curvas, com ligeiro rebordo. Falta-lhe o fundo e uma pega recurva. Em redor da área mesial desenvolve-se uma cartela sub-rectangular limitada por pequenos semi-círculos incisos onde se encontra inscrita uma frase constituída por catorze letras, que foi gravada por incisão, com traço fino, pouco profundo: ASAECLESA/ES+/ "da Santa Igreja de Jesus Cristo". A mesma decoração unguiforme, incisa, contorna parte da zona de soldadura da asa. (segundo M. V. Gomes e Manuela A. Dias)
+
Copo de cerâmica campaniense
close
  • Nº de Inventário: 984.408.1
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Cerâmica
  • Dimensões: Comp: , Alt: 5,5, Larg: ,
  • Incorporação: Escavações do Museu, sob direcção de Manuel Heleno.
  • Descrição: Copo ou "pyxis" de cerâmica campaniense do tipo Lambogia 3. Forma subcilíndrica, de paredes côncavas e bordo e base extrovertidas. Apresenta pasta manchada, oscilando entre o rosado e o cinzento. O verniz negro com brilho bem aderente, apresenta-se desgastado.
+
Taça de cerâmica campaniense
close
  • Nº de Inventário: 984.329.1
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Cerâmica
  • Dimensões: Comp: , Alt: 4,3, Larg: ,
  • Incorporação: Escavações do Museu, sob direcção de Manuel Heleno.
  • Descrição: Taça de cerâmica campaniense de tipo Lamboglia 1, de paredes ligeiramente convexas, bordo arredondado, com caneluras. Pé destacado. A pasta tem coloração rosada, verniz negro mate, com pingos no fundo externo. Exibe decoração de círculos concêntricos no fundo interno e um grafito cruciforme no fundo externo.
+
Ponta de lança de alvado
close
  • Nº de Inventário: 17211
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Armas
  • Técnica: Fundição
  • Dimensões: Comp: 20,3, Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: Mandato legal. Campanha arqueológica
  • Descrição: Ponta de lança de alvado, de ferro, apresentando lâmina de contorno foliáceo e aresta mediana. Por ter sido recolhida em contexto funerário apresenta-se intencionalmente torcida e dobrada sobre si própria.
+
Ânfora Keay 78
close
  • Nº de Inventário: 2014.2.1
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Cerâmica
  • Técnica: Torno
  • Dimensões: Comp: 87cm, Alt: , Larg: 34cm,
  • Incorporação: Mandato legal. Escavações do Director do MNA, Manuel Heleno.
  • Descrição: Ânfora do tipo Keay 78 / Sado 1 / Cardoso 91, de perfil completo, apresentando uma abertura intencional que se inicia na zona do colo até à zona média do corpo. Desta forma, a utilização desta ânfora insere-se num contexto funerário, na qual foi inumado um cadáver infantil ou nado morto, como aliás está documentado em outras sepulturas no local (ALMEIDA, 2008). As fotografias da escavação revelam que os fragmentos retirados durante o corte foram colocados sobre esta de forma a tapar perfeitamente. Esta ânfora exclusivamente produzida na província da Lusitânia e de grandes dimensões, é caracterizada pelo seu corpo cilíndrico, largo, e que estreita abruptamente em direcção ao colo, sendo que este é muito curto e estrangulado. O bordo é normalmente oblíquo de perfil amendoado ou almofadado, formando uma moldura curta no exterior, de onde partem sempre as pequenas asas, de perfil achatado, formando genericamente 1/4 de círculo e assentando de imediato no ombro da peça. Outra das características distintivas deste tipo é o seu típico fundo curto e cilíndrico com um ou mais sulcos longitudinais que lhe conferem uma forma peculiar com a extremidade em botão. A pasta é muito alaranjada, com vestígios da passagem de fumo na câmara de cozedura, e de textura média-grossa, com muitos elementos não plásticos algo angulosos. Pela observação macroscópica desta pasta, podemos propôr uma produção Sado-jusante.
+
Lança
close
  • Nº de Inventário: 17199
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Armas
  • Técnica: Fundição
  • Dimensões: Comp: 49 , Alt: , Larg: 18,5,
  • Incorporação: Intervenção arqueológica - campanha de Vergílio Correia
  • Descrição: Lança de ferro constituída por uma haste longa e fina de secção circular, rematada por uma pequena ponta de lança ou dardo. Por ter sido recolhida em contexto funerário, apresenta-se ritualmente torcida pelo fogo. O nome "soliferreum" vem do facto de não possuir encabamento em madeira.
+
Garrafa
close
  • Nº de Inventário: 14127
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Vidros
  • Dimensões: Comp: , Alt: 14,8, Larg: ,
  • Incorporação: Nesta data foram integrados todos os materiais da Colecção de Estácio da Veiga que faziam parte do Museu do Algarve.
  • Descrição: Garrafa de vidro, do tipo Isings 104. O reservatório é esférico, o gargalo é afunilado, o fundo é ligeiramente côncavo, o bordo é de arestas aparentemente polidas ao torno. O bojo apresenta decoração executada à roda por abrasão, composta por três medalhões circulares separados por elementos estilizados com braços curvilíneos. Cada um dos medalhões apresenta, no seu interior, a representação de um animal: urso, touro e javali. O primeiro virado à direita, os outros dois para a esquerda. Os contornos do urso e do javali são parcialmente desenhados por pequenas linhas oblíquas e os pêlos por linhas em ziguezague. O touro apresenta uma linha cruzada entre os chifres, tem uma coleira à volta do pescoço e três estrelas gravadas. Os olhos são representados por losangos atravessados por uma linha pelo diâmetro. (Segundo Alarcão, op.cit). Vidro verde com numerosas bolhas de ar, algumas impurezas negras e ligeiras estrias da soflagem.
+
Travessa de vidro
close
  • Nº de Inventário: 983.458.5
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Vidros
  • Técnica: Moldada e lapidada
  • Dimensões: Comp: 34,5, Alt: 2,5, Larg: ,
  • Incorporação: Mandato legal. Intervenções arqueológicas do Museu.
  • Descrição: Travessa de vidro com duas pegas, do tipo Isings 97 C. Forma oval pouco profunda e fundo com pé também oval. Nos topos apresenta duas pegas recortadas e com orifício hexagonal, destinado provavelmente a receber um adorno, sendo uma delas parcialmente reconstituída. Trata-se de uma imitação em vidro das travessas em metal, elaboradas a partir de molde. (Segundo Alarcão, op.cit.).
+
Martelo mineiro
close
  • Nº de Inventário: 2004.408.9
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Instrumentos e utensílios
  • Dimensões: Comp: 18,8, Alt: , Larg: 10,4,
  • Incorporação: Mandato legal. Escavações Arqueológicas
  • Descrição: Martelo mineiro de dolerito. Mostra uma forma subcilíndrica, o perfil é sub-rectangular e a secção ovóide. Ambas as faces mostram alguns levantamentos. Ao centro apresenta um sulco transversal, picotado, para facilitar o encabamento.
+
Asse de Salacia com representação de Neptuno
close
  • Nº de Inventário: 2005.101.2
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Numismática
  • Técnica: Cunhagem
  • Dimensões: Comp: , Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: O espólio do Museu do Algarve foi integrado no MNA.
  • Descrição: Moeda de bronze com valor de Asse, cunhada em Salácia (Alcácer do Sal). Anverso: Cabeça de Neptuno barbado, laureada, à direita. Reverso: Dois golfinhos em movimentos opostos, e no centro a legenda latina: IMP.SAL. Salácia é citada por Plínio como Salacia Urbs Imperatoria. (Plínio: H.N. 4,116)
+
Asse cunhado em *Bevipo com cabeça de Hércules-Melkart
close
  • Nº de Inventário: 2005.182.3
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Numismática
  • Técnica: Cunhagem
  • Dimensões: Comp: , Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: Intervenção arqueológica do Museu, sob direcção de Manuel Heleno
  • Descrição: Moeda de bronze com valor de Asse. Anverso: Cabeça de Hércules-Melkart à esquerda, coberta com pele de leão e bastão no ombro esquerdo. À frente inscrição pouco legível: CANINI[...] ED. Reverso: Dois golfinhos à esquerda rodeando legenda em caractéres pré-latinos: *BEVIPO.
+
Asse de Augusto cunhado em "Pax Iulia"
close
  • Nº de Inventário: 2006.60.1
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Numismática
  • Técnica: Cunhagem
  • Dimensões: Comp: , Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: Adquirida no Leilão Lusitania.
  • Descrição: Moeda de bronze com valor de Asse. Anverso: Cabeça descoberta de Octaviano à direita. Reverso: Legenda PAX IVL entre duas linhas horizontais paralelas; cercadura de pontos. Trata-se de uma emissão monetária bastante rara que, propavelmente, se destinou e comemorar um qualquer evento importante.
+
Asse cunhado em Brutóbriga
close
  • Nº de Inventário: 2006.60.4
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Numismática
  • Técnica: Cunhagem
  • Dimensões: Comp: , Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: Adquirida no Leilão Lusitania.
  • Descrição: Moeda de bronze com valor de Asse. Anverso: Cabeça masculina à direita, legenda à volta : T. MANLIVS T. F. SERGIA. Reverso: Barco com remador, por baixo deste, um peixe. À volta legenda : BRVTOBRIGA (Santarém)
+
Asse cunhado em Dipo
close
  • Nº de Inventário: 2006.60.7
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Numismática
  • Técnica: Cunhagem
  • Dimensões: Comp: , Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: Adquirida no Leilão Lusitania.
  • Descrição: Moeda de bronze com valor de Asse, cunhado em Dipo. Anverso: Cabeça masculina à direita. Reverso: Cornucópia tombada à esquerda. Em baixo, dentro de uma cartela legenda: DIPO.
+
Quadrante cunhado em Myrtilis
close
  • Nº de Inventário: 2006.60.2
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Numismática
  • Técnica: Cunhagem
  • Dimensões: Comp: , Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: Adquirida no Leilão Lusitania.
  • Descrição: Moeda de bronze com valor de quadrante. Anverso: Espiga à direita, abaixo, entre duas linhas, a legenda MVRT. Reverso: Peixe à direita, abaixo entre duas linhas a legenda L.AP.DEC.
+
Asse cunhado em Cilpe
close
  • Nº de Inventário: 2006.61.1
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Numismática
  • Técnica: Cunhagem
  • Dimensões: Comp: , Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: Fazia parte da colecção Estácio da Veiga que nesta data foi transferida para o MNA.
  • Descrição: Moeda de bronze com valor de Asse, cunhada em Cilpe. Anverso: Cavalo saltando à esquerda, em cima S tombado. Reverso: Duas espigas à direita entre as quais a legenda: CILPE
+
Moeda cunhada em Balsa
close
  • Nº de Inventário: 2006.49.15
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Numismática
  • Dimensões: Comp: , Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: Escavações do MNA
  • Descrição: Tessera monetiforme cunhada em Balsa. Anverso: Peixe à direita. Reverso: Barco, em baixo: BALS.
+
Asse cunhado em Myrtilis
close
  • Nº de Inventário: 2005.182.4
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Numismática
  • Técnica: Cunhagem
  • Dimensões: Comp: , Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: Intervenção arqueológica do Museu, sob direcção de Manuel Heleno
  • Descrição: Moeda de bronze com valor de Asse. Anverso: Peixe à direita, em cima, entre duas linhas horizontais a legenda: MVRTIL Reverso: Espiga à direita, em cima a legenda: [L]APDE
+
Moeda cunhada em Balsa
close
  • Nº de Inventário: 2006.63.1
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Numismática
  • Técnica: Cunhagem
  • Dimensões: Comp: , Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: Desconhecido
  • Descrição: Tessera monetiforme, cunhada em Balsa. Anverso: Peixe estilizado à direita com dois pontos em cima. Reverso: Um barco à esquerda. Em baixo BALS
+
Marco miliário
close
  • Nº de Inventário: E 6818
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Epigrafia
  • Dimensões: Comp: , Alt: 200, Larg: 50,
  • Incorporação: Serafim Martins Vasco por intermédio de Joaquim Manuel Correia
  • Descrição: Marco miliário executado sobre um bloco de granito de forma subprismática, com a face da inscrição aplanada. A inscrição, em sete linhas, apresenta-se desgastada, sendo por isso difícil a sua leitura total. Segundo Lambrino, o marco deve ter sido reutilizado como pavimento em época recente, o que poderia explicar o desgaste sofrido pela inscrição. Ainda segundo este autor, este miliário permite concluir que no ano 5/6 d.C. o Imperador Augusto traçou e fez construir uma via que partia de Emérita e atravessava o território situado entre o Tejo e o Douro, passando por Idanha-a-Velha, tratando-se não de uma via secundária, ou "vicinalis", mas de uma "via publica", ou seja, de uma via imperial, uma vez que foi construída sob os auspícios de Augusto. CX[X...]/I[MP]/CAESA[R]/DIVI F/AVGVSTVS/C[O]S XII[I]/IMP X[VI?] OU X[VII]. [Ab Emer?] i[ta?] / CX [X ad...?]. / Im[p(erator)] / Caes[r], / Divi f(ilius), / Augustus, / c[o]s. XII[I], / imp(erator) X[VI?] ou X[VII?]. (Seg. Lambrino, Scarlat, op. cit). Estudos mais recentes vem propor uma nova leitura para este monumento: (milia passuum) C[XX.(?)X] / IM[P(erator)] / CAESA[R] / DIVI F(ilius) / AVGVSTV[S] / C[o(n)S(ul)] XI (undecim) / IMP(erator) [VIII (octavo)]. Cento e (vinte e ...?) milhas (desde Mérida). O Imperador César Augusto, filho do Divino, cônsul pela décima primeira vez e pela oitava aclamado imperador. (segundo Curado, 2013)
+
Figura masculina anguípeda
close
  • Nº de Inventário: 2006.355.1
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Escultura
  • Dimensões: Comp: , Alt: 54 cm, Larg: 29,5 cm,
  • Incorporação: Depósito temporário.
  • Descrição: Estátua incompleta de figura masculina despida. Falta-lhe o antebraço esquerdo e o braço direito completo, assim como a extremidade inferior direita e boa parte da esquerda, que acaba de forma recta para apoiar em pedestal de sustentação. O corpo está voltado para a esquerda e apresenta um apoio no ombro esquerdo que sugere a existência de um objecto sustentado com esse mesmo braço, eventualmente uma "buccina". A posição do corpo e da parte conservada dos braços faz pensar na identificação desta figura como elemento de um ciclo composto por outras esculturas em que há uma intencional representação de movimento. De acordo com a tipologia dos seus elementos anatómicos pode ser enquadrado dentro do grupo iconográfico dos gigantes de carácter anguípedo. Tendo em conta o contexto de ninfeu em que se inseria esta escultura, poderá ser também identificado como tritão, sendo de salientar a evidente "contaminatio" entre este tipos iconográficos gigante / tritão. Na Península Ibérica o paralelo mais próximo desta peça é o gigante de Valdetorres de Jarama (Puerta, Elvira e Artigas, 1994), directamente relacionado com o grupo de Silahtaraga na actual Turquia (Chaisemartin 1984).
+
Estatueta feminina
close
  • Nº de Inventário: 2006.355.4
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Escultura
  • Dimensões: Comp: , Alt: 49, Larg: 24,
  • Incorporação: Depósito temporário.
  • Descrição: Estátua incompleta de figura feminina despida. Falta-lhe todo o braço esquerdo e o direito está conservado apenas até ao antebraço. A perna esquerda está também fragmentada, conservada até ao joelho, e a perna direita está fragmentada também por altura do joelho. A cabeça, voltada para a direita, tem um penteado clássico, aberto ao meio com um troço a meia altura do crânio, apertado por uma fita lisa ou taenia. Os olhos são amendoados, com pálpebras carnudas que descaem sobre o globo ocular, que tem a pupila e íris marcadas, dando ao rosto um aspecto sonhador. O corpo está inclinado para a frente, apoiando o peso sobre a perna direita enquanto levanta a esquerda possivelmente para segurar a sandália com a mão direita. O braço esquerdo levantar-se-ia em posição horizontal para apoio em algum elemento que equilibrasse a postura. A posição e características do corpo não deixam dúvidas à identificação desta estátua com Afrodite-Venus a segurar a sandália. Estaria integrada num grupo escultórico de menores dimensões do que aquele a que pertenceria a peça nº 2006.355.1. Os paralelos para esta peça na península Ibérica são abundantes, já que este modelo iconográfico se tornou uma padrão de grande prevalência no tempo. A peça foi encontrada acéfala em escavação, tendo sido possível identificar a cabeça no acervo do Museu Muncipal de Elvas (Souza 1990, nº141), que terá sido separada do corpo em sequência de trabalhos agrícolas, possivelmente na mesma ocasião em que aconteceu o mesmo ao fragmento de braço direito que foi recuperado nos trabalhos de escavação em 1996.
+
Placa funerária de Talassa
close
  • Nº de Inventário: E 8019
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Epigrafia
  • Dimensões: Comp: , Alt: 107, Larg: 51,
  • Incorporação: Mandato legal. Excavações de Manuel Heleno
  • Descrição: Placa de mármore reutilizada, que numa das faces (face A) apresenta decoração vegetalista e na outra (face B) apresenta uma inscrição funerária Paleocristã. Face A: Representa um canto ornamentado por um friso de folhas de acanto enroladas à volta de flores estilizadas, seguidas por uma moldura de gola directa, ornada de folhas estilizadas e por duas molduras simples. Tratava-se, provavelmente de uma placa de ornamentação de uma porta. Face B: No verso desta placa foi gravada uma inscrição funerária. A face foi alisada e a inscrição ocupa só a metade superior da placa. A paginação é alinhada à esquerda e os caracteres são irregulares. Notam-se vários acrescentos à esquerda: as calendas e a era. Inscrição: (cruz) TALÃSA FAMO [sic]/LA DEI VIXSIT [sic]/ ANNOS XLIIII / ET REQVIE (vi)T/ IN PACE XV / CALE[ndas) SEPTEMBRES / ERA __Lxxx II Tradução: Talassa, serva de Deus, viveu 44 anos e repousou em paz no 15º dia das Calendas de Setembro da era de 582 (=18 de Agosto de 544)
+
Glande de chumbo
close
  • Nº de Inventário: 2007.123.54
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Armas
  • Dimensões: Comp: 3,75, Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: Mandato legal. Intervenção arqueológica do Museu, sob a direcção de Manuel Heleno
  • Descrição: Projéctil de funda de forma oliviforme produzido em molde bivalve. Apresenta as marcas transversais da junção das duas metades do molde. As glandes eram lançadas com fundas e constituíam uma das armas de arremesso típicas do exército romano de época republicana.
+
Fíbula de "tipo transmontano"
close
  • Nº de Inventário: 2007.141.3
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Adereços (e objectos de adorno)
  • Dimensões: Comp: 5,3, Alt: 3,92, Larg: ,
  • Incorporação: Mandato legal. Intervenção arqueológica do Museu, sob a direcção de Manuel Heleno
  • Descrição: Fíbula do tipo "transmontano", Schüle 4 h e PONTE32c. Apresenta um arco em naveta invertida, peraltado, de secção semicircular; a moldura longitudinal que o decora é acentuadamente relevada. O pé é curto e o apêndice caudal em balaústre encosta-se ao dorso do arco. O olhal conserva ainda parte do eixo em ferro sobre o qual se enrolava o arame que servia de fusilhão.
+
Fíbula de "tipo transmontano"
close
  • Nº de Inventário: 2007.113.130
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Adereços (e objectos de adorno)
  • Dimensões: Comp: 4,96, Alt: 3,2, Larg: ,
  • Incorporação: Mandato legal. Intervenção arqueológica do Museu, sob a direcção de Manuel Heleno
  • Descrição: Fíbula do tipo "transmontano", Schüle 4 h. e PONTE 32c. Apresenta um arco em naveta invertida, peraltado e decorado nos extremos por molduras contínuas formando dois grupos; um deles termina num olhal e o outro no pé curto, o apêndice caudal é em balaústre decorado com finíssimas incisões. O olhal conserva ainda parte do eixo sobre o qual se enrolava o arame que servia de fuzilhão.
+
Glande de chumbo
close
  • Nº de Inventário: 2007.123.53
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Armas
  • Dimensões: Comp: 4,19, Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: Mandato legal. Intervenção arqueológica do Museu, sob a direcção de Manuel Heleno
  • Descrição: Projéctil de funda de forma oliviforme produzido em molde bivalve. Apresenta as marcas transversais da junção das duas metades do molde. As glandes de chumbo eram lançadas com fundas e constuituíam uma das armas de arremesso típicas do exército romano de época republicana.
+
Braço de estátua
close
  • Nº de Inventário: 17863
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Escultura
  • Dimensões: Comp: 54, Larg: 11,45,
  • Incorporação: Oferta de Luis António Vieira
  • Descrição: Antebraço e mão de uma estátua monumental de bronze. Apresenta-se levemente fletido, com os dedos anelar e médio dobrado, o indicador partido parece apontar ao alto, restando-lhe apenas a falange; o polegar acompanha o movimento do braço e o dedo minímo encontra-se decepado.
+
Ânfora Almagro 51C
close
  • Nº de Inventário: 2006.470.1
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Cerâmica
  • Técnica: Torno
  • Dimensões: Comp: 75cm, Alt: , Larg: 34cm (máx.),
  • Incorporação: Mandato legal. Escavações do Director do MNA, Manuel Heleno.
  • Descrição: Ânfora do tipo Almagro 51C variante C, de perfil completo mas muito fragilizada devido às várias colagens antigas. O bordo é estreito e apresenta um sulco abaixo do lábio muito pouco comum neste tipo de ânforas aproximando-se de certa forma dos tipos análogos à Dressel 28. As asas são curtas e pouco espessas partindo imediatamente abaixo deste sulco, assentando entre a zona do gargalo e do ombro da ânfora. Estas asas apresentam dois sulcos longitudinais pouco profundos. O corpo é genericamente oval, alongando em direcção ao fundo que neste caso não se conserva. Esta ânfora foi encontrada em contexto funerário, junto à sepultura 59 da necrópole da Caldeira em Tróia, mas, ao contrário de outros exemplares, não foi utilizada como sarcófago. Neste caso particular, os fragmentos desta ânfora foram dispostos em torno dos limites superiores da sepultura servindo apenas para sinalizar a existência de um enterramento (ALMEIDA, 2008: pág.97).
+
Ânfora de tipo Lusitana 3
close
  • Nº de Inventário: 997.4.4
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Cerâmica
  • Dimensões: Comp: , Alt: 51,5, Larg: ,
  • Incorporação: Escavação do museu
  • Descrição: Ânfora do tipo Lusitana 3 ou Almagro 51 C variante A. O exemplar encontra-se inteiro e caracteriza-se pelo seu corpo ovóide ou piriforme com um fundo em anel. O bordo é em fita, abaixo do qual partem duas asas curtas e e estreitas que assentam um pouco acima do ombro. O gargalo é muito estreito e estrangulado associado aos contentores análogos de transporte de vinho. Este tipo inspira-se numa produção gaulesa (Gauloise 4) e foi produzida sobretudo nas olarias do Baixo Sado e Tejo. (Segundo João Almeida).
+
Ânfora de tipo Lusitana 3
close
  • Nº de Inventário: 997.4.2
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Cerâmica
  • Dimensões: Comp: , Alt: 45,5, Larg: ,
  • Incorporação: Escavação do museu
  • Descrição: Ânfora do tipo Lusitana 3 ou Almagro 51 C variante A. O exemplar encontra-se inteiro e caracteriza-se pelo seu corpo ovóide ou piriforme com um fundo em anel. O bordo é em fita, abaixo do qual partem duas asas curtas e e estreitas que assentam um pouco acima do ombro. O gargalo é muito estreito e estrangulado associado aos contentores análogos de transporte de vinho. Este tipo inspira-se numa produção gaulesa (Gauloise 4) e foi produzida sobretudo nas olarias do Baixo Sado e Tejo. (Segundo João Almeida).
+
Dupôndio de Augusto
close
  • Nº de Inventário: 2014.23.3
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Numismática
  • Dimensões: Comp: ,
  • Descrição: Dupôndio de Augusto cunhado em "Liberalitas Iulia Ebora". Anverso: Cabeça de Augusto, à esquerda. À volta: PERMISSV CAESARIS AVGVSTI P M. Reverso: Ao centro os instrumentos rituais sacerdotais (pátera, aspergilo, jarro, simpulum e faca). À volta: LIBERALITATIS IVL EBOR.
+
close
  • Nº de Inventário: 2015.2.1
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Numismática
  • Técnica: Cunhagem
  • Dimensões: Comp: ,
  • Incorporação: Escavações arqueológicas
  • Descrição: Asse de Augusto, cunhado em "Liberalitas Iulia Ebora". Anverso: Cabeça de Augusto, à esquerda. À volta: PERM CAES AVG P M. Reverso: dentro de uma coroa de carvalho e distribuída por quatro linhas a legenda: LIBERA / LITATIS / IVLIAE / EBOR.
+
Fragmento escultórico representando um tronco de árvore
close
  • Nº de Inventário: 2006.355.4266
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Escultura
  • Dimensões: Comp: , Alt: 29,5, Larg: 11,5,
  • Incorporação: Depósito temporário.
  • Descrição: Fragmento escultórico representando um tronco de árvore. Apresenta um tronco central, mais espesso, com várias ramificações de pequenos troncos e uma folha, que poderá ser de carvalho, sobreira ou azinheira. Faz parte de um conjunto de dezenas de fragmentos de elementos vegetalistas e de pequenas estátuas. Pelo número e variedade de fragmentos, uma outra hipótese de trabalho não deve ser excluída. Poderão pertencer à estilização de uma árvore em mármore, que forraria uma parede, talvez a parede da cascata no topo sul do ninfeu da "domus" da "villa" e que representaria um bosque a julgar pelas diferentes espécies presentes. Se esta hipótese se confirmasse, essa árvore de mármore constituiria possivelmente um cenário onde se disporiam um conjunto de esculturas na cascata existente no "ninfeu" e por onde circularia a água que corre pelo canal subterrâneo que a liga ao "impluvium" do peristilo.
+
Fragmento escultórico representando um tronco de árvore
close
  • Nº de Inventário: 2006.355.4268
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Escultura
  • Dimensões: Comp: , Alt: 19,2, Larg: 17,
  • Incorporação: Depósito temporário.
  • Descrição: Fragmento escultórico representando um tronco de árvore. Apresenta um tronco central, mais espesso, com duas ramificações de pequenos troncos e folhas, que poderão ser de carvalho, sobreira ou azinheira. Faz parte de um conjunto de dezenas de fragmentos de elementos vegetalistas e de pequenas estátuas. Pelo número e variedade de fragmentos, uma outra hipótese de trabalho não deve ser excluída. Poderão pertencer à estilização de uma árvore em mármore, que forraria uma parede, talvez a parede da cascata no topo sul do ninfeu da "domus" da "villa" e que representaria um bosque a julgar pelas diferentes espécies presentes. Se esta hipótese se confirmasse, essa árvore de mármore constituiria possivelmente um cenário onde se disporiam um conjunto de esculturas na cascata existente no "ninfeu" e por onde circularia a água que corre pelo canal subterrâneo que a liga ao "impluvium" do peristilo.
+
Fragmento escultórico representando folhas e fruto
close
  • Nº de Inventário: 2006.355.4269
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Escultura
  • Dimensões: Comp: , Alt: 8 (maior), Larg: 5,2 (maior),
  • Incorporação: Depósito temporário.
  • Descrição: Quatro fragmentos escultóricos representando folhas de árvore e fruto de várias espécies. As folhas que poderão ser de carvalho, sobreira ou azinheira; o fruto trata-se de uma bolota. Faz parte de um conjunto de dezenas de fragmentos de elementos vegetalistas e de pequenas estátuas. Pelo número e variedade de fragmentos, uma outra hipótese de trabalho não deve ser excluída. Poderão pertencer à estilização de uma árvore em mármore, que forraria uma parede, talvez a parede da cascata no topo sul do ninfeu da "domus" da "villa" e que representaria um bosque a julgar pelas diferentes espécies presentes. Se esta hipótese se confirmasse, essa árvore de mármore constituiria possivelmente um cenário onde se disporiam um conjunto de esculturas na cascata existente no "ninfeu" e por onde circularia a água que corre pelo canal subterrâneo que a liga ao "impluvium" do peristilo.
+
Fragmento escultórico representando uma folha de árvore
close
  • Nº de Inventário: 2006.355.4267
  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Escultura
  • Dimensões: Comp: , Alt: 7,1, Larg: 3,7,
  • Incorporação: Depósito temporário.
  • Descrição: Fragmento escultórico representando uma folha de árvore, provavelmente de carvalho, sobreira ou azinheira. Faz parte de um conjunto de dezenas de fragmentos de elementos vegetalistas e de pequenas estátuas. Pelo número e variedade de fragmentos, uma outra hipótese de trabalho não deve ser excluída. Poderão pertencer à estilização de uma árvore em mármore, que forraria uma parede, talvez a parede da cascata no topo sul do ninfeu da "domus" da "villa" e que representaria um bosque a julgar pelas diferentes espécies presentes. Se esta hipótese se confirmasse, essa árvore de mármore constituiria possivelmente um cenário onde se disporiam um conjunto de esculturas na cascata existente no "ninfeu" e por onde circularia a água que corre pelo canal subterrâneo que a liga ao "impluvium" do peristilo.

Apresentação


A província romana da Lusitânia, uma entidade administrativa criada há mais de 2.000 anos – entre 16-13 a. C. – é talvez uma das menos conhecidas pela historiografia, apesar de ser uma das mais interessantes, devido à sua localização geográfica no Império Romano, como finis terrarum, pela diversidade de povos que a habitavam e recursos endógenos existentes, bem como ao significado político da sua criação. Teve como capital a colónia Augusta Emerita, cidade mandada fundar ex-nihilo, em 25 a.C., pelo próprio imperador Augusto, que incumbiu o seu genro Marcos Agripa de a criar e ali distribuir terras aos veteranos (eméritos) de duas legiões, essencialmente itálicos, que integraram os contingentes militares envolvidos nas guerras de pacificação do noroeste da Península Ibérica, realizadas nos anos 20 do século I a.C. contra os povos Ástures e Cântabros.

Instalada num ponto estratégico do rio Guadiana, a capital desta província articulava a circulação entre outra província, a Bética (atual Andaluzia), as terras do noroeste peninsular e as do eixo meridional em direção à costa atlântica e o seu porto, Olisipo. Augusta Emerita, ao contrário das outras duas capitais da Hispânia romana (Tarraco, atual Tarragona e Carthago Nova, hoje Cartagena) não tinha uma saída direta para o mar, e daí que principalmente Olisipo, atual Lisboa, mas também a restante rede de importantes cidades implantadas junto aos rios Tejo e Sado – Scalabis (Santarém), Salacia (Alcácer-do-Sal) e Cetobriga (Setúbal) – constituíssem um complexo de “portas” de entrada e saída para o grande mar Oceano.

Com a “atlantização” do Império, a partir do governo do imperador Cláudio, em face da necessidade de apoio aos contingentes militares envolvidos na conquista da Britânia e da comunicação com a Germânia Inferior, a posição de finisterra da Lusitânia altera-se, sendo, a partir de então, um espaço de articulação na rota marítima entre o Mediterrâneo e as paragens setentrionais. A Lusitânia tornava-se essencial na criação de um verdadeiro Atlanticum Nostrum que os romanos acrescentaram ao seu Mare Nostrum, o Mediterrâneo.

Esta província romana ocupava então, sensivelmente, grande parte de Portugal, entre o Douro e o Algarve, a atual Extremadura espanhola e uma pequena área da Andaluzia. Quis a História que este território, que os romanos unificaram geográfica, política e administrativamente, ficasse durante séculos repartido por duas nações: Portugal e Espanha. Esta exposição tem por isso como objetivo principal, a partir de uma seleção de bens arqueológicos de inegável importância, dar a conhecer esta Lusitânia romana.

Como todos os projetos, este tem também a sua história, importando recordar que, em 1998, com Adília Alarcão, então diretora do Museu Monográfico de Conímbriga, um dos atuais comissários, José María Álvarez Martínez, gizou o primeiro esboço de um guião, retomado e ampliado em 2013, e agora apresentado ao público, no formato para que foi pensado: o de exposição. A preparação desta exposição internacional conjunta ficou assim cargo de um comissariado renovado, sendo Comissários Científicos da exposição António Carvalho, Diretor do Museu Nacional de Arqueologia, José María Álvarez Martínez, Diretor do Museu Nacional de Arte Romano e Carlos Fabião, Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Importa ainda destacar que em 2013 passaram 40 anos sobre a edição de uma obra sempre essencial para o conhecimento do tema, o Portugal Romano, de Jorge de Alarcão.

Esta exposição é também demonstrativa de um novo conceito que, não olhando aos territórios separados pela fronteira política, recupera as fronteiras históricas romanas que, ao longo das últimas décadas, historiadores e arqueólogos da Antiguidade Clássica, espanhóis e portugueses, mas também de muitas outras nacionalidades, têm afincadamente valorizado no seu trabalho, realizando uma investigação que trata a Lusitânia como um todo. Muitos desses investigadores deram importantes contributos para o catálogo disponível ao público.

Esta dinâmica foi estruturada ao longo de décadas, através da colaboração intensa entre instituições de referência, universidades, museus e investigadores de diversos países, que formam o “Grupo Lusitânia”, e reforçada decisivamente pelo ciclo das “Mesas Redondas da Lusitânia Romana”, iniciado em Talence (Bordéus), em 1988 e, desde a 2.ª edição, realizadas alternadamente em cidades espanholas e portuguesas, com um breve regresso a França (Toulouse), e que teve em Jean-Gérard Gorges um entusiástico dinamizador, acompanhado por outros investigadores.

Este movimento permitiu fomentar e afirmar a criação de uma historiografia emeritense e lusitana, que tem um expoente na série “Studia Lusitana”, instituída pelo Museo Nacional de Arte Romano, e na cooperação entre investigadores, processo no qual esta exposição é simultaneamente um ponto de chegada e de partida para novos projectos.

Reunimos, para apresentar nesta exposição, 207 bens culturais de grande interesse arqueológico, histórico e artístico, pertencentes a museus e instituições culturais – catorze instituições de Portugal e cinco de Espanha – de diferentes tipologias e tutelas. No conjunto, apresentamos peças de museus nacionais, regionais, municipais e de outras instituições, bens fundamentais do seu acervo, muitos deles integrados nas exposições permanentes das entidades emprestadoras e que dificilmente se voltarão a reunir.

Numa museografia muito apelativa, estes bens culturais são apresentados distribuídos por diferentes núcleos: I. O Olhar do Outro; II. O Contacto. O Impacto da Presença Romana; III. A Plena Integração do Território Lusitano; IV. As Cidades Lusitanas; V. Viver em Sociedade; VI. A Economia e as Formas de Produção; VII. A Vida Rural; VIII. As Manifestações Religiosas e IX. A Lenta Transformação.

A exposição termina com a projeção de um audiovisual sobre o “Legado Romano” no território português e da Extremadura espanhola e que se constitui como núcleo X.

A exposição “Lusitânia Romana. Origem de dois povos / Lusitania Romana. Origen de dos pueblos” apresentou-se primeiro no Museu Nacional de Arte Romano, em Mérida, entre 23 de março e 30 de setembro de 2015, e agora mostra-se no Museu Nacional de Arqueologia, em Lisboa de 25 de janeiro a 30 de junho de 2016, integrada agora no programa cultural “Mostra Espanha 2015”. Equaciona-se exibi-la também em Madrid, no renovado Museu Arqueológico Nacional, no verão de 2016.

Esta mostra é o resultado da vontade e do poder executivo de um consórcio que tomou a seu cargo a respetiva organização: o Museu Nacional de Arte Romano, o Museu Nacional de Arqueologia e a Junta da Extremadura, com a colaboração científica da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, suportados pela Direção-Geral do Património Cultural do Ministério da Cultura, em Portugal, por distintas Direções Gerais do Ministério de Educação, Cultura e Desporto e Junta de Extremadura, em Espanha, além de outras instituições da cultura e turismo de ambos os países.

Todos os bens culturais expostos são segurados pela Lusitania Seguros, mecenas institucional da Direção-Geral do Património Cultural português.

Esta exposição é acompanhada por um catálogo com textos de investigadores de cinco países, simultaneamente uma síntese e atualização da investigação realizada nas últimas décadas, publicado no âmbito da parceria editorial existente com a Imprensa Nacional-Casa da Moeda. Uma excelente oportunidade para mostrar o legado romano na Lusitânia, com o fim de suscitar e ampliar o interesse do público e da comunidade científica internacional pelo tema.

Roma trouxe consigo e expandiu a sua ideia de Estado e a sua Cultura a todo o território peninsular, articulando uma rede de infraestruturas e gerindo um tecido político, administrativo e religioso com a figura da cidade como eixo fundamental. Este feito histórico dilatou-se ao longo de cinco séculos e do seu legado patrimonial disfrutam hoje tanto o Reino de Espanha como a República Portuguesa. De forma especial, a província da Lusitânia é um paradigma de uma realidade cultural que une ambos os estados. Os vestígios arqueológicos reunidos, bens culturais únicos que se mostram agora no Museu Nacional de Arqueologia têm como função fundamental: contar a história da antiga ocupação humana do território da Lusitânia hoje a maior parte de Portugal e parte de Espanha.

Em Lisboa. No Museu Nacional de Arqueologia. De 26 de janeiro até 30 de Junho de 2016.

Ficha Técnica


Comissariado científico:

José María Álvarez Martínez, Director do Museu Nacional de Arte Romano, Mérida

António Carvalho, Director do Museu Nacional de Arqueologia, Lisboa

Carlos Fabião, Professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Trinidad Nogales, Consejera de Educación y Cultura. Junta de Extremadura