A Arte do Bordado

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Apresentação

O Bordado nas colecções de Traje Civil e Acessórios do Museu Nacional do Traje

As colecções de traje e acessórios do Museu Nacional do Traje possuem muitos e interessantes exemplares de tecidos bordados, os quais se revelam como expressão de luxo, distinção, requinte, estética e arte.

Integrando algumas peças datadas do século XVII, as colecções são, porém, essencialmente formadas por peças que, a partir do século XVIII, atingem um nível de execução e de originalidade decorativa impressionantes.

O bordado manteve-se sempre, embora com variantes nos tons e nos materiais, nas temáticas decorativas e com técnicas de maior ou menor dificuldade, como um dos trabalhos preferidos para decorar o vestuário. Enriquece e salienta determinados elementos e zonas do corpo, enfatizando elementos em cada peça: acentua mangas, decotes, golas, punhos ou barras inferiores de saias. É ainda usado para marcar as peças com monogramas ou para escrever mensagens, como é o caso dos populares lenços de namorados.

Alguns pontos de bordado representados são também comuns a diversos tipos de bordados regionais, como os bordados de Tibaldinho, Viana do Castelo, Caldas da Rainha, Castelo Branco ou Nisa. No entanto, a selecção aqui apresentada cinge-se a peças de traje civil e acessórios.

Na identificação e classificação dos bordados consideram-se os materiais, as técnicas e os temas decorativos. As peças seleccionadas são exemplos da variedade de objectos, diversidade de materiais, fios, técnicas e pontos desde o século XVIII até à actualidade.

Xénia Flores Ribeiro