Confrontos, Dessacralização e Vanguarda

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Adoração dos Reis Magos
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  • Nº de Inventário: 1728
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Pintura
  • Autor: Oficina do Convento de Jerónimos do Espinheiro, Évora
  • Suporte: Madeira de Carvalho.
  • Técnica: Óleo sobre madeira de carvalho.
  • Dimensões: Comp: , Alt: 143, Larg: 92,
  • Incorporação: Desconhecido
  • Descrição: A pintura representa duas cenas distintas: a cena bíblica da Epifania - Adoração dos Reis Magos - e um famoso milagre local da aldeia de Açores (Celorico da Beira). Toda a composição é integrada num espaço compositivo aberto ao ar livre e as figuras apresentam uma caracterização naturalista. À direita da composição a Virgem Maria sentada segura o Menino com a mão esquerda enquanto a direita repousa sobre o peito. Veste túnica violácea sob um longo manto azul debruado de perlados e fios de ouro. A cabeça apresenta-se resplendorada. Ao centro reflexionado aos pés da Virgem o mago mais idoso veste manto de veludo sobre túnica verde. Do lado esquerdo, de pé o mago mais jovem, usa barrete vermelho, sob capa escura veste uma delicada túnica creme de mangas largas. A mão direita segura uma píxide em ouro. No canto superior esquerdo, em espaço reduzido representação do milagre do Açor; seis figuras compõem a cena, cinco de pé e uma de joelhos. A lenda evoca a história de um pajem a quem um certo monarca que acabara de perder o filho mandou que lhe fossem cortadas as mãos por ter deixado voar um dos seus açores na altura em que se velava o corpo; o pajem invocou a Virgem Maria, que não só ressuscitou o infante mancebo como fez regressar o açor, que veio pousar nas mãos do pajem que iam ser decepadas. Aqui representado temos o momento em que os homens, ao redor do pajem, se preparam para lhe decepar as mãos. Obra de excelente qualidade é inquestionavelmente do ciclo Frei Carlos oficina do Espinheiro do 1º terço do séc. XVI. Trata-se, no entanto, de uma obra com carácter oficinal e coletivo dessa "escola" conventual, retardatária, muito influenciada por modelos tardogoticistas brugenses.
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Alabarda
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  • Nº de Inventário: 880
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Armas
  • Autor: Autor não identificado
  • Dimensões: Comp: , Alt: 38,5, Larg: ,
  • Incorporação: Desconhece-se o nome do doador.
  • Descrição: Ponta flamejante, atravessada por uma lâmina com uma extremidade em forma de meia lua, opondo-se-lhe do outro lado uma lâmina em forma de coração. Espigão, acha, bico e encabadouro forjados numa só peça. O encabadouro tem dois orifícios. O cabo é recente, e tem secção circular.
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Punhal
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  • Nº de Inventário: 896
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Armas
  • Autor: Autor não identificado
  • Dimensões: Comp: 29,2,
  • Incorporação: De António Coelho Moura
  • Descrição: Punhal baioneta de lâmina muito pontiaguda de secção em diamante, de dois gumes, vazada, com chamariz de caça. Este é constituído por dois orifícios circulares que atravessam a lâmina. Entre estes uma forma retangular? vazada preenchido parcialmente por uma lâmina de cobre de forma retangular; em volta pequenos furos fazendo uma decoração à base de arabescos. No local do guarda - mão, pequena formação em forma de losango. Punho em bronze vazado e gravado tendo ao centro "tiras" de marfim intercaladas com "tiras" de bronze. O punho apresenta na forma que o determina como sendo punhal baioneta, próprio para introduzir no cano da espingarda.
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Bainha de punhal
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  • Nº de Inventário: 2197
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Armas
  • Autor: Autor não identificado
  • Dimensões: Comp: 26,5, Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: Desconhecido
  • Descrição: Bainha de punhal, de forma triângular, toda de rebatidos à base de uma decoração floral, com pássaros (pavões) e cornucópias de flores. Tem guarda-lama reforçado e espigão para suspensão de cinto.
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Bacamarte
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  • Nº de Inventário: 734
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Armas
  • Autor: Autor não identificado
  • Dimensões: Comp: 87,5, Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: De António Coelho Moura
  • Descrição: Tromblou ou Bacamarte de Pederneira Boca de Sino. Cano quintavado na primeira metade, cilindrico na segunda alargando no sentido da boca. A separar as duas metades um anel concêntrico. Possui cauda com parafuso para fixar. o cano é de alma lisa. O fuste acompanha o cano até á boca deste. O fecho é de pederneira chamado de "fecho à francesa". A protecção do couce, o guarda-mato, o cano e o canudo da vareta são em bronze. No lado oposto ao cão tem um espigão em ferro para suspender na sela.
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Espingarda
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  • Nº de Inventário: 894
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Armas
  • Autor: Autor não identificado
  • Dimensões: Comp: 138,5, Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: De António Coelho Moura
  • Descrição: Espingarda pederneira militar inglesa. Cano cilindrico e liso em toda a sua extensão. possui cauda com parafuso para fixar. O cano é de alma lisa. No cano trés punções: duas iguais duas lanças cruzadas e coroadas (punções Birmingham), a outra uma coroa. O fuste acompanha o cano até 11 cm da boca do cano. A protecção do couce, o guarda-mato, a contra-chapa do fecho, o remate do fuste e o canudo da vareta são em bronze. No guarda-mato e no fuste duas presilhas para passar correia para suspender a arma ao ombro. O fecho é de pederneira, o chamado "fecho à francesa". Na chapa do fecho, à frente do cão: JR coroado. Tem vareta, que não pertence à arma, pois é muito mais pequena que o cano da espingarda.
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Espingarda
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  • Nº de Inventário: 733
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Armas
  • Autor: Autor não identificado
  • Dimensões: Comp: 125, Alt: , Larg: ,
  • Incorporação: De António Coelho Moura
  • Descrição: Espingarda de percussão. Epingarda de pederneira transformada em percussão. Cano quintavado até 34 cm de comprimento passando a partir daí a ser cilindrico até ao final. A separação faz-se por círculo de pontos, dois círculos concêntricos que delimitam decoração floral. Nas trés faces mais largas do cano a partir da cauda que é delemitada por decoração vegetal. A seguir cinco punções: duas flores de liz, um leão rompante para a esquerda e uma indecifravél, e NEGIEYO coroado. A seguir inscrutações a prata de motivos florais e ntre elas a legenda: ECHO EN CAZORLA ANO 1825 Tem ponto de mira a 2,5 cm da boca da espingarda. Do ponto de mira saem pétalas incrustadas em prata. O fuste acompanha o cano até 52 cm da boca do cano. No cano do apoio da vareta no respectivo canudo, em prata saiem para o cano motivos vegetalistas - folhas. O fuste tem uma braçadeira em prata acrescentada posteriormente ?. A cauda tem um prego para fixar e é decorada com motivos vegetalistas. A alma é lisa. O fecho era de pederneira e foi transformado em percussão. O cão tem a forma de serpente e o teiró é o rabo da serpente entrelaçado. Na chapa do fecho por baixo da mola real: GARCIA 1833. A tampa da caçoleta é dentada. O pé do cão, a mola do fuzil, o guarda-mato, a chapa do fecho e a contra-chapa são decoradas com motivos vegetalistas. Atrás da cauda entalhados na madeira motivos vegetalistas. O delgado é decorado com quadriculas pequenas feitas na madeira. O couce é entalhado e tem gravado: J.M . Tem vareta que não pertence à arma pois é mais curta que o cano da arma.
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Cabeça degolada de São Paulo de Tarso (titulo iconográfico); Cabeça de S. Paulo (titulo vulgarizado).
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  • Nº de Inventário: 1723
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Pintura
  • Autor: Autor não identificado
  • Suporte: Cobre.
  • Técnica: Óleo s/ cobre.
  • Dimensões: Comp: , Alt: 24,7, Larg: 20,6,
  • Incorporação: Do Dr. Alfredo Filipe
  • Descrição: Cabeça de São Paulo, para a esquerda, degolada. A cabeça apresenta cabeleira castanha e longas barbas esbranquiçadas. Mancha de sangue na parte inferior do pescoço, cabeça aureolada com a inscrição S. PABLO. As letras IHS repetem-se por três vezes na parte inferior da pintura. Esta pintura enquadra-se na chamadas "obras de devócio" da Escola Andaluza.
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Santa Luzia Siracusa e Santa Mártir (titulo iconográfico); Santa Luzia e Santa Mártir (titulo vulgarizado).
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  • Nº de Inventário: 1731
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Pintura
  • Autor: Mestre desconhecido à maneira de Agostino Carracci
  • Suporte: Madeira de castanho.
  • Técnica: Óleo s/ madeira de castanho.
  • Dimensões: Comp: , Alt: 143,5, Larg: 92,5,
  • Incorporação: Desconhecido
  • Descrição: Santa Luzia e Santa Mártir, figuras de corpo inteiro, meio perfil com as cabeças levemente viradas, mantos vermelhos. Santa Luzia segura na mão direita bandeja com olhos, na mão esquerda palma; Santa Martir à direita, tem na mão esquerda um livro e na direita uma palma. Entre as duas figuras esteve colocado, a crer nas marcas visiveis de pregos, um elemento de escultura adossado ao suporte (eventualmente um Cristo crucificado).
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Anunciação
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  • Nº de Inventário: 17 - D
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Pintura
  • Autor: Autor não identificado
  • Suporte: Madeira de carvalho
  • Técnica: Óleo sobre madeira de carvalho
  • Dimensões: Comp: , Alt: 128, Larg: 62,
  • Descrição: Pintura representando a Anunciação do Arcanjo Gabriel à Virgem Maria, anjo ajoelhado em primeiro plano à esquerda, a Virgem vestida de túnica rosa e manto verde escuro, ajoelhada de mãos cruzadas. À direita entre os dois, livro sobre almofada, com ramo de flores brancas em jarra de prata atrás, no canto inferior esquerdo bastão dourado à volta do qual se enrola uma fita branca com os dizeres: AVE GRATIA PLENA. Um tapete de motivos florais em fundo vermelho cobre parte do chão. Ao fundo, parede de pedra cinzenta com contraforte, com abertura ao centro, por onde se vislumbra paisagem montanhosa. Na parte superior, o Espírito Santo sob a forma de pomba, faz incindir um faixe de luz sobre a Virgem; rodeiam-no quinze anjos sobre nuvens dos quais um à esquerda toca alaude e três à direita tocam respetivamente uma harpa, e dois instrumentos sopro de madeira, enquanto outro canta, segurando partitura.
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Visitação
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  • Nº de Inventário: 18 - D
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Pintura
  • Autor: Autor não identificado
  • Suporte: Madeira de carvalho
  • Técnica: Óleo sobre madeira de carvalho
  • Dimensões: Comp: , Alt: 128, Larg: 103,
  • Descrição: Pintura representando a Visitação da Virgem Maria a sua prima Isabel. No plano central, a Virgem à esquerda, abraça a sua prima Santa Isabel. À esquerda dois homens, um com roupas amarelas e outro com turbante e roupas vermelhas abraçam-se, ambos se apresentam barbados. No lado direito duas jovens observam a cena. Em terceiro plano fundo de céu azul e arquitetura de edifício.
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São João Baptista
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  • Nº de Inventário: 1733
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Pintura
  • Autor: Mestre desconhecido, círculo de André Reinoso, (1610-1650).
  • Suporte: Madeira de castanho
  • Técnica: Óleo sobre madeira de castanho
  • Dimensões: Comp: , Alt: 128, Larg: 53,
  • Incorporação: Desconhecido
  • Descrição: Pintura representando São João Batista, de corpo inteiro, de pé segurando com ambas as mãos uma faixa com a legenda: "ECCE AGNUS DEI EC...". Vestido de pele e manto vermelho, segura na mão esquerda vara com remate em cruz. Fundo de paisagem com o céu cheio de nuvens.
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Santa Teresa de Ávila
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  • Nº de Inventário: 971
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Escultura
  • Autor: Autor não identificado
  • Técnica: Escultura de madeira
  • Dimensões: Comp: , Alt: 55, Larg: 24,5,
  • Incorporação: Desconhecido
  • Descrição: Escultura representando Santa Teresa de Jesus ou de Ávila, de corpo inteiro, de pé, vestes de freira da ordem carmelita e calçada com sandálias. Mãos em falta. Ao nível dos joelhos orifício circular tapado (que parece nada ter a haver com um relicário).
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Nossa Senhora da Conceição
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  • Nº de Inventário: 1738 - A
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Escultura
  • Autor: Autor não identificado
  • Suporte: Madeira
  • Dimensões: Comp: , Alt: 33, Larg: 20,
  • Incorporação: Desconhecido
  • Descrição: Escultura representando a Virgem Maria sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, de corpo inteiro, de pé, com longos cabelos ondulados, as mãos postas em oração (amovíveis). Roupagens pintadas imitando o estufado; capa dourada com motivos florais a azul, vestido dourado com motivos florais a azul e vermelho. Sob os pés a Lua, nuvens e uma cabeça de anjo. Escultura completamente repolicromada, sendo visivéis diversas carnações na face.
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Santo António com o Menino
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  • Nº de Inventário: 1747
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Escultura
  • Autor: Autor não identificado
  • Suporte: Madeira
  • Dimensões: Comp: , Alt: 53, Larg: 21,
  • Incorporação: Desconhecido
  • Descrição: Escultura representando Santo António com o Menino Jesus, de corpo inteiro, de pé, cabelo escuro com tonsura, hábito da ordem franciscana, capuz pendente até aos pés, a mão direita erguida segurando cruz (em falta), na mão esquerda sustenta um livro fechado, sobre o qual está sentado o Menino Jesus, desnudo, de cabelos cacheados, a mão direita no peito de Santo António enquanto a esquerda repousa sobre o seu próprio peito. Assenta em pedestal marmoreado de forma quadrangular.
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Nossa Senhora da Conceição
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  • Nº de Inventário: 1748
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Escultura
  • Autor: Autor não identificado
  • Suporte: Madeira
  • Dimensões: Comp: , Alt: 31,8, Larg: 10,5,
  • Incorporação: Desconhecido
  • Descrição: Escultura em madeira representando a Virgem Maria sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição; de corpo inteiro, de pé sobre crescente lunar, de mãos postas em oração.
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Torso de estátua couraçada
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  • Nº de Inventário: 1091
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Escultura
  • Autor: Autor não identificado
  • Dimensões: Comp: , Alt: 1250, Larg: 60,
  • Incorporação: Encontrada sob o pavimento da Capela de Nossa Senhora do Mileu.
  • Descrição: Torso de estátua que enverga uma couraça. Do ombro direito pende a correia de uma espada, ou gládio, cujo punho é ainda visível. O paludamento é apertado por uma fíbula. Na couraça vê-se, apenas, a representação de um dos vários centauros com que era decorada. Os pterígios conservam uma cabeça de lince visível na fila superior do lado direito.
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Bula Alius (?)
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  • Nº de Inventário: 151 - D
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Espólio documental
  • Autor: Autor não identificado
  • Suporte: Pergaminho.
  • Técnica: Manuscrito.
  • Dimensões: Comp: , Alt: 38, Larg: 65,
  • Descrição: Bula do Papa Gregório XV à Misericórdia de Algodres. Segundo indicação apensa a esta é a Bula de Instituição da Santa Casa da Misericórdia de Algodres. Bula Alius (?) vices gerents do papa Gregório XV Bula em pergaminho em que a parte superior da mesma é decorada. Selo pendente em chumbo. O selo tem numa das faces: uma cruz encimada pelas letras AE, e ladeada por duas figuras barbadas e laureadas. Na outra face: GREGORIVS PAPA XV.
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Bula Considerantes Nostre Mortalitatis
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  • Nº de Inventário: 152 - D
  • Museu: Museu da Guarda
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Espólio documental
  • Autor: Autor não identificado
  • Suporte: Tinta sobre pergaminho.
  • Técnica: Manuscrito.
  • Dimensões: Comp: , Alt: 38, Larg: 65,
  • Descrição: Bula Considerantes Nostre Mortalitatis. Bula do Papa Clemente X à Misericórdia de Algodres. Bula onde é concedido privilégio à Santa Casa da Miseiricórdia de Algodres. Bula em pergaminho em que a parte superior é decorada. Selo pendente em chumbo. O selo tem numa das faces: Ao centro cruz, ladeada por duas figuras barbadas. Na outra face: CLEMENS PAPA X.

Apresentação

O confronto dos artistas plásticos, Albuquerque Mendes e Júlio Cunha, convidados expressamente pelo Museu para esta acção, com alguns objectos da colecção, produziu peças de arte contemporânea, pintura, escultura, e instalações compondo assim, uma nova linguagem, uma nova leitura sobre os objectos de arte e uma renovada exposição. Através de um jogo de representações cuja estética se funde com a cultura e formas clássicas formulou-se um discurso interpretativo, uma fusão de culturas, mas também e sobretudo um diálogo entre tempos, espaços, formas, funções. A produção artística contemporânea dialogou com as obras de Arte Sacra e evidenciou a função pluricultural que cada vez mais é atributo das instituições museológicas. A exposição permitiu reflectir sobre diversas questões nomeadamente a relação do homem com o tempo - observável nos objectos produzidos - as fronteiras entre as diversas tipologias artísticas e até mesmo, o papel actual dos museus. Albuquerque Mendes e Júlio Cunha, estimulados e confrontados com registos artísticos e históricos de épocas e temáticas diversas, presentes na exposição permanente do Museu da Guarda, veicularam processos culturais onde a emergência do tempo presente foi celebrada em novas trajectórias artísticas. As obras de Albuquerque Mendes e Júlio Cunha deslocaram e reconfiguraram as obras de arte em contexto museológico, ao mesmo tempo que estabeleceram uma interdependência com elas e com a arquitectura do espaço expositivo. A exposição abriu-se ainda à reflexão sobre a importância do objecto artístico, à forma como o entendemos, ao seu sentido, à sua utilidade e à relação presente passado.

Ficha Técnica

Coordenação: Dulce Helena Pires Borges. Montagem: Júlio Cunha; Equipa do Museu da Guarda.