Escultura funerária

• Museu: Museu Nacional de Etnologia
• Nº de Inventário: AN.086
• Super Categoria: Etnologia
• Categoria: Ritual
• Autor: Autor desconhecido
• Datação: Século 20
• Dimensões (cm): Alt. 26
• Descrição: Escultura em pedra representando um homem (apenas da cinta para cima). A mão esquerda apoia na cinta, e a direita encostava a face; todo o braço e mão estão quebrados. Na cabeça o barrete é de copa cortada a direito e guarnecido de 3 sulcos anelares contíguos, e de saliência na periferia e centro do alto da copa.
• Origem/Historial: «No século XIX, os Bacongo de ambos os lados da foz do rio Congo começaram a esculpir figuras em pedra de sabão local empregando técnicas e motivos inspirados na tradição mais antiga da escultura em madeira. A arte da pedra despareceu por volta de 1930; tanto os estudiosos desta matéria como os informantes locais nãos sabem ao certo a utilização que era dada a tais figuras. Foram sempre encontradas em sepulturas e podem muito bem ter servido para homenagear o falecido; eram provavelmente chamadas "ntadi", palavra derivada de "tadi", "pedra", mas talvez também se referissem a "tala", "olhar", sugerindo que as figuras eram testemunhas, neste mundo, do falecido no outro. Algumas delas, contudo, eram usadas como "minkisi" depois de os "remédios" terem sido acrescentados, e outras eram feitas como "artigos de luxo" e compradas como tal por chefes do interior que as levavam para casa depois de frutuosas expedições comerciais à costa. As temáticas "ntadi" preferidas representavam uma figura de mãos justapostas, como se estivesse a rezar; o chefe de barrete enfeitado com garras de leopardo e de queixo encostado na mão na pose denominada "kyadi", "pesar"...» (MacGaffey, 2000: 54)