São Jerónimo

  • Museu: Museu de Lamego
  • Nº de Inventário: 122/23
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Pintura
  • Autor: Autor desconhecido (Pintor)
  • Datação: Século 17
  • Suporte: Tela
  • Técnica: Pintura a óleo
  • Dimensões (cm): Alt. 86 x Larg. 80
  • Descrição: A pintura integra o vasto programa pictórico que anima a capela de São João Batista. O presente exemplar situa-se num dos 16 caixotões do teto. De entre as várias facetas que assume a rica iconografia de São Jerónimo, que é uma das preferidas pela arte cristã, é aqui tratada a sua vertente de penitente no deserto, sendo que as outras são o sábio na sua cela e o doutor da Igreja. “Numa solidão queimada pelo ardor do sol, só tinha por companheiros os escorpiões e as feras selvagens, em imaginação me misturei nas danças das raparigas romanas. O jejum demarcava o meu rosto, mas o meu coração ardia de desejos. Desprovido de todo o socorro, ajoelhei-me aos pés do crucifixo que reguei com lágrimas, e durante semanas de jejum tentei dominar a carne rebelde. Não deixava de golpear-me o peito até que recuperava a calma...”. Seguindo o relato do episódio, São Jerónimo figura diante de um crucifixo, anacoreta, semi-despido, com um panejamento branco a cobrir-lhe a nudez e um manto vermelho dobrado sobre o braço esquerdo com que segura o crucifixo. Com a mão direita bate no peito, já ferido, com uma disciplina. Sobre uma mesa, à direita, surge uma caveira, simbolizando a penitência e a efemeridade da vida, e um livro, aludindo à sua faceta de doutor da Igreja. Ao fundo, emerge um clarão a envolver o crucifixo e a cabeça nimbada do Santo, interrompendo a penumbra do plano de fundo.
  • Incorporação: (Mosteiros extintos) Mosteiro das Chagas, de Lamego.

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