Kratêr-de-sino de estilo ático de figuras vermelhas

  • Museu: Museu Nacional de Arqueologia
  • Nº de Inventário: 982.58.138
  • Super Categoria: Arqueologia
  • Categoria: Cerâmica
  • Autor: Círculo do Pintor dos Tirsos Negros (-)
  • Datação: 375a.C/350 a.C
  • Dimensões (cm): Alt. 26 x Larg. 28 x Diâm. 14 (pé)
  • Descrição: Kratêr em forma de sino, em cerâmica grega ática de figuras vermelhas, atribuídas ao Pintor dos Tirsos Negros. É constituído por um pé decorado com uma banda negra larga; o bordo é extrovertido. Apresenta apenas uma asa, sendo que a outra desapareceu; sob a asa, nos pontos de junção ao vaso, desenvolvem-se dois circulos, debaixo dos quais se encontram palmetas. O vaso apresenta duas cenas que são rematadas por bandas preenchidas com linhas labirínticas. A cena "A" é uma cena de "symposion" em que intervêm três personagens. Distingue-se um pé à direita, e uma cabeça com cabelos negros e encaracolados (banqueteadores); à esquerda encontra-se um outro banqueteador. Ao centro da composição surge uma figura quase imperceptível. A cena "B", bastante mutilada, é composta por três figuras drapeadas: do lado direito é visível uma cabeleira negra e encaracolada, bem como um braço; do lado esquerdo é visível um vestido. Ao centro, a figura é particamente imperceptível. (segundo ROUILLARD, 1988-1989)
  • Origem/Historial: O cemitério pré-romano do Senhor dos Mártires foi casualmente descoberto em 1874 e depois nos anos 20 do século XX escavado por Virgílio Correia. As formas de enterramento por ele observadas distingue quatro tipos diferentes: em urna cinerária de cerâmica coberta por uma espécie de prato em tronco de cone; em urna cinerária de gola curta e estreita coberta por uma laje de xisto ou por uma tampa de cerâmica de covo semiesférico e abas direitas, colocada sobre a rocha do fundo em cavidades ovais ou elípticas; constituído por uma aglomeraçáo de cinzas e ossos assentado directamente sobre a rocha do fundo ou na terra; constituído por uma escavação rectangular aberta na rocha do fundo no interior da qual se encontra recortada uma outra, mais pequena, do mesmo formato, contendo cinzas, fragmentos ósseos, armas, jóias e vasinhos rituais. Posteriores trabalhos de Cavaleiro Paixão nos anos 60 não permitiram referenciar um número e uma variedade de enterramentos intactos que permitisse confirmar integralmente a tipologia apresentada por Correia, tendo sido escavado um conjunto de vinte e sete sepulturas de incineração. (Ficha do Portal do Arqueólogo)
  • Incorporação: Campanha arqueológica

Bibliografia

  • CORREIA, Vergílio - " As fíbulas da Necrópole de Alcácer do Sal ", in Acta Universitatis Conimbrigensis - OBRAS - vol. IV. Coimbra: 1972
  • CORREIA, Vergílio - "Alcácer do Sal", in Obras - v. 4. Coimbra: Universidade, 1972
  • PEREIRA, Maria Helena da Rocha; Com. cientifica - Vasos Gregos em Portugal, Aquém das colunas de Hércules. Lisboa: IPM, 2007
  • ROUILLARD, Pierre - "Les vases grecs d' Alcácer do Sal (Portugal), O Arqueólogo Português, s.4, vol 6/7. Lisboa: 1988-1989

Exposições

  • De Ulisses a Viriato - Primeiro Milénio a.C.

    • Museu Nacional de Arqueologia
    • 17/5/1996 a 1/6/1997
    • Exposição Física
  • Vasos Gregos em Portugal. Aquém das colunas de Hércules

    • Museu Nacional de arqueologia
    • 26/1/2007 a 9/9/2007
    • Exposição Física
  • Vasos Gregos em Portugal - Aquém das Colunas de Hércules

    • Exposição Online

Multimédia

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