Xairel de Arreio de montada de cavalaria para Cortesias do século XVIII

• Museu: Museu Nacional dos Coches
• Nº de Inventário: A 2914
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Meios de transporte
• Autor: Autor desconhecido (-)
• Datação: 1750/1800
• Dimensões (cm): Alt. 55 x Larg. 105
• Descrição: Xairel rectangular contracurvado na parte inferior, onde os ângulos são arredondados, e com um recorte em arco na extremidade oposta, em veludo de seda cor-de-vinho, bordado e franjado a prata e duplamente forrado a estopa. A franja, colocada a cerca de 35 mm das orlas, define o perímetro da peça com excepção do recorte superior. Segue-se-lhe um filete bordado a prata deitada sobre cartão, que define exteriormente os limites do bordado de cariz fitomórfico. este, ocupa a quase totalidade do veludo, sendo dominado por motivos vegetalistas estilizados, definidos por linhas ziguezagueantes e contracurvadas. Em todos eles, os contornos foram bordados a prata deitada sobre cartão, que produzem um forte contraste em relação aos campos rebaixados e bordados de modo descontínuo (espécie de encanastrado ou embutido). A alternância da prata com o fundo cor-de-vinho concorre também para a grande plasticidade da peça. O forro apresenta algumas lacunas e rasgões, e foi reforçado ao centro, junto ao recorte em arco, por remendo de linho. À estopa foram cosidas trës placas quadrangulares de couro, cada qual com sua fivela em metal fundido e muito oxidado. Ainda no reverso, foram aplicadas duas fitas de algodão. O xairel é uma manta feita de tecido ou couro, de formato tendencialmente retangular que cobre a garupa do cavalo atrás do selim. Era colocada por baixo ou junto a este para evitar ferimento ou atrito no dorso do cavalo. Peça de Arreio de cortesias isto é um arreio de montada de cavalaria, ricamente adornado, com que são ajaezados os cavalos para o desfile inicial da corrida de touros à portuguesa designado por cortesias.
• Incorporação: Adquirido a José António Torquato de Freitas