Dança no bosque

  • Museu: Museu Nacional do Azulejo
  • Nº de Inventário: MNAz 6346 Az
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Cerâmica
  • Autor: P.M.P. / Mestre P.M.P. (act.1717 - 1730) (-)
  • Datação: 1700/1730
  • Técnica: Faiança
  • Dimensões (cm): Alt. 114 x Larg. 248
  • Descrição: Painel de azulejos de composição figurativa em faiança monocromática: azul sobre branco. A metade esquerda do painel é ocupada por uma representação de uma cena campestre: três personagens masculinas e três femininas dançam formando uma roda enquanto dois jovens, situados no canto esquerdo da cena, sentados num tronco de árvore tocam flauta e tambor. O segundo motivo, também uma cena campestre, tem ao centro uma fonte piramidal composta por cavalos, golfinhos, sereias e concheados. Do lado esquerdo um par, formado por uma dama e um cavalheiro, passeia, enquanto que do lado direito da fonte dois cavalheiros conversam empunhando espadas. Por trás destes últimos, em segundo plano, um palácio. Cercadura com enrolamentos de acanto, putti e cariátides nos limites laterais, envolve as cenas do painel.
  • Origem/Historial: "Obra atribuída ao monogramista P.M.P., este painel é um dos exemplos da expressão galante associada à pintura deste mestre, cuja identidade permanece ignorada, oculta nas iniciais que empregava para assinar as suas obras. Ainda que ainda não seja possível associar-lhe um nome, a sua pintura é facilmente identificada, conhecendo-se outros pintores que o copiaram, mas sem a sua graciosidade. O mundo que este pintor nos legou é o de um quotidiano de prazeres simples, de gestos repetidos, mas que garantem a segurança que só a rotina sabe imprimir. As imagens deste pintor são, normalmente convencionais, estáticas, momentos arrancados de uma vida idealizada, mas que servia de referente a uma sociedade que nela buscava a sua identidade. Assim, o motivo denominado Dança no Bosque, ainda que se afaste das imagens habituais deste autor, surge, igualmente, num painel que integra o espaço da Sala dos Brasões, do Palácio da Vila de Sintra, conjunto também da sua autoria. A força da música e dos gestos parece evocar as imagens que nos foram legadas pela pintura flamenga e holandesa, provavelmente a fonte de inspiração para esta representação, o que constituiria uma excepção na habitual iconografia francesa que serviu de referente a este artista.(...)" Vide Bibliografia: Pais, Alexandre, A Água no azulejo português do século XVIII
  • Incorporação: Adquirido à Congregação das Irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre.
  • Centro de Fabrico: Lisboa, Portugal

Bibliografia

  • A Arte do azulejo em Portugal, catálogo de exposição. Lisboa: Instituto Camões-Museu Nacional do Azulejo, 2000
  • SIMÕES, João Miguel dos Santos - Azulejaria em Portugal no século XVIII. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1979
  • A Água no azulejo português do século XVIII, Museu da Água - Mãe d'Água das Amoreiras, Lisboa, 18 de Setembro de 2014 a 30 de Junho de 2015, MNAz, EPAL, Museu da Água, 119 págs.

Exposições

  • As Colecções do Museu Nacional do Azulejo, Lisboa

    • Centro Cultural FIESP - São Paulo - Brasil
    • 7/4/2008 a 20/7/2008
    • Exposição Física
  • A Água no azulejo português do século XVIII

    • Museu da Água - Mãe d'Água das Amoreiras, Lisboa
    • 18/9/2014 a 30/6/2015
    • Exposição Física
  • José Meco e o Azulejo . Um Percurso Bibliográfico

    • Museu Nacional do Azulejo, Lisboa
    • 4/7/2017 a 14/1/2018
    • Exposição Física
  • O Azulejo em Portugal | Uma História em Aberto

    • MUSEU MUNICIPAL DE TAVIRA|PALÁCIO DA GALERIA
    • 15/11/2025 a 30/5/2026
    • Exposição Física

Obras relacionadas

Multimédia

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