Cabeçada com freio solidário e cisgola do Arreio de montada de cavalaria para Cortesias do Marquês de Marialva

• Museu: Museu Nacional dos Coches
• Nº de Inventário: A 1755
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Meios de transporte
• Autor: Autor desconhecido (-)
• Datação: Século 18
• Técnica: Bronze fundido em molde, soldado, cinzelado e dourado.
• Dimensões (cm): Alt. 56 x Larg. c. 17 x Prof. c.17
• Descrição: Atenção: Esta peça encontra-se solidária com as respectivas rédeas (A 1951) e com um freio que não pertence ao conjunto (A 1106). Cabeçada de couro revestida a veludo de seda carmesim, com guarnições e fivelas em bronze dourado utilizada nas cortesias na arte da tauromaquia. Focinheira, frontal, testeira e cisgola são decorados com pequenas peças em bronze, de formato oval e em "cauda de andorinha", dispostas em alternância de modo a formar friso contínuo. Ao centro da focinheira e do frontal foi aplicada uma chapa de grandes dimensões, recortada e decorada com laço, festões e roseta inscrita em medalhão oval de cercadura fitomórfica. Toda a decoração se inscreve num semicírculo moldurado, com excepção dos festões que, que no frontal, extravam o próprio suporte. O frontal e a focinheira estão ligados entre si por correntes, sobrepostas duas a duas e que desenham triângulos equiláteros imbricados e sustentam a chapa vazada que repete o esquema decorativo das aplicações descritas. Entre o frontal e a testeira exitem duas outras correntes entrecruzadas, ornamentadas com o mesmo friso decorativo e medalhão losangular contendo roseta e cercadura ondulada. Do topo da cachaceira flui o cocar de plumas. As faceiras e a cisgola apresentam fivelas (7) e passadeiras (21) em bronze, recortadas e decoradas com pequenas folhas e aletas em relevo. As passadeiras, dispostas em grupos de três, são oblongas com escepção dos terminais, de secção triangular. O friso decorativo acima descrito acompanha as duas correias da cisgola, estando partido de ambos os lados e com diversas lacunas. A cisgola é rematada por ornato matélico em forma de duplo crescente lunar (o menor inscrito no maior) de recorte ondulado, ligados entre si por festão e trës florões. É antecedido por aplicação esferóide, de fundo estriado, decorada com roseta inscrita num losango e moldura ondulada. Peça de Arreio de cortesias isto é um arreio de montada de cavalaria, ricamente adornado, com que são ajaezados os cavalos para o desfile inicial da corrida de touros à portuguesa designado por cortesias.
• Origem/Historial: Esta peça fará parte do arreio de cortesias do 4º Marquês de Marialva, D. Pedro de Alcântara de Menezes. Este arreio serviu, até finais de Oitocentos, em touradas de fidalgos. Adquirido como fazendo parte de um conjunto de montada de arreio de cortesias onde se inclui um teliz as armas do Marquês. Como tal foi apresentada na exposição "William Beckford e Portugal" 4º Marquês de Marialva, D. Pedro de Alcântara de Menezes (1713-1799), estribeiro-Mor no reinado de D. José I por decreto de 9 de Abril de 1770, cargo que exerceu até 1797. Deputado dos Três Estados, desempenhou ainda as funções de Gentil-Homem da Câmara de D. José I e de D. Maria I, governador das torres de Belém e do Outão e Conselheiro da Guerra.
• Incorporação: Anastácio Fernandes.