Cobertura de sela de Arreio de Montada de Caça, mexicano (rural)

  • Museu: Museu Nacional dos Coches
  • Nº de Inventário: A 0489
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Meios de transporte
  • Autor: Autor desconhecido (-)
  • Datação: Século 19
  • Dimensões (cm): Comp. 80 x Larg. 48,5
  • Descrição: Arreio de montada de Caça (rural).Cobertura rectangular em camurça amarela bordada a seda e forrada a tecido de algodão de cor creme. Na extremidades superior e inferior, apresenta um bordado floral em, seda amarela, castanha, creme, púrpura e verde (fio com e sem torção) a ponto lançado e de pé-de-flor. As flores formam dois padrões distintos e diametralmente opostos, que fluem dos quatro ângulos da peça, desenvolvendo-se longitudinalmente em direcção ao centro, onde se interrompem. Um dos padrões inclui uma ave de longa cauda (tipo pavão), pousada sobre a haste que unifica os diversos elementos vegetalistas.
  • Origem/Historial: A sela mexicana é caracterizada pelo aspecto pesado e riqueza decorativa, tendo maiores afinidades com a sela árabe do que com a andaluza, inclusive no princípio construtivo. É revestida de couro de vaca, repuxado e gravado, com ornatos em prata cinzelada. Para a estrutura, o cacto é o material eleito pois, depois de seco é extremamente resistente ou mesmo inquebrável. Os estribos que acompanham esta sela são geralmente em forma de "U", sendo a soleira revestida de couro bastante espesso de modo a aumentar a aderência. Contudo, o México conheceu - e conhece ainda hoje - outros tipos de estribos, nomeadamente o "estribo-chinelo" que não só protege o pé do cavaleiro como evita que o animal se fira nos espinhos dos cactos, uma vez que o cavaleiro o coloca numa posição avançada em relação ao peitoral da montada. A cabeçada é muito simples: testeira, uma correia para a orelha esquerda e duas faceiras com ganchos de ligação ao freio. Este, é constituído por canhões sem montada e as cãimbas ligam-se às rédeas por meio de correntes com cerca de 30 cm de comprimento. O México é considerado o maior produtor de prata do mundo, com cerca de 40% da produção total, situando-se as jazidas no planalto, sobretudo na parte meridional. Graças às avultadas encomendas de peças em prata feitas pela Igreja, a ourivesaria sul-americana conheceu o seu período áureo no século XVIII, findo o qual entrou em declínio, passando a prata a ser então utilizada em peças utilitárias, tais como arreios de cavalaria.
  • Incorporação: Palácio das Necessidades por ordem de D. Carlos I.

Bibliografia

  • FREIRE, Luciano - Catálogo Descritivo e Ilustrado do Museu Nacional dos Coches. Lisboa: 1923
  • KEIL, Luís - Catálogo do Museu Nacional dos Coches, 1943. Lisboa: 1943

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