Estribo (chinela) de arreio de montada de Caça para Amazona, Mexicano (rural)

  • Museu: Museu Nacional dos Coches
  • Nº de Inventário: A 0728
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Meios de transporte
  • Autor: Autor desconhecido (Ourives)
  • Datação: Século 19
  • Técnica: Prata fundida, soldada, repuxada e cinzelada.
  • Dimensões (cm): Comp. 20,5 x Alt. 9,8 x Larg. 9
  • Descrição: Arreio de montada de Caça, Mexicano (rural). Estribo em forma de chinela. A soleira é recortada e abaulada, de acordo com os contornos do pé. A biqueira é truncada e toda a parte anterior do estribo se apresenta ornamentada com motivos florais (rosas) e um papagaio, ao centro. Superiormente, a composição é rematada por dois filetes - o primeiro liso e o segundo canelado -, seguidos de uma cercadura larga e lisa, de recorte contracurvado. A argola para suspensão dos loros, de perfil trapezoidal, é formada por duas aletas contrapostas, unidas no topo por travessa horizontal.
  • Origem/Historial: A sela mexicana é caracterizada pelo aspecto pesado e riqueza decorativa, tendo maiores afinidades com a sela árabe do que com a andaluza, inclusive no princípio construtivo. É revestida de couro de vaca, repuxado e gravado, com ornatos em prata cinzelada. Para a estrutura, o cacto é o material eleito pois, depois de seco é extremamente resistente ou mesmo inquebrável. Os estribos que acompanham esta sela são geralmente em forma de "U", sendo a soleira revestida de couro bastante espesso de modo a aumentar a aderência. Contudo, o México conheceu - e conhece ainda hoje - outros tipos de estribos, nomeadamente o "estribo-chinelo" que não só protege o pé do cavaleiro como evita que o animal se fira nos espinhos dos cactos, uma vez que o cavaleiro o coloca numa posição avançada em relação ao peitoral da montada. A cabeçada é muito simples: testeira, uma correia para a orelha esquerda e duas faceiras com ganchos de ligação ao freio. Este, é constituído por canhões sem montada e as cãimbas ligam-se às rédeas por meio de correntes com cerca de 30 cm de comprimento. O México é considerado o maior produtor de prata do mundo, com cerca de 40% da produção total, situando-se as jazidas no planalto, sobretudo na parte meridional. Graças às avultadas encomendas de peças em prata feitas pela Igreja, a ourivesaria sul-americana conheceu o seu período áureo no século XVIII, findo o qual entrou em declínio, passando a prata a ser então utilizada em peças utilitárias, tais como arreios de cavalaria.
  • Incorporação: Palácio das Necessidades por ordem de D. Carlos I.

Bibliografia

  • BESSONE, Silvana - Museu Nacional dos Coches, Lisboa. Lisboa: IPM/Paribas, 1993
  • Catálogo da Exposição De Picadeiro a Museu/De Museu a Picadeiro. Lisboa: IPM/MNC, 1995

Exposições

  • De Picadeiro a Museu / De Museu a Picadeiro

    • Lisboa, Museu Nacional dos Coches
    • Exposição Física

Obras relacionadas

Multimédia

  • DSC03932.JPG

    Imagem
  • DSC03933.JPG

    Imagem
  • DSC03934.JPG

    Imagem
  • DSC03935.JPG

    Imagem
  • DSC03936.JPG

    Imagem