Peitoral com guizeiras do Arreio de montada de cavalaria para cortesias do 4º Marquês de Castelo Melhor

  • Museu: Museu Nacional dos Coches
  • Nº de Inventário: A 3161
  • Super Categoria: Arte
  • Categoria: Meios de transporte
  • Autor: Autor desconhecido (-)
  • Datação: 1825/1850
  • Técnica: Prata de alpaca (?) fundida em molde e cinzelada; metal branco.
  • Dimensões (cm): Comp. 101 x Larg. 22
  • Descrição: Peitoral de perfil rectangular, polilobado na parte inferior, em couro revestido a veludo carmesim na face externa. Embora bastante espessa, o enchimento com diversos fios de origem vegetal, confere à peça grande maleabilidade. É agaloado e franjado a seda tricolor (carmesim, branco e castanho), possuindo dezasseis guizos esféricos em metal branco, dispostos três a três segundo os vértices de um triângulo equilátero. Faltam dois guizos terminais numa das metades da peça. Ao centro, foi cravada uma espessa chapa metálica com o brasão de armas descrito, encimado por coroa de marquês e circundado por folhagem diversa e aletas. O peitoral apresenta-se transfurado nas extremidades, sendo o orifício delimitado por moldura metálica relevada, igualmente forrada a veludo carmesim pespontado a branco. Peça de Arreio de cortesias isto é um arreio de montada de cavalaria, ricamente adornado, com que são ajaezados os cavalos para o desfile inicial da corrida de touros à portuguesa designado por cortesias.
  • Origem/Historial: As coroas de marquês que decoram este peitoral e a cabeçada associada a este arreio permitem-nos relacionar este arreio com o 4º Marquês de Castelo Melhor, D. João de Vasconcelos e Sousa Câmara Caminha Faro e Veiga (1841-1878). Foi Reposteiro-Mor e recusou a mercê de Par do Reino, que recebera por Carta de 6 de Maio de 1874. Estimado por D. Luís I, deixou o seu nome ligado à história da tauromaquia portuguesa, depois de ter toureado pela primeira vez em 1865, na Praça do Campo de Santana. Tomou também parte na tourada realizada a favor das vítimas da guerra civil de Espanha, em 1874, e foi um dos fundadores do Clube Tauromáquico. Nunca casou, deixando uma filha legitimada por declaração testamentária.
  • Incorporação: António Amaral de Figueiredo.

Bibliografia

  • DOMINGUES-HELENO, Manuel H., Tourada Tradição Portuguesa, Barcelona, Clube El rei D.Duarte I, 2010